25 de abr. de 2014

Datafolha mostrou empate entre Dilma, Aécio e Eduardo Campos, pesquisados apenas eleitores que conhecem os três candidatos

BRASIL - Eleição 2014
Datafolha mostrou empate entre Dilma, Aécio e Eduardo Campos, pesquisados apenas eleitores que conhecem os três candidatos.
Quem conhece Dilma vota em outro, revelou pesquisa. Eduardo Campos comemora ter aparecido melhor colocado e vitorioso num inevitável segundo turno. Ainda é uma premissa que precisa ser reafirmada nas próximas pesquisas de opinião, mais pôs combustível nos comitês dos candidatos

Ilustração Folha de S. Paulo

Postado por Toinho de Passira
Fontes: Notícia UOL, Folha de S. Paulo, O Globo, Blog do Reinaldo Azevedo

Pesquisa confirma o que dizem os candidatos quando repetem que agora ainda é cedo para analisar o cenário eleitoral, pois a maioria dos brasileiros ainda não está conectada à disputa de outubro e poucos eleitores conhecem neste momento todos os principais nomes na corrida pelo Palácio do Planalto.

Segundo a mais recente pesquisa Datafolha, realizada nos dias 2 e 3 deste mês, apenas 17% dos eleitores afirmam conhecer "bem" ou "um pouco" os três principais pré-candidatos a presidente: Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB).

Nesse universo, o resultado final é muito diferente daquele apurado quando é considerado o total da amostra do instituto.

No cenário testado apenas com eleitores que conhecem os três principais candidatos, Campos fica com 28%. É seguido por Dilma, com 26%. Aécio pontua 24%.

Os três estão tecnicamente empatados, pois a margem de erro, nesse caso, sobe para cinco pontos percentuais, para mais ou para menos. No âmbito geral da pesquisa, essa margem chega a apenas dois pontos percentuais.

O diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino, faz um alerta: "Os eleitores que conhecem os três candidatos são os que mais acessam o noticiário, ou seja, são os mais escolarizados, de renda mais alta etc. Nada indica que o eleitor típico de Dilma, ao conhecer Aécio e Campos, deixará de votar nela".

Ou seja, a oposição não terá certeza de sucesso se garimpar apoio apenas entre os que já conhecem e votam em Dilma sem saber direito quem são Aécio e Campos.

A jazida inexplorada de votos à disposição de adversários do PT –e também aberta para a própria presidente Dilma– está no vasto grupo de eleitores que não vota na candidata governista e ainda não conhece muito bem as opções em jogo para pensar em fazer uma mudança.

Em todos os cenários pesquisados pelo Datafolha, no levantamento completo, a petista pontua de 38% a 43% e aparece à frente dos demais candidatos. O restante dos eleitores prefere outros nomes, está indefinido ou vota em branco, nulo ou em nenhum candidato.

Ainda dentro do universo dos que dizem conhecer bem Dilma, Aécio e Campos, desaparece o amplo favoritismo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, registrado em todas as pesquisas até agora.

Quando é ele, e não Dilma, o candidato, seu percentual chega a 32%. Aécio e Campos pontuam 23% cada um.

Se Campos é substituído pela ex-ministra e ex-senadora Marina Silva como candidata do PSB a presidente, ela fica com 34% e lidera numericamente a pesquisa contra 23% de Dilma e 25% de Aécio –tudo no universo dos que dizem conhecer os três principais nomes na disputa.

Marina Silva também permanece competitiva se disputar nesse nicho eleitoral contra Lula e Aécio. Nesse cenário, a ex-senadora pontua 32%. O ex-presidente registra 29% e o tucano tem 24%.

Nessa semana, no entanto, o PSB confirmou que a chapa da legenda terá Campos como candidato e Marina na vaga de vice.

SEGUNDO TURNO

Nas simulações de segundo turno feitas pelo Datafolha com esse grupo de 17% dos eleitores que conhece Dilma, Aécio e Campos, os vitoriosos são sempre de oposição –com uma vantagem fora da margem de erro.

Numa eventual disputa entre Dilma e Aécio, a petista seria derrotada porque sua marca é de 31% contra 47% do tucano. Na hipótese de embate com Campos, o socialista registra 48% contra 31% da atual ocupante do Palácio do Planalto.

Resumindo: Eduardo e Aécio têm até outubro para se tornarem conhecidos em todo o Brasil, se quiserem ter alguma chance.

Os comitês de Eduardo Campos e de Aécio, encheram-se de esperanças, o de Dilma acendeu a luz vermelha.

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