31 de mar. de 2014

Homer Simpson, árbitro Fifa na Arena Pernambuco

BRASIL - Copa 2014
Homer Simpson, árbitro Fifa na Arena Pernambuco
O Recife está no episódio do desenho animado Os Simpsons, em 2014. Para os animadores o jogo Brasil x Espanha ocorrerá na nossa Arena, o que não está previsto no calendário da FIFA. Na ficção o Brasil vai a final com a Alemanha e perde. Profecia?

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O Recife no episódio do desenho animado Os Simpsons, sobre a Copa de 2014.

Postado por Toinho de Passira
Fontes: Diario de Pernambuco , Metro, The Daily Mail, Estadão, Época, The New York Times

O episódio “You don’t have to live like a referee” (Você não precisa viver como um árbitro), do famoso desenho animado Os Simpsons, foi exibido nos Estados Unidos e registrou a passagem do carismático personagem no Brasil, a primeira após doze anos desde a última viagem.

Na história, um discurso de Lisa fica famoso na internet, o que leva a Fifa a chamar o pai dela, o herói no tal texto, para o quadro de arbitragem.

A Arena Corinthians está pronta. Pelo menos é assim que o estádio de abertura da Copa do Mundo é visto no episódio de Os Simpsons, exibido pela Fox no último dia 30, nos Estados Unidos.

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Escândalos de corrupção, cartazes sobre as manifestações realizadas durante a Copa das Confederações e a Floresta Amazônica sendo desmatada são temas retratados na série. Em uma das cenas, uma faixa chama a atenção. 'Bem-vindos ao Brasil! Arruaceiros, por favor tumultuem o Paraguai.'

No episódio também foi mostrado o que deve ser uma das grandes dificuldades dos estrangeiros que estarão no País para acompanhar a Copa do Mundo: O idioma. Homer precisa da ajuda de um tablet para pedir, em português, churrasco a um garçom.

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Homer apita os jogos com o uniforme típico de Futebol Americano

A passagem de Homer no Mundial inclui partidas em São Paulo, Recife, Manaus, Brasília e Rio de Janeiro.

Aqui na terrinha, o jogo em questão é nada menos que Brasil x Espanha, não previsto calendário da arena, diga-se de passagem.

Como em todas as partidas, todo mundo tenta subornar Homer, que não aceita o dinheiro, amassando as cédulas e transformando a pilha de papel em uma bola. E segue o jogo…

Reprodução

O jogo Brasil x Espanha na Arena Pernambuco

No episódio, como não poderia deixar de ser, estão as (merecidas) críticas à organização da Copa do Mundo de 2014. Já o uniforme de Homer, no estilo “zebra”, foi inspirado na verdade nos árbitros do futebol americano!

Nesta postagem, as imagens da passagem de Homer Simpson em Pernambuco, incluindo São Lourenço da Mata e Boa Viagem.

Atenção, Spoiler!

Depois, o patriarca da família Simpson sofrer com a pressão de mafiosos sul-americanos para manipular os resultados das partidas da Copa. Mesmo assim, não cede a pressão e o Brasil acaba perdendo para a Alemanha por 2 a 0 na grande final.…

Reprodução

A Arena Pernambuco no episódio do desenho animado dos Simpsons

Más notícias, de Luis Fernando Veríssimo

BRASIL - Humor
Más notícias
As rugas realçarão seu caráter. E se um queixo já enfatiza sua masculinidade, imagine dois.

Ilustração Paulo Frade - Oléo sobre tela

Você terá que evitar carnes brancas, morenas e mulatas, principalmente depois das refeições

Postado por Toinho de Passira
Texto de Luis Fernando Veríssimo
Fonte: Blog do Noblat

Um dia você se olhará no espelho e terá uma revelação estarrecedora. Sua mulher está dormindo com outro homem! Depois descobrirá que o que vê no espelho não é outro, é você mesmo. Só que, por uma razão inexplicável, você está mais velho.

Os espelhos são de uma franqueza brutal. Na era das relações públicas, é inadmissível que a sua imagem trate você com tanta crueza. É inaceitável que o espelho lhe diga “Você está com 50 (ou 60 ou, meu Deus, 70) anos assim, na cara, mesmo que quem diga seja a sua própria cara. E de manhã, na hora em que, ainda amarrotado pelo sono e antes de botar o rosto que usará durante o dia, você está mais vulnerável.

Se a cena pudesse ser confiada a um profissional da comunicação, seria diferente. Infelizmente, as piores notícias são sempre dadas por amadores. Num mundo mais justo, sua imagem no espelho poderia ser apresentada por um especialista em marketing e, em vez da sua cara no espelho revelador, você veria, por exemplo, a Patrícia Poeta.

— Patrícia! Você por aqui?

— Vim para lhe dizer que você ficará muito bem, com cabelo grisalho. Aumentará sua credibilidade. Será ótimo para os negócios.

— Eu acho que estou perdendo cabelos.

— E daí? Cabelo demais é desperdício. Os fios que ficam são os melhores.

— Será?

— As rugas realçarão seu caráter. E se um queixo já enfatiza sua masculinidade, imagine dois.

— Patrícia. Cabelos grisalhos, rugas, queixo duplo... Você quer me dizer que eu estou ficando... Velho?

- Maduro.

Ou então você deveria poder mergulhar de ponta-cabeça no espelho para descobrir como seria sua vida do outro lado dos 50 (ou 60 ou, meu Deus, 70). E se consolar com o fato de que ela não será muito diferente da vida que você leva hoje — com alguns reajustes. Você terá que evitar carnes brancas, morenas e mulatas, principalmente depois das refeições. E deixar de frequentar motéis com escadaria. Fora isso... Que venham as rugas!
Luis Fernando Veríssimo é escritor

28 de mar. de 2014

Boa notícia: Cai os índices de popularidade do governo e da Presidenta Dilma

BRASIL - Momento Político
Boa notícia: Cai os índices de popularidade
do governo e da Presidenta Dilma
A desaprovação ao combate à inflação atingiu seu maior nível nessa pesquisa e chegou a 71 por cento, subindo oito pontos percentuais em relação a novembro. Apenas 24 por cento dos entrevistados aprovam a ação do governo nessa área. Há esperança que a coisa ainda pode piorar ainda mais, com os consequentes reflexos do escândalo da Petrobras

Charge: Sponholz - Jornal da Manhã (PR)

Postado por Toinho de Passira
Fontes: Estadão, Reuters

A aprovação do governo da presidente Dilma Rousseff caiu 7 pontos percentuais em março, na primeira queda desde julho do ano passado, puxada pela inflação mais alta dos alimentos e a preocupação crescente com o desemprego, mostrou pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta quinta-feira.

O percentual dos que consideram o governo Dilma ótimo ou bom caiu para 36 por cento em março, ante 43 por cento em novembro do ano passado.

A aprovação pessoal de Dilma e a confiança na presidente também registraram a primeira queda desde julho de 2013, após a onda de manifestações que tomou as ruas do país, mostrou a pesquisa encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

O percentual dos que avaliam o governo como ruim ou péssimo subiu para 27 por cento, ante 20 por cento em novembro. O dos que consideram o governo regular ficou em 36 por cento, ante 35 por cento.

Havia expectativa dentro do governo de que a avaliação positiva da gestão Dilma continuasse subindo, mantendo a trajetória de recuperação desde o ápice das manifestações populares, mas o que ocorreu foi uma queda abrupta dos níveis de aprovação.

Para o gerente-executivo de pesquisas e competitividade da CNI, Renato da Fonseca, ainda não é possível afirmar que essa será uma tendência, porque é a primeira queda registrada nos últimos meses.

Fonseca afirmou que a perda de popularidade está relacionada à alta dos preços dos alimentos e à maior preocupação com o desemprego.

A CNI não fez simulações eleitorais, mas Fonseca admitiu que a queda de popularidade tem efeito na corrida presidencial, apesar de a disputa ainda não ter começado para valer.

AVALIAÇÃO PESSOAL TAMBÉM CAI

A pesquisa apontou ainda que 48 por cento dos entrevistados confiam na presidente, contra 52 por cento na pesquisa anterior.

A aprovação pessoal de Dilma também piorou, ficou em 51 por cento, ante 56 por cento em novembro, ao passo que os que desaprovam a presidente somam agora 43 por cento, contra 36 por cento.

A expectativa positiva em relação ao restante do governo Dilma também desabou de 45 por cento em novembro para 36 por cento agora. Os que consideram que os meses finais desse mandato serão ruins ou péssimos somam agora 28 por cento, contra 21 por cento do último levantamento.

De acordo com o CNI/Ibope, em todas as nove áreas do governo pesquisadas, como saúde, educação, segurança pública, taxa de juros, entre outras, houve piora na avaliação positiva.

Mesmo em áreas em que o governo sempre foi mais aprovado do que desaprovado, como o combate à fome e à pobreza, agora há mais insatisfação.

Em novembro, 53 por cento das pessoas aprovavam essa ação do governo e 45 por cento desaprovavam. Agora, 49 por cento delas desaprovam o combate à fome e à pobreza e 48 por cento aprovam. Essa é uma das bandeiras de campanha de Dilma.

O desemprego, que se mantém estável no país e também é uma âncora da gestão petista, passou a gerar maior preocupação entre os entrevistados.

O percentual que desaprova a ação do governo para combater o desemprego subiu de 49 por cento em novembro para 57 por cento agora. O percentual dos que aprovam caiu de 47 por cento para 40 por cento.

A desaprovação ao combate à inflação atingiu seu maior nível nessa pesquisa e chegou a 71 por cento, subindo oito pontos percentuais em relação a novembro. Apenas 24 por cento dos entrevistados aprovam a ação do governo nessa área, ante 31 por cento no último levantamento.

"Acho que (pesquisa) mostra que 2014 vai ser um ano difícil para o governo", disse à Reuters o analista político da Tendências Consultoria Rafael Cortez.

"O conjunto dos principais pontos da agenda jogam contra aprovação do governo", disse, dando como exemplos os temores com a inflação e o racionamento de energia, além da possibilidade de protestos durante a Copa do Mundo e da criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado para investigar a Petrobras.

ESCÂNDALO DA PETROBRAS NÃO FOI AVALIADO

O Ibope ouviu 2.002 pessoas entre os dias 14 e 17 de março. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais.

Um detalhe importante é que a pesquisa, foi realizada antes que estourasse o escândalo, da Petrobras, com a revelação de que a presidente Dilma Rousseff, quando presidia o Conselho de Administração da estatal , votou a favor da compra de parte da refinaria de Pasadena com base em um resumo juridicamente "falho", que gerou um prejuízo próximo dos dois bilhões para a petrolífera brasileira.

Há expectativa é que numa próxima consulta, com esse ingrediente, a situação piore ainda mais para a Presidenta. Tomara!

27 de mar. de 2014

Ex-diretor da Petrobras, preso pela Polícia Federal,
é acusado de receber propina pelo superfaturamento
da construção da refinaria pernambucana

BRASIL - Corrupção
Ex-diretor da Petrobras, preso pela Polícia Federal,
é acusado de receber propina pelo superfaturamento
da construção da refinaria pernambucana
Em despacho, da prisão preventiva, juiz acentuou que há provas de 'relação profunda' entre ex-diretor da Petrobras e doleiro, também preso. Suspeita é de desvio de recursos de obras da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Os dois tinham contas conjuntas no exterior

Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

AMIGOS ÍNTIMOS– Na mesma foto, o ex-presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, a atual presidenta da Petrobras, Graça Foster, a presidenta Dilma Rousseff e o diretor, Paulo Roberto Costa ( o único preso até o momento), pondo sua assinatura no macacão da presidenta, durante visita à Plataforma P-56 (Angra dos Reis, RJ, 03/06/2011

Postado por Toinho de Passira
Fonte: O Globo

Na decisão em que determinou a prisão preventiva do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, o juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba, afirmou que há documentos indicando “relação profunda” entre o executivo e o doleiro Alberto Youssef. Moro diz que foram feitos pagamentos vultosos do doleiro a Costa entre 2011 e 2012 e que eles estariam relacionados a obras da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, cuja licitação teve participação do diretor da Petrobras.

Youssef e Costa teriam contas comuns no exterior e foram produzidos relatórios mensais da posição do ex-diretor da Petrobras com o doleiro, com pagamentos a serem feitos inclusive a terceiros. Alguns dos pagamentos, acrescentou o juiz, envolvem negócios com a Petrobras.

Costa teria recebido dinheiro por meio de duas empresas controladas pelo doleiro: MO Consultoria e Laudos Estatísticos e a GDF Investimentos. Numa planilha apreendida pela PF consta pagamento de comissões no valor de R$ 7.950.294,23. No campo cliente é indicada a sigla CNCC, que a Justiça acredita ser uma referência ao consórcio CNEC, responsável por parte das obras na refinaria Abreu e Lima, licitada pela Petrobras por cerca de R$ 8,9 bilhões.

O juiz acrescenta que Costa participou tanto da licitação quanto da execução da obra. Em depoimento à PF, Costa teria admitido que a diretoria que ocupava "atua na fiscalização dos aspectos técnicos da execução da obra".

As obras da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco registraram superfaturamento de R$ 69,597 milhões só na primeira fase, a de terraplanagem. A irregularidade foi constatada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que determinou, em agosto, que a Petrobras executasse garantias do consórcio Refinaria Abreu e Lima (construtoras Norberto Odebretch, Queiroz Galvão, Camargo Corrêa e Galvão Engenharia) para reaver a quantia e encaminhou provas à Polícia Federal, ao Ministério Público Federal e à Casa Civil da Presidência da República.

Youssef foi preso na Operação Lava Jato e é suspeito de ter praticado crimes de evasão de divisas e de lavagem de dinheiro. Segundo a PF, ele envia e traz dinheiro do exterior para o Brasil por meios fraudulentos, usando no exterior contas em nome de off-shores.

Fernando Fernandes, advogado de Costa, afirmou que seu cliente prestou serviços de consultoria sobre mercado fututo a Youssef em 2012, depois de ter saído da Petrobras. Disse ainda que o ex-diretor da Petrobras tem como comprovar a origem do dinheiro apreendido na casa dele (US$ 181.495,00, € 10.850,00 e R$ 751.400,00, quantias em espécie).

O juiz afirma que não foram apresentados por Costa documentos, como contratos, relatórios ou recibos de pagamento, que comprovem a prestação de serviço de consultoria e justificassem também a compra, pelo doleiro, de um carro para o ex-diretor da Petrobras. Os valores também não foram tributados no ano-calendário de 2013.

Para o juiz, “a prestação de consultoria por ex-diretor da Petrobras a um doleiro é uma hipótese que soa, neste momento, como implausível”.

26 de mar. de 2014

Em oito meses, General Sissi, do Egito, matou 5 vezes mais do que o Brasil em 20 anos de regime militar

EGITO - Opinião - Violência
Em oito meses, General Sissi, do Egito, matou 5 vezes mais do que o Brasil em 20 anos de regime militar
Ainda assim, a maior parte da população do Egito, especialmente os de viés mais laico, apoiam incondicionalmente o regime. O Marechal Sissi deve disputar as eleições e, mesmo que estas sejam transparentes, certamente é o favorito.

Foto: Reuters

VIOLENTO E POPULAR - General Sissi, o presidente interino do Egito, empossado após um golpe militar, tem mais apoiadores que críticos

Postado por Toinho de Passira
Texto de *Guga Chacra
Fonte: Blog do Guga Chacra

O Egito, desde a deposição de Mohammad Morsy em julho do ano passado, enfrenta o momento de maior repressão na história moderna do país, iniciada após Segunda Guerra Mundial. O regime do Marechal Sissi supera seus antecessores Nasser, Sadat e Mubarak na violência contra a oposição. Vamos ver algumas informações

1) Condenação à morte é quase recorde mundial

A condenação à morte de 529 membros da Irmandade Muçulmana pela acusação de terem matado um policial beira o realismo fantástico. O julgamento durou apenas dois dias. Isto é, sem interrupções, equivaleria a julgar 11 acusados por hora, ou um a cada cerca de cinco minutos. Algo impossível em uma justiça transparente.

2) Maior violência na história moderna do Egito

De acordo com artigo do Carnegie Endowment for International Peace publicado nesta terça, desde julho, com a instalação do regime de Sissi, já foram mortas 3.143 pessoas. “Estes números excedem até mesmo os momentos mais sanguinários do Egito desde a revolução militar comandada por Gamal Abdel Nasser em 1952”, diz o artigo

3) A volta do terrorismo

Das mortes, 2.528 foram de manifestantes durante protestos contra o regime – o quíntuplo do total de desaparecidos no regime militar no Brasil ao longo de 20 anos. Nestes embates, morreram ainda 59 policiais. O terrorismo, que voltou a assustar o Egito, ressurgiu e alveja acima de tudo policiais (150 mortos) e soldados (59)

4) Até presidente deposto está preso

Além das vítimas fatais, outros 17 mil egípcios ficaram feridos na repressão ou em outros atos de violência e cerca de 16 mil pessoas estão presas.

Entre elas, o presidente deposto Morsy, que segue incomunicável há meses, aparecendo apenas dentro de uma jaula a prova de som durante seu julgamento.

5) Mas por que Sissi é tão popular?

Ainda assim, a maior parte da população do Egito, especialmente os de viés mais laico, apoiam incondicionalmente o regime. O Marechal Sissi deve disputar as eleições e, mesmo que estas sejam transparentes, certamente é o favorito. Os egípcios queriam ordem depois da instabilidade que sucedeu a queda de Hosni Mubarak. Muitos temem o retorno da Irmandade Muçulmana ao poder, embora a organização, agora classificada como terrorista pelo novo regime, também conte com apoio popular, especialmente das alas mais conservadoras.

6) Acredite, Mubarak era mais liberal e estável

O Egito, depois de Mubarak, sonhava em ser democrático e estável. Sem dúvida, conseguiu um pouco de democracia. Mas esta era instável. E os egípcios saíram em busca da estabilidade ao derrubar Morsy, ainda que isso significasse sacrificar a democracia. No fim, obtiveram sucesso ao acabar com a democracia, mas fracassaram totalmente na busca da estabilidade. Hoje o Egito é uma ditadura instável. Pior até do que no regime de Mubarak, também uma ditadura, mas, pelo menos, estável.


*Guga Chacra é comentarista de política internacional do Estadão e do programa Globo News Em Pauta em Nova York, é mestre em Relações Internacionais pela Universidade Columbia. Já foi correspondente do jornal O Estado de S. Paulo no Oriente Médio e em NY.
**Acrescentamos subtítulo, foto e legenda à publicação original

Ministério Público cobra de Eduardo Campos socorro para a Saúde em Pernambuco

BRASIL - Eleição 2014
Ministério Público cobra de Eduardo Campos
socorro para a Saúde em Pernambuco
Promotores sugerem a governador que remaneje ‘gastos não essenciais’. Na ação civil pública, o Ministério Público de Pernambuco dá prazo de seis meses para que o problema seja resolvido e estipula um outro período, de apenas 90 dias, como o limite de espera para cirurgias eletivas.

Foto: Aluisio Moreira/SEI

E AGORA DUDU? - Eduardo Campos cobrado por não ter feito o dever de casa

Postado por Toinho de Passira
Reportagem de Letícia Lins
Fonte: O Globo

Depois de reclamarem que, só no ano passado, o governo de Pernambuco gastou R$ 52,8 mil com fornecimento de bolo de rolo e R$ 388 mil com bufê do camarote oficial no carnaval, os promotores Helena Capela e Clóvis Ramos Sodré da Motta, da Promotoria de Defesa da Saúde da capital, acionaram o governo do presidenciável Eduardo Campos (PSB) para que tome providências no sentido de apressar o atendimento a 3.992 pacientes que há mais de dois anos se encontram à espera de cirurgias nos três principais hospitais de Recife.

Na ação civil pública, o Ministério Público de Pernambuco dá prazo de seis meses para que o problema seja resolvido e estipula um outro período, de apenas 90 dias, como o limite de espera para cirurgias eletivas. Caso a medida não seja cumprida, o governo poderá arcar com multa diária de R$ 50 mil. Os dois promotores pedem que o governador remaneje verbas destinadas “a gastos não essenciais” em outros setores para socorrer os serviços de saúde. Eles citam até os R$ 241 milhões anunciados pelo governador na semana passada para socorrer financeiramente as prefeituras.

O juiz Edvaldo José Palmeira, da Quinta Vara da Fazenda Pública, deu prazo de cinco dias, a partir da data da entrega da intimação, para que o governo apresente sua defesa. Mas, até ontem, a intimação não havia chegado ao Palácio do Campo das Princesas.

A lista de pessoas aguardando cirurgia foi elaborada com base nas informações repassadas pelos três maiores hospitais de Recife (Restauração, Otávio de Freitas e Getúlio Vargas). Os dados, no entanto, restringem-se à espera nas áreas de Traumatologia e Cirurgia Geral. Por esse motivo, os dois promotores calculam que haja mais de cinco mil pessoas em situação semelhante no estado. Eles pedem que o governo forneça em um mês a lista completa de doentes que aguardam procedimentos cirúrgicos nos hospitais oficiais. Também exigem que seja utilizado o Sistema Nacional de Regulação, com uma lista única de pacientes, o que permitiria evitar favorecimentos e assegurar aos doentes a realização de cirurgia por ordem de chegada e prioridade do caso.

Foto: Hans von Manteuffel / O Globo

A promotora Helena Capelo questiona o estado quanto ao atraso em cirurgias de hospitais públicos

— Do jeito que o modelo opera, a lista está sujeita a diversos tipos de manipulação. Basta ter uma certa amizade com algum auxiliar de enfermagem para a fila ser furada. Há casos em que a longa espera pode provocar deformações no paciente, como nos portadores de osteomielite. Em outros, eles podem até vir a óbito — reclamou a promotora.

A investigação vem sendo efetuada há mais de um ano, segundo informou Helena Capela. Ela disse que tentou a assinatura de um termo de ajustamento de conduta com a Secretaria de Saúde, mas que a orientação no órgão era para que o entendimento não fosse realizado. A propaganda oficial afirma que a oferta de serviços de saúde aumentou em 90% desde 2007, quando Campos assumiu o governo.

Em nota, a Secretaria de Saúde atribui as longas filas “à demanda crescente da população, motivada em grande parte pela epidemia do trauma, causada por acidentes de trânsito e pelo envelhecimento da população”. A secretaria informa ainda que vem tomando medidas “para agilizar exames, procedimentos e reduzir o tempo de permanência nos hospitais, além de conveniar ao SUS toda a oferta de leitos na rede privada”. Já o presidenciável deu outra justificativa para explicar o problema.

— É natural que, quando se expandem as ações básicas de saúde e a oferta de exames de média complexidade, tenha mais gente fazendo exames, e aumente a demanda por cirurgias. Estamos em um processo contínuo de melhora, e Pernambuco tem uma produtividade muito maior do que os outros estados. Hoje já atendemos às recomendações da Organização Mundial de Saúde — afirmou ele ao GLOBO.


*Acrescentamos subtítulo, foto e legenda à publicação original

Possibilidade de convocação da CPI da Petrobras,
testa maioria do Governo no Congresso, de Merval Pereira, para O Globo

BRASIL - Opinião
Possibilidade de convocação da CPI da Petrobras,
testa maioria do Governo no Congresso
A mistura de má gestão com corrupção fez com que as principais empresas brasileiras perdessem metade de seu valor na Bolsa, justamente na área supervisionada pela presidente Dilma desde quando era chefe da Casa Civil do presidente Lula. O rebaixamento da nota do Brasil pela S&P só faz confirmar a percepção negativa que o mercado internacional tem do país no momento.

Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

Com parte do PMDB rebelado, Dilma tenta sem sucesso apaziguar e domar seus aliados no Congresso, atualmente mais virulentos que a oposição

Postado por Toinho de Passira
Texto de Merval Pereira
Fonte: Blog do Noblat

Em tempos normais, em que o governo poderia esperar o apoio do PMDB para impedir a convocação da CPMI sobre a Petrobras, dificilmente a oposição teria êxito na empreitada. Mas a chamada “maioria defensiva” no Congresso pode não funcionar se o mal-estar entre a base aliada e o governo não for desfeito.

Desde 2006, quando houve a possibilidade real de a oposição pedir o impeachment do então presidente Lula diante das revelações sobre o caso do mensalão, a preocupação do Palácio do Planalto em gestões petistas foi montar uma base aliada a mais ampla possível, que blindasse, primeiro, Lula e, depois, Dilma de alguma ação mais agressiva da oposição, especialmente a convocação de CPIs ou de ministros para prestar esclarecimentos sobre suas áreas.

Não é à toa que vários ministros terão que desfilar pelo Congresso nos próximos dias, pois foram convocados pela oposição com o apoio da dissidência do PMDB.

Agora mesmo o líder do PMDB na Câmara, deputado Eduardo Cunha, está ajudando a oposição a recolher assinaturas para a criação de uma CPMI. É um gesto de ataque ao governo, que pode ser desfeito a qualquer momento se houver um acordo entre o Planalto e a base em convulsão.

Mas pode, a qualquer gesto descuidado do governo, provocar um estrago de grandes proporções. Já é tradicional no meio político a avaliação de que se sabe como começa uma CPI, mas não se sabe como ela acaba.

O governo teve uma prova disso recentemente, quando usou sua maioria para convocar a CPI do bicheiro Carlinhos Cachoeira com a intenção de envolver oposicionistas e jornalistas, e acabou tendo que desistir dela sem qualquer resultado concreto, pois sobraram acusações para todos os lados e foi impossível manipular a Comissão.

Com ou sem CPI — que o ex-presidente Fernando Henrique acha que deve ser uma comissão mista da Câmara e do Senado, uma CPMI —, a Petrobras já entrou na lista dos temas inevitáveis na campanha eleitoral, e desta vez contra o PT.

O partido que está no governo há quase 12 anos usou e abusou das estatais, especialmente a Petrobrás, para atacar a oposição nas campanhas eleitorais desde 2002, com bastante êxito. Fosse porque o PSDB não estivesse convencido de sua política de privatizações ou porque imaginava que ela não era popular ao final de oito anos de governo Fernando Henrique Cardoso, o fato é que os tucanos, nas campanhas de José Serra (duas vezes) e Geraldo Alckmin cometeram o erro político de tentar esconder o único político do partido que chegara ao poder pelo voto popular e não quiseram defender as privatizações como política acertada do Estado brasileiro.

O próprio marqueteiro do PT, João Santana, em entrevista depois das eleições, disse que se espantara como o candidato tucano não conseguira defender a privatização do sistema telefônico, que fora um sucesso.

O PT utilizou um nacionalismo extemporâneo, mas ainda muito forte na imaginação popular, para demonizar as privatizações, mas perdeu seu discurso diante da realidade atual.

Hoje, além de ter tido que adotar o sistema de privatizações, vê-se o governo às voltas com um fracasso de administração da Petrobras que torna inviável o discurso utilizado anteriormente.

O suposto perigo que o PSDB representava para a maior estatal brasileira, com o risco até mesmo de vendê-la — uma acusação infundada que teve muita repercussão no eleitorado —, é anulado pela realidade desastrosa da gestão petista à frente da área de energia brasileira, em especial na Petrobras.

A mistura de má gestão com corrupção fez com que as principais empresas brasileiras perdessem metade de seu valor na Bolsa, justamente na área supervisionada pela presidente Dilma desde quando era chefe da Casa Civil do presidente Lula. O rebaixamento da nota do Brasil pela S&P só faz confirmar a percepção negativa que o mercado internacional tem do país no momento.

A suposta capacidade de gestão, responsável por sua indicação a candidata à Presidência da República em 2010, hoje é o calcanhar de aquiles de Dilma na corrida pela reeleição.
*Alteramos título, acrescentamos subtítulo, foto e legenda à publicação original

25 de mar. de 2014

Peso do rebaixamento do Brasil
pela agência Standard & Poor´s - Míriam Leitão, para O Globo

BRASIL - Opinião
Peso do rebaixamento do Brasil
pela agência Standard & Poor´s
O Brasil não fez o dever de casa, por isso teve a nota rebaixada pela agência Standard & Poor's. Todos os indicadores das contas públicas têm piorado nos últimos anos: a dívida bruta aumentou, o déficit nominal subiu para quase 4% do PIB, o superávit primário (a economia que se faz para pagar os juros) não apenas caiu, como só se chega ao número projetado pelo governo depois de muito truque contábil.

Foto: Agência Brasil/Arte thepassiranews

OS TRAPALHÕES - Dilma e Mantega: "manobristas" da economia brasileira

Postado por Toinho de Passira
Texto de Míriam Leitão…
Fontes: Blog da Miriam Leitão

Não foi surpresa a decisão da Standard & Poor´s de rebaixar o Brasil. O governo ignorou todos os alertas e insistiu em manobras para manipular as contas públicas, em vez de corrigi-las. O efeito concreto será tornar mais caro o crédito para o país e mais ariscos os investidores. O fato de continuar sendo grau de investimento não alivia: o país será visto como tendo sido rebaixado.

O governo teve 291 dias para evitar o rebaixamento. Foi em 6 de junho do ano passado que a classificação de risco do Brasil foi colocada em perspectiva negativa pela S&P. De lá para cá, o governo criticou os críticos e não mudou. No fechamento das contas do ano passado, várias pequenas manobras foram feitas, como a de postergar repasses.

A crise de energia virou uma bomba fiscal e o pacote mostrou como o governo permanece com o mesmo vício: o de fazer contorcionismos. Desta vez, o truque foi empurrar a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) para se endividar e resgatar as empresas, que estão com problemas pela decisão de reduzir o preço de energia quando o custo subia. Tudo foi tirando a qualidade dos indicadores fiscais e a credibilidade na gestão da política econômica. Justamente na semana passada, os economistas da S&P estavam aqui. Puderam ver ao vivo os remendos fiscais brasileiros.

As projeções para a inflação pioraram; já se prevê o estouro do teto da meta este ano; as projeções de crescimento são fracas; e o déficit externo aumentou e atingiu US$ 19 bilhões nos dois primeiros meses de 2014. Não é um quadro de crise, mas a conjuntura não está boa para o momento em que há uma mudança na direção do fluxo de capitais no mundo. O rebaixamento agora é um agravante.

Está em curso um movimento de fuga do capital em busca de segurança. Os Estados Unidos estão crescendo, reduzindo estímulos monetários e com juros futuros aumentando. Há uma perturbação geopolítica no mundo com a anexação da Crimeia pela Rússia. O melhor era passar por essa situação com inflação baixa, crescimento maior e contas em equilíbrio. E o Brasil vai atravessar com dados ruins e duvidosos e o rebaixamento da sua avaliação de crédito.

Ontem, o Banco Central aumentou para US$ 80 bilhões a previsão do déficit externo para 2014. O Investimento Estrangeiro Direto (IED) já não cobre o nosso déficit há um ano, mostrando que essa mudança não é apenas conjuntural: veio para ficar. Em fevereiro, foi de US$ 4,1 bilhões o IED para um déficit de US$ 7,3 bilhões.

O país tem um volume grande de reservas cambiais, de US$ 371 bilhões, e é credor líquido. Situação bem diferente da que já viveu no passado. Mas o rebaixamento é um retrocesso. Depois de anos fazendo um lento caminho que o levou ao nível BBB, o país ontem teve que descer um degrau, para BBB-. O mais importante não é a nota em si, mas a inversão do movimento gradual de melhora.

A balança comercial, depois de anos no positivo, está no limite do negativo, no acumulado de 12 meses. O déficit está em US$ 6,2 bilhões do início do ano até a terceira semana de março. A principal causa da mudança é a importação de matérias-primas para o setor de energia: gasolina, óleo diesel, gás natural, petróleo. Parte disso é provocado pelo aumento de consumo de gasolina e energia, preços que têm sido subsidiados, com grande custo fiscal.

Na inflação, volta o risco de estouro do teto da meta, quando se achava que o Banco Central iria interromper o ciclo de alta dos juros. Algumas previsões são de que o IPCA vai passar de 6,5% ao fim do segundo trimestre; os cinco que mais acertam acham que o índice termina o ano acima do teto. De uma semana para a outra, a mediana das 100 instituições consultadas subiu de 6,11% para 6,28%. E isso sem qualquer melhoria do cenário de crescimento do PIB.

Adianta pouco lembrar que as agências erraram. Elas acumulam, sim, um histórico de erro. Mas quando promoveram o Brasil, o governo comemorou. É uma questão prática: elas têm impacto no custo das captações de governos, bancos e empresas dos países. Quando um governo é rebaixado, em seguida várias empresas e bancos também têm redução. E isso significa que essas empresas terão que pagar mais pelo financiamento externo.
*Alteramos o título, acrescentamos subtítulo, ilustração e legenda à publicação original

24 de mar. de 2014

Petrobrás abriu mão de cobrar 'calote' da Venezuela no episódio da construção da Refinaria de Pernambuco

BRASIL - Escândalo
Petrobrás abriu mão de cobrar 'calote' da Venezuela no episódio da construção da Refinaria de Pernambuco
Como a PDVSA, estatal venezuelana de petróleo, nunca formalizou associação para construir planta de refino em Pernambuco, empresa brasileira está impedida de cobrar investimentos prometidos pelo então presidente Hugo Chávez. Há quem diga que o escândalo da construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, é superior a falcatrua de Passadena

Foto: Ricardo Stuckert / PR

ACORDO VERBAL DE 40 BILHÕES - Chávez e Lula durante visita às obras da refinaria Abreu Lima, em Ipojuca (PE), 26 de março de 2008

Postado por Toinho de Passira
Reportagem de Lisandra Paraguassu, Andreza Matais e Fábio Fabrini
Fontes: Estadão, Veja

Documentos inéditos da Petrobrás aos quais o jornal O Estado de S. Paulo teve acesso mostram que a empresa brasileira abriu mão de penalidades que exigiriam da Venezuela o pagamento de uma dívida feita pelo Brasil para o projeto e o começo das obras na refinaria Abreu Lima, em Pernambuco. O acordo "de camaradas", segundo fontes da estatal, feito entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-presidente da Venezuela Hugo Chávez deixou o Brasil com a missão de garantir, sozinho, investimentos de quase US$ 20 bilhões.

O acordo previa que a Petrobrás teria 60% da Abreu e Lima e a Petróleos de Venezuela SA (PDVSA), 40%. Os aportes de recursos seriam feitos aos poucos e, caso a Venezuela não pagasse a sua parte, a Petrobrás poderia fazer o investimento e cobrar a dívida com juros, ou receber em ações da empresa venezuelana, a preços de mercado. Essas penalidades, no entanto, só valeriam depois de assinado o contrato definitivo, de acionistas. Elas não chegaram a entrar em vigor, já que o contrato não foi assinado.

Os documentos obtidos pelo Estado mostram que a sociedade entre a Petrobrás e PDVSA para construção da refinaria nunca foi assinada. Existe hoje apenas um "contrato de associação", um documento provisório, que apenas prevê, no caso de formalização futura da sociedade, sanções pelo "calote" venezuelano.

Desde 2005, quando esse termo de compromisso foi assinado pelos dois governos, até o ano passado, a Petrobrás tentou receber o dinheiro devido pela PDVSA - sem sucesso. Em outubro do ano passado, quando o investimento na refinaria já chegava aos U$ 18 bilhões, a estatal brasileira desistiu.

Os venezuelanos não negam a dívida. No item 7 do "contrato de associação" a PDVSA admite sua condição de devedora (ver ao lado). Antes desse documento, ao tratar do fechamento da operação, uma das condições era o depósito, pelas duas empresas, dos recursos equivalentes à sua participação acionária em uma conta no Banco do Brasil - o que a o governo da Venezuela nunca fez.

Em outro documento obtido pelo Estado, a Petrobrás afirma que estariam previstas penalidades para o "descumprimento de dispositivos contratuais". Como nos outros casos, essa previsão não levou a nada, porque as penalidades só seriam válidas quando a estatal venezuelana se tornasse sócia da Abreu e Lima - e isso não ocorreu.

Chávez e Lula

A ideia de construir a refinaria partiu de Hugo Chávez, em 2005. A Venezuela precisava de infraestrutura para refinar seu petróleo e distribuí-lo na América do Sul, mas não tinha recursos para bancar tudo sozinha. Lula decidiu bancar a ideia. Mas Caracas nunca apresentou nem os recursos nem as garantias para obter um empréstimo e quitar a dívida com a Petrobrás.

Em dezembro de 2011, em sua primeira visita oficial a Caracas, a presidente Dilma Rousseff tratou o assunto diretamente com Chávez, que prometeu, mais uma vez, uma solução. Nessa visita, o presidente da PDVSA, Rafael Ramírez, chegou a anunciar que "havia cumprido seus compromissos" com a empresa e entregue uma "mala de dinheiro em espécie" e negociado uma linha de crédito do Banco de Desenvolvimento da China. Esses recursos nunca se materializaram.

O projeto inicial, que era de US$ 2,5 bilhões, já chegava, em outubro do ano passado, aos US$ 18 bilhões, quando a Petrobrás apresentou ao seu Conselho de Administração a proposta de assumir integralmente a refinaria. A estimativa é que o custo total fique em torno de US$ 20 bilhões.

Para justificar os novos valores, a empresa cita ajustes cambiais e de contratos, gastos com adequação ambiental e o fato de ter ampliado a capacidade de produção de 200 mil para 230 mil barris por dia. Os novos itens e a ampliação da produção explicariam o custo oito vezes maior que o inicial.

Procurada pelo Estado, para falar sobre o "calote" da Venezuela, a Petrobrás informou que nada comentará.

Eduardo Campos suspeita que Dilma provoca desvalorização, para depois, privatizar Petrobras

BRASIL - Escândalo Petrobras mda
Eduardo Campos suspeita que Dilma provoca desvalorização, para depois, privatizar Petrobras
O pré-candidato e Governador de Pernambuco, Eduardo Campos, enquanto insinua incompetência, má gestão e manobra fraudulenta do governo da presidenta em relação à Petrobras, ressalta que na gestão dela, a empresa perdeu 50% do valor de mercado e quadruplicou o endividamento, levanta a tese que tudo é de propósito, para facilitar a privatização da estatal.

Foto: Mauro Filho/Mosf

Eduardo Campos: "Minha preocupação, neste momento, é não deixar a Petrobrás vulnerável, é preservar a empresa por tudo o que ela significa para o Brasil e para a economia brasileira"

Postado por Toinho de Passira
Fontes: Estadão, G1, Exame

Eduardo Campos, o governador de Pernambuco e pré-candidato do PSB à presidência, levantou suspeita sobre uma possível desvalorização proposital da Petrobras, no valor de mercado da empresa, como uma manobra para privatizar a estatal, durante um evento realizado neste sábado, em Salvador.

"Às vezes, fico desconfiado se isso não faz parte de um jogo para desvalorizar e vender a Petrobrás", disse o presidenciável. "Queremos que as posições sejam deixadas claras. Em 2010 (durante a campanha eleitorial), a hoje presidente (Dilma Rousseff) acusou o candidato do PSDB (José Serra) de querer fazer um processo de privatização da Petrobrás. Três anos depois, a empresa vale metade do que valia e tem uma dívida quatro vezes maior". É preciso ter um debate muito consistente, que não omita da sociedade o que houve, efetivamente."

Campos também criticou a condução da crise, por parte do governo e do conselho de administração da empresa. "A gente não pode achar que a saída de uma pessoa pode resolver um problema que é mais complexo", comentou, sobre a demissão do diretor financeiro da BR Distribuidora, Nestor Cerveró. "A gente não pode achar que agora está tudo normal. É fundamental o esclarecimento sobre essas questões."

Apesar da suspeita, o governador pernambucano disse considerar ser "cedo" para criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as ações da empresa. "Vários parlamentares da bancada do PSB já assinaram o pedido de criação da CPI, mas nós, da direção partidária, achamos que temos de ter tranquilidade para cumprir as etapas necessárias. Isso para que, depois, não venham fazer leituras equivocadas, de que estamos nos valendo (politicamente) de uma situação de constrangimento do governo, mesmo que tenha sido gerada pelo próprio governo."

O PSB, de Eduardo Campos, é um dos partidos que pediu a convocação da presidente da Petrobrás (Graça Foster) e do ministro das Minas e Energia (Edison Lobão) para prestar os esclarecimentos necessários ao Congresso. "É necessário primeiro ver a etapa das convocações, ver os esclarecimentos prestados, para que a bancada do PSB possa tomar uma posição", explicou. "Se os esclarecimentos forem insuficientes, não teremos problema em decidir formalmente, pela direção do partido, pela criação da CPI."

Segundo Campos, é necessário "cuidado" na condução dos processos de investigação, para não prejudicar a empresa. "Minha preocupação, neste momento, é não deixar a Petrobrás vulnerável, é preservar a empresa por tudo o que ela significa para o Brasil e para a economia brasileira", observou. "A gente tem esse tipo de preocupação, que não haja uma disputa política sobre o tema."

23 de mar. de 2014

Joaquim Barbosa de corpo e alma, de Merval Pereira, para O Globo

BRASIL - Opinião
Joaquim Barbosa de corpo e alma
É a primeira vez que Joaquim Barbosa fala para um jornalista de TV em seus 11 anos no Supremo. Ele falou sobre racismo, política em geral, corrupção, mensalão, literatura, música e também sobre a sua trajetória. O ministro reiterou que não vai se candidatar a nenhum cargo nas próximas eleições, embora não descarte essa possibilidade no futuro. Barbosa falou também sobre o mensalão.

Foto: STF

Conversa longa. Sem pauta definida, Roberto D’Avila e Joaquim Barbosa trataram de diversos assuntos como as penas do mensalão e o gosto por Beethoven e rock roll

Postado por Toinho de Passira
Texto de Merval Pereira
Fonte: Blog do Noblat

A primeira entrevista mais longa para a televisão do ministro Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal, dada ao jornalista Roberto D’Ávila no seu programa de estreia na Globonews, é um depoimento revelador de como pensa e age um dos principais atores da atual cena pública brasileira.

Ele não apenas anuncia formalmente que não será candidato a nada nas eleições deste ano, como faz questão de separar sua atuação da vida política, da qual diz preferir se manter alheio.

Ocupando um dos principais gabinetes na Praça dos Três Poderes, ele se diz distante de “tudo o que se passa aqui (nessa Praça dos Três Poderes) que tenha caráter político”.

Retira também do processo do mensalão, do qual foi relator e alvo das críticas dos petistas, qualquer caráter político na sua atuação, mas reconhece que ele trouxe “um desgaste muito grande, com uma carga política exagerada, um pouco turbinada pela mídia também”. Ressalta que, por estratégia, tomou sempre as principais medidas ouvindo o plenário.

Certas penas não foram muito pesadas?, pergunta o entrevistador, e Barbosa rebate: “Ao contrário. Eu examino as penas aplicadas nesse processo e as comparo com as penas aplicadas aqui no STF pelas turmas, só que em casos de pessoas comuns, e (quem fizer a comparação) vai verificar que o Supremo chancela em habeas-corpus coisas muito mais pesadas”.

Ele não atribui à transmissão pela TV das sessões um papel importante nas atuações dos ministros, e fala de sua própria experiência: “A televisão me incomodava muito nos primeiro meses, depois me acostumei e nem noto que há televisão”.

Durante toda a entrevista o ministro procurou colocar-se como uma pessoa diferente do que o pintam, tanto em relação à sua carreira quanto ao seu comportamento na vida pública.

“No Brasil a vida pública é quase um apedrejamento. Acompanho a vida institucional de alguns países e noto uma diferença fundamental. Noto no Brasil um processo paulatino de erosão das instituições e esse apedrejamento parece fazer parte disso.

Exercer a função pública no Brasil, na visão de muitos, tornou-se um anátema. As críticas são muito acerbas e às vezes infundadas, fruto de incompreensão de como funciona o Estado”, comentou, denotando algum ressentimento.

A certa altura, comentando a descrição que fazem dele como uma criança pobre que teve que superar obstáculos para chegar onde chegou, Barbosa deixou clara sua posição:

“Ao contrário do que dizem de mim por aí, penso que raras pessoas no Brasil, incluindo pobres e as vindas da elite, tiveram e souberam aproveitar as oportunidades que eu tive. Não sinto isso como superação, as coisas foram acontecendo”.

Mesmo assim, lamenta que “pouca gente olha o meu currículo, só vê a cor da pele”. Ele diz que o racismo, que, confessa, já o fez chorar quando criança, “você sente sempre, mesmo quando ministro do STF”.

Citando Joaquim Nabuco, que disse que o Brasil levará séculos para se livrar da carga da escravidão, ele diz que seus traços “estão presentes nas coisas mais comezinhas, na repartição dos papéis na sociedade, aos negros posições mais baixas e salários menores”.

Ele se diz uma exceção, mas ressalta que jamais deixa que sua presença no STF seja uma desculpa para o racismo brasileiro. Barbosa não acha que seja uma missão sua combater o racismo, mas espera que sua presença possa tirar a carga racial das escolhas para o Supremo. “Espero que os presidentes (daqui para frente) saibam escolher bem pessoas para cá, que escolham um negro com naturalidade”.

O senhor não é às vezes muito rude?, perguntou Roberto D’Ávila a certa altura, e Barbosa foi incisivo: “Tem que ser, o Brasil é o país dos conchavos, do tapinha nas costas, o país onde tudo se resolve na base da amizade. Eu não suporto nada disso”.

Ele rejeita a acusação de que fica brabo quando é vencido, mas admite que “às vezes” se arrepende de palavras mais duras, mas justifica: “Sou um companheiro inseparável da verdade. Não suporto essa coisa do sujeito ficar escolhendo palavrinhas para fazer algo inaceitável. E isso é da nossa cultura.

Quem é Roberto D'Ávila, o entrevistador de Barbosa

Foto:

Fonte:  O Globo

Roberto D'Ávila, 63 anos, é jornalista, empresário, produtor de cinema e apresentador. Foi deputado constituinte, vice-prefeito do Rio, secretário de Cultura e Meio Ambiente, no tempo da Rio 92.

Mas, se seu nome for digitado no Google, em meio a cerca de oito milhões de links, quase tudo que vai aparecer diz respeito às entrevistas que fazia - para o “Conexão Roberto D'Ávila”, o programa de entrevistas que apresentava semanalmente na TV Brasil.

Roberto D'Ávila é conhecido pelos muitos namoros que colecionou e que sempre fizeram a festa das colunas sociais. Da cantora Simone, um relacionamento famoso na década de 80 do século passado, à Ministra do STF, Ellen Gracie, primeira mulher a ocupar o cargo na corte, com quem ele estava até o ano passado, o número de namoradas de D’Ávila só perde para o número de entrevistados. Nas duas áreas, ele usa as armas da sedução.

Já se submeteram às suas perguntas Ted Kennedy, Desmond Tutu, Federico Fellini, Woody Allen, François Mitterrand, Mick Jagger, Marc Chagall, Liv Ullmann e Yves Montand, Fidel Castro...

Nos anos 60 abandonou a faculdade de Direito, passou seis meses em Nova York e acabou em Paris, onde estudou História e fez um curso de Jornalismo.

Numa de suas férias no Rio, reencontrou-se com o jornalista Fernando Barbosa Lima, que tinha conhecido anos antes. Ofereceu-se para fazer reportagens em Paris, para o programa que Barbosa Lima tinha acabado de estrear na TV Tupi, “Abertura”. O diretor não tinha dinheiro para pagar correspondentes, mas ofereceu espaço para D'Ávila se ele conseguisse um patrocinador. Ele conseguiu. Tornou-se o Repórter Rastro, patrocinado pela perfumaria famosa na época.

Foi quando D'Ávila começou a ficar famoso no Brasil. Em Paris, passou a entrevistar os exilados brasileiros que estavam há muito tempo fora da mídia. Augusto Boal, Leonel Brizola, Luiz Carlos Prestes... Ficou um ano no ar, até a Tupi acabar.

Depois integrou o novo programa de Fernando Barbosa Lima, o “Canal livre” era um programa de entrevistas muito diferente — conta ele, referindo-se à atração que apresentou na TV Bandeirantes durante quatro anos; ele reunia uma bancada de entrevistadores para sabatinar um único entrevistado.

"Os entrevistadores eram tão importantes quanto os entrevistados" - comenta D’Ávila — lembrando-se que Caetano Veloso estava no grupo que entrevistou Tom Jobim; Fernando Henrique Cardoso, Otto Lara Resende e Nelson Rodrigues participaram da turma que entrevistou o então ministro da Justiça Ibrahim Abi-Ackel; Dina Sfat entrevistou o general Dilermando Monteiro. “Canal livre” era um raro programa onde se discutia a situação política do país comandado por generais.

Roberto D'Ávila estreou ontem na Globo News entrevistando o Ministro Joaquim Barbosa, Presidente do Supremo Tribunal Federal.


*Alteramos título, acrescentamos subtítulo, foto e legenda à publicação original

Foto:
IMAGEM
LEGENDA

21 de mar. de 2014

PETROBRAS: Um poço profundo, de Miriam Leitão, para O Globo

BRASIL - Opinião
PETROBRAS: Um poço profundo
Quando uma empresa do tamanho da Petrobras, com excelentes quadros em todas as áreas, começa a fazer tanto negócio ruim, a melhor resposta é investigar, explicar e punir. O governo apostou na ideia de deixar tudo como está que o país esqueceria. Só que, a cada novo escândalo, os contribuintes e os acionistas que tanto dinheiro têm perdido na empresa ficam querendo ter, ao mínimo, boas explicações.

Charge: Sponholz - Jornal da Manhã (PR)

Postado por Toinho de Passira
Texto de Miriam Leitão
Fonte: Blog de Miriam Leitão

Não há explicação boa para a presidente Dilma no caso Pasadena. Se todo o seu marketing político foi feito com a ideia de que ela é boa gerente, a explicação mostra um desempenho sofrível. Se ela foi enganada, já houve muito tempo para apurar, entender e punir quem omitiu as informações sobre o desastroso negócio. A revelação do prejuízo da empresa foi feita há dois anos.

A prisão do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa reforça ainda mais a suspeita sobre alguns dos negócios feitos pela empresa. O incrível caso da refinaria Abreu e Lima, cujo preço saiu de US$ 2,5 bilhões para US$ 20 bilhões, as denúncias de pagamentos de propina a funcionários na Holanda, tudo mostra erros na primeira gestão da Petrobras sob o governo do PT.

Dos escândalos da Petrobras, o maior prejuízo à empresa até agora é a refinaria Abreu e Lima. Foi uma ideia do ex-presidente Lula, em setembro de 2005, para agradar o então presidente venezuelano Hugo Chávez. Um dos vários casos de ingerência política na petrolífera. A refinaria foi desenhada para refinar o petróleo daquele país e isso não pode mais ser mudado. A Venezuela pulou fora, não colocou um tostão. A Petrobras teve que assumir tudo e o custo da refinaria deu um salto. Ficaria pronta em 2009, mas ainda está em construção.

Em 2009, surgiram notícias de superfaturamento na obra que começou a ser investigado pelo TCU. O BNDES anunciou em seu balanço que emprestou R$ 10 bilhões para a construção da refinaria. Em fevereiro de 2011, numa entrevista concedida para esta coluna, o então diretor Paulo Roberto Costa, responsável pelo projeto, disse que quando se decidiu fazer a refinaria sob medida para o petróleo venezuelano não havia ainda as perspectivas do pré-sal. Na época, o preço estava calculado em US$ 13 bilhões. Já chegou a US$ 20 bilhões e a atual presidente da empresa, Graça Foster, disse que o custo foi reduzido para US$ 18,5 bilhões.

Recentemente, o jornal "Valor Econômico" publicou a notícia de que a holandesa SBM, que aluga plataformas, está sob investigação pelas autoridades de Holanda, Inglaterra e Estados Unidos, por suspeitas de pagamento de propina. Nas denúncias investigadas, a informação é de que pelo menos US$ 139 milhões foram pagos a funcionários da Petrobras.

O caso da compra da refinaria de Pasadena é outro que continua assombrando. E continua porque nunca foi explicado e nunca foi devidamente investigado pelo governo. Os números falam por si, não precisa nem ser um bom gerente para saber que não se paga US$ 360 milhões por metade de uma refinaria que no ano anterior havia sido comprada integralmente por US$ 42 milhões pela empresa belga Astra.

Mas quem achou que a Petrobras estava fazendo um mau negócio quando aceitou pagar isso por uma refinaria velha, ficou ainda mais perplexo ao saber que o pior estava por vir. Ao entrar em conflito com o seu sócio, a Petrobras teve que pagar mais US$ 860 milhões pela outra metade. Como já escrevi aqui neste espaço no ano passado: ou os belgas são muito astutos, ou alguém fez o papel de bobo na Petrobras ou os envolvidos são bem espertos.

Quando uma empresa do tamanho da Petrobras, com excelentes quadros em todas as áreas, começa a fazer tanto negócio ruim, a melhor resposta é investigar, explicar e punir.

O governo apostou na ideia de deixar tudo como está que o país esqueceria. Só que, a cada novo escândalo, os contribuintes e os acionistas que tanto dinheiro têm perdido na empresa ficam querendo ter, ao mínimo, boas explicações.

A resposta da presidente Dilma à matéria do "Estadão" — dizendo que, quando presidente do Conselho de Administração da empresa, aprovou o negócio porque foi informada por um parecer falho, que omitia a existência das cláusulas prejudiciais à Petrobras — tem dois defeitos. Primeiro, a explicação não combina com a imagem de uma gerente eficiente. Segundo, em 2012, todos souberam como o negócio era desastroso para a Petrobras. E, se ela foi enganada, por que mesmo ninguém foi punido, não se investigou, não se prestou contas à população e o diretor responsável pela negociação apenas trocou de área? Há muitas explicações a dar ao distinto público que não seja "eu não sabia".
*Acrescentamos subtítulo e charge à publicação original

As miniaturas de nós mesmos em 3D

ALEMANHA - Tecnologia
As miniaturas de nós mesmos, em 3D
Em breve os selfies serão bonecos em 3D, como os que estão sendo produzidos na Alemanha

Foto: Divulgação

Postado por Toinho de Passira
Fontes: OMOTE 3D, hypeness, Estadão, Twinkind, huffington Post

Na Grécia antiga, os cidadãos ricos mandavam esculpir bustos em bronze de si mesmos. Séculos mais tarde, pintores retratistas ganhavam a vida pintando políticos e potentados. Com o advento da fotografia, os cidadãos não se furtavam em posar durante 15 minutos, diante de uma câmera para ter um daguerreotipo de sua imagem. Mais tarde com o advento da máquina fotográfica portátil e agora a digital, quase todo mundo não se cansa de produzir autoimagem, que até ganhou o nome especial de “selfie”.

O mundo está perto de ver popularizada outra possibilidade de culto à imagem, lançada no Japão e aperfeiçoado por dois pesquisadores alemães: a novidade são surpreendentes miniaturas realistas a perfeição, feitas em computador com auxílio de uma impressora 3D, a imagem e semelhança do retratado.

Usando um sistema de captação de imagem, em 360 graus de digitalização e tecnologias de impressão 3-D, a empresa Twinkind, com sede em Hamburgo, na Alemanha, consegue transformar, seus entes queridos, seus animais de estimação, ou você mesmo, em uma pequena e realista escultura. Os bonecos podem ter de 15 a 25 centímetros. Conforme o tamanho, os preços variam de R$ 735,00 a R$ 4,2 mil.

Há quem ache o resultado perturbador, pela captura das expressões faciais, da textura do cabelo e a das dobras das roupas.

A empresa Twinkind foi fundada pelos pesquisadores alemães, Kristina Neurohr e Timo Schaedel, que encontrou inspiração em uma loja em Tóquio chamado Omote que produzia os bonecos a partir de scanner feito numa cabine, semelhante aquelas de fotos instantâneas no passado.

A partir daí a dupla trabalhou duro para descobrir uma técnica de reprodução o mais realista possível, após uma rápida digitalização do cliente.

Depois de muita experimentação o sistema foi aperfeiçoado e eles conseguiram um equipamento que fotografa numa fração de segundo, todos os detalhes do modelo, numa imagem colhida em 360 graus.

Como únicas restrições a um resultado satisfatório, a empresa sugere que sejam evitado vestimentas de alguns materiais, como a seda, tule e chiffon, capazes de causar distorções. Os óculos devem ser retirados, para melhor captura das expressões faciais. Depois eles são reintroduzidos digitalmente.

A julgar pelas fotos, os resultados são espantosos. Logo, logo, todos nós teremos o nosso twinkind, isso quando o preço baixar.

20 de mar. de 2014

Dilma assume incompetência, tentando escapar da pecha de corrupta, no caso da escandalosa da refinaria americana pela Petrobras

BRASIL - Corrupção
Dilma assume incompetência, tentando escapar da pecha de corrupta, no caso da escandalosa da refinaria americana pela Petrobras
Dilma tenta escapar do escândalo ao estilo "eu não sabia" de Lula. Mas vai ser difícil convencer que ela não está dentro da tramoia, tanto no quesito incompetência, quanto no quesito corrupção.

Foto: Divulgação ma

Dilma imitando o "mestre" quando o escândalo bateu a sua porta

Postado por Toinho de Passira
Fontes: O Globo, Estadão, Mirim Leitão, Folha de S. Paulo

Dilma deixou a Presidência do Conselho de Administração da Petrobras, em março de 2010, estava no cargo desde 2003, logo que começou o governo Lula. Saiu para se candidatar a presidente a república. Na ocasião declarou que saia "muito feliz", porque a Petrobras tinha um nível de investimento e atualmente tem um nível muito elevado, além de ter diversificado as áreas de atuação, aumentando seu trabalho em refinarias, em gasodutos e em biocombustíveis.

- É um orgulho passar pelo conselho da Petrobras e maior ainda presidi-lo. Você tem uma nova visão de Brasil, vê a riqueza do Brasil - afirmou ela na ocasião.

Miriam Leitão na sua coluna no O Globo, questiona: Como é que uma empresa importante como a Petrobras, que tem técnicos tão eficientes e competentes em todas as áreas, inclusive na financeira, aceita fazer um negócio danoso? Estou falando da compra de metade da refinaria Pasadena, nos EUA, em 2006, que está sendo investigada por Polícia Federal (PF), Tribunal de Contas da União (TCU) e Ministério Público (MP) por suspeita de superfaturamento.

A empresa Astra tinha comprado essa refinaria velha por US$ 42,5 milhões. Um ano depois, a Petrobras comprou metade dela por US$ 360 milhões. E ainda assinou um contrato dizendo que se tivesse um conflito entre as partes, compraria a outra metade por US$ 860 milhões, o que daria, ao todo, US$ 1,2 bi. Tudo leva a crer que um lado ia querer o conflito, porque se a Astra brigasse com a Petrobras, a brasileira teria que comprar a outra metade. E foi isso que aconteceu.

A Petrobras não prestou contas aos seus acionistas nem aos contribuintes sobre a razão de ter comprado uma empresa velha por esse preço exorbitante.

O caso ressurge agora porque as dúvidas permanecem, não foram dadas explicações, e a presidente Dilma Rousseff era presidente do Conselho à época e assinou, dando aval à compra da refinaria.

Tentando tirar o seu da reta, Dilma mandou publicar uma nota dizendo que ela, como presidenta do conselho, não tinha visto esses contratos paralelos.

Essa é a versão Dilma do "modus operandi" de Lula,k que nunca soube as falcatruas que pululavam em seu redor.

No caso de Dilma, porém, tanto na Folha de S. Paulo, como no jornal O Estado de S. Paulo, de hoje, há declarações de executivos da Petrobras, afirmando que como Presidente do Conselho, Dilma tinha acesso total aos contratos, e poderia consultar pareceres jurídicos e demais documentos antes de dar aval a aquisição que provocou prejuízo bilionário à empresa; acrescente-se que as cláusulas que petista disse não conhecer em 2006 foram usadas em outros contratos da estatal.

Dilma recebia um salário de cerca de seis mil reais, mensais, que se somava aos vencimentos de Ministra, da Minas e Energia no começo e depois de Ministra Chefe da Casa Civil, para participara do Conselho que só se reúne entre quatro a 12 vezes por ano.

O Palácio do Planalto sabe que o fato vai trazer desgaste irreparável aquela imagem de gestora modelo, que Dilma teima em ostentar. Esse é um custo que estão disposto a pagar, dizendo que ela não fez o dever de casa e causou um prejuízo de mais de um bilhão. Mas na verdade esse caso é mais que um desastrado e incompetente ato administrativo: há um forte e podre cheiro de CORRUPÇÃO CABELUDA anexado a história.

O negócio foi feito com o aval de muita gente acostumada e versada em negociações internacionais, no ramo do petróleo, incluindo aí, a "competente Dilma", que é do ramo, desde sempre, fica visível que as falhas que aconteceram na negociação, é porque fazia parte do negócio paralelo da turma que recebe "por fora".

Vê-se que Dilma pode sair da história com a dupla fama de corruta e incompetente, mesmo porque os corruptos competentes são aqueles que nunca são pegos com a boca na botija.

Mesmo que se desse a Dilma o benefício da dúvida, que ela não merece, há de se perguntar, alguém que causa um prejuízo de dois bilhões de reais, aos cofres públicos, pode continuar como Presidente da República?

17 de mar. de 2014

A eleição dos vices, por Ricardo Noblat

BRASIL - Opinião - Eleição 2014
A eleição dos vices
Noblat avalia a real possibilidade de além de Marina Silva, Fernando Henrique Cardos e até Lula serem candidatos a vice a presidente da república neste ano. Em política tudo é possível.

Foto:

QUEM SERÁ O VICE? - Marina Silva, Fernando Henrique, ou Lula?

Postado por Toinho de Passira
Texto de Ricardo Noblat
Fonte: Blog do Noblat

“Então temos um acordo?”, perguntou Eduardo Campos, governador de Pernambuco, à Marina Silva, ex-ministra do Meio Ambiente, com quem conversava há mais de cinco horas em um apartamento do Setor Sudoeste, em Brasília.

Era tarde da sexta-feira dia cinco de outubro último. A Justiça Eleitoral negara registro à REDE, partido que Marina tentara criar. A pergunta de Eduardo ficou sem uma resposta direta.

Foi a vez de Marina perguntar: “E se Lula for candidato? Você manterá sua candidatura?” Campos respondeu que manteria.

Estava à vontade para responder assim à Marina por que consultara Lula em São Paulo antes de decidir ser candidato pelo PSB à vaga da presidente Dilma Rousseff: “O senhor será candidato?” Lula respondeu: “Não”. Campos, então, disse: “Eu serei”. Lula tentou demovê-lo. Em vão.

Marina deu por fechado o acordo com Campos. No dia seguinte, o acordo tornou-se público durante uma entrevista coletiva concedida pelos dois.

Marina e sua turma se filiaram ao PSB. Campos comprometeu-se por escrito em defender durante a campanha eleitoral os principais pontos do ideário da REDE. Quanto a Marina sair de vice dele... “Se isso for importante”, condicionou Marina. “É, sim”, retrucou Campos.

O anúncio de que Marina será candidata a vice está por semanas. Enquanto isso, ela e Campos afinam os discursos.

“O governo Dilma é a denúncia mais contundente do fracasso do atual sistema político brasileiro”, analisa Marina. “É um governo não de programas, mas de elementos de força e favor. Não corresponde ao interesse de governo e de país”.

Campos traduz: “O Brasil não aguenta mais quatro anos de Dilma”.

Esta poderá vir a ser a eleição dos vices. Aquela onde o peso deles valerá tanto ou mais do que o peso dos candidatos a presidente.

Na revista ÉPOCA desta semana, o repórter Diego Escosteguy revela que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso talvez seja o candidato a vice na chapa de Aécio Neves. FH de vice era um sonho alimentado por Aécio, apenas um sonho. Deixou de ser.

FH autorizou o PSDB a testar seu nome por meio de pesquisas que começaram a ser aplicadas em São Paulo, Ceará e Rio Grande do Sul.

São Paulo é o maior colégio eleitoral do país. Se ali FH ajudar Aécio a derrotar Dilma com larga vantagem, tudo indica que o desfecho da eleição ficará para o segundo turno. E que Aécio terá lugar nele catapultado principalmente pelos votos de São Paulo e de Minas Gerais.

Marina e FH, dois vices inimagináveis até outro dia.

E Lula de vice de Dilma, que tal? Absurdo? Mera especulação? Ou você pensa que o PT seria capaz de ir para a forca sem oferecer resistência?

O movimento pela volta de Lula só faz crescer dentro do PT e dos partidos que apoiam o governo.

Lula candidato a presidente passaria a impressão de que Dilma não fizera um bom governo. Lula candidato a vice, não.

14 de mar. de 2014

Deu o curto-circuito no Governo - de Miriam Leitão, para O Globo

BRASIL - Opinião
Deu o curto-circuito no Governo
Tudo o que foi anunciado ontem é para resolver o problema que o governo negava existir. O eleitor que foi ludibriado pela propaganda enganosa da queda dos preços da energia no ano passado está, sem saber, ficando endividado com um passivo que cresce.

Charge de Amarildo - A Gazeta (ES)

Postado por Toinho de Passira
Texto de Miriam Leitão
Fonte: Blog da Miriam Leitão

O governo fingiu até a véspera que não havia um problema na área de energia. E ontem ele rasgou a fantasia. Assumiu que o rombo deste ano será de R$ 21 bilhões e já avisou que haverá aumento de impostos e elevação futura nas tarifas. Isso para cobrir os custos do preço irreal da energia e da desastrosa gestão na área. O consumidor vai pagar os R$ 8 bilhões de empréstimos tomados pela CCEE a juros de mercado.

Tudo o que foi anunciado ontem é para resolver o problema que o governo negava existir. O ministro Mantega e a cúpula do setor elétrico disseram que, além dos R$ 9 bilhões previstos no Orçamento, o governo vai pôr mais R$ 4 bilhões na Conta de Desenvolvimento Energético e autorizou a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica a tomar um empréstimo de R$ 8 bilhões no mercado. No futuro, quando o custo for passado para as tarifas, a CCEE vai ser ressarcida pelos consumidores por esse empréstimo. Eles pagarão, assim, além do preço das térmicas, os juros desse financiamento bilionário.

O secretário Arno Augustin disse que não é para somar essas parcelas todas e concluir que o rombo é de R$ 21 bilhões. Sim, é para somar, o rombo é esse. O dinheiro sai de pontos diferentes mas vão todos para o mesmo lugar: subsidiar hoje o preço da energia para manter a fantasia político-eleitoreira do preço barato e depois jogar tudo no bolso do contribuinte-consumidor assim que passarem as eleições. O eleitor que foi ludibriado pela propaganda enganosa da queda dos preços da energia no ano passado está, sem saber, ficando endividado com um passivo que cresce.

São duas as fontes de rombo. Uma é a energia mais cara gerada pelas térmicas e que é paga pelas distribuidoras. Pelas regras do jogo, elas podem repassar isso para a conta de energia. A segunda é o custo extra que algumas distribuidoras estão tendo por ter que comprar energia no mercado livre para cobrir as suas necessidades. E isso porque o leilão de energia entre geradores e distribuidores foi tão mal feito que as distribuidoras não conseguiram contratar toda a energia que precisavam entregar.

É isso que o setor define como "exposição involuntária". Ao fazer um leilão no começo do ano passado para contratar a energia de 2014, a EPE forçou o preço máximo para baixo de maneira artificial. Ninguém quis vender a energia a esse preço e por isso as geradoras não apareceram no leilão. Isso deixou as distribuidoras descobertas. Agora a energia no mercado spot explodiu e as mais expostas estão quebrando.

O que tudo isso mostra é o quanto o governo tem sido imprudente na questão energética. Na quarta-feira, o presidente da Empresa de Pesquisa Energética, Maurício Tolmasquim, disse no Congresso que o Brasil enfrenta "a pior hidrologia desde os tempos que começaram a ser registrados em 1931". Já o secretário executivo do Ministério das Minas e Energia, Márcio Zimmerman, disse que não seria feita nenhuma medida de redução do consumo para não incomodar o consumidor porque se chovesse haveria o "o custo do arrependimento".

Ora, se é a pior hidrologia da história tem que haver medidas preventivas, sim, para reduzir o consumo. Mas o governo não a toma para não "incomodar". Se alguém quisesse imaginar um roteiro de erros não teria tanta imaginação. O governo baixou uma MP mudando regras do jogo e antecipando o fim de concessões para reduzir o preço de energia, exatamente quando o custo estava subindo pelo uso das térmicas no ano passado. Para isso, o Tesouro teve que usar R$ 9 bilhões para subsidiar o preço.

Este ano tudo piorou porque a chuva foi ainda menor. As térmicas estão sendo usadas num nível ainda mais intenso. E, além disso, as distribuidoras estão comprando energia no mercado livre porque não houve a gestão eficiente do modelo dos leilões entre fornecedores e distribuidores de energia.

A solução foi mais gambiarra. Além dos R$ 9 bilhões já no Orçamento para cobrir essa diferença entre preço e custo de energia, o governo vai colocar mais R$ 4 bi. E de onde virá o dinheiro? De "medidas tributárias", ou seja, impostos. Além disso, a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica vai tomar um empréstimo para ajudar no socorro às distribuidoras. A CCEE é uma entidade privada que o governo está mobilizando para ajudar a resolver o problema. Só que subsidiar a energia com empréstimo é uma insensatez. E os juros sobre esse empréstimo, a quanto levará esse valor? O governo entrou em curto-circuito na área de energia.


*Alteramos o título, acrescentamos subtítulo e ilustração à publicação original

DILMA X PMDB: Me engana que eu gosto - de Merval Pereira, para O Globo

BRASIL - Opinião
DILMA X PMDB: Me engana que eu gosto
A crise com a bancada da Câmara do PMDB continua do mesmo tamanho.

Charge de Benett, para a Folha de S. Paulo

Postado por Toinho de Passira
Texto de Merval Pereira
Fontes: Blog do Merval

A presidente Dilma Rousseff acaba de indicar vários técnicos para seu ministério, passando uma imagem de que desistiu do toma-lá-dá-cá que vinha caracterizando as negociações com os partidos da base aliada, especialmente o PMDB. Segundo os analistas chapas-brancas, ela teria colocado a parte podre PMDB em seu devido lugar, dando-lhe o recado de que não aceitava mais esse jogo.

Perfeito para a propaganda que o marqueteiro João Santana prepara, vendendo a volta da faxineira ética. Só que é tudo de mentirinha, a reforma foi toda negociada com os partidos da base, cada qual com seu bocado do governo, só que desta vez nomeando técnicos.

No PMDB, a presidente Dilma trocou o deputado federal Eduardo Cunha, identificado pelo Palácio do Planalto como o comandante da banda podre do partido, pelo senador Renan Calheiros, que representaria “o PMDB da Dilma” e, por definição, não seria parte da podridão partidária. Vai ser difícil convencer que a presidente não trocou seis por meia dúzia.

A mais perfeita síntese da ética que comandou a mudança ministerial foi a troca do ministro da Pesca, essa peça imprescindível ao bom andamento do governo. Saiu Marcelo Crivela, para candidatar-se ao governo do Rio, e entrou no seu lugar o senador do PRB do Rio Eduardo Lopes, que vem a ser o suplente do próprio Crivela. Quer dizer, Crivela continua à frente do ministério da Pesca.

E a crise com a bancada da Câmara do PMDB continua do mesmo tamanho. Dividir o PMDB do Senado e da Câmara pode dar certo e Dilma ficar com os quatro minutos de tempo de televisão do PMDB. Mas as dissidências regionais continuam do mesma tamanho.

Me engana que eu gosto.
*Alteramos o título, acrescentamos subtítulo e ilustração à publicação original

Minisaias de aeromoças japonesas causam turbulência

JAPÃO - Bizarro
Minisaias de aeromoças japonesas causam turbulência
A Skymark Airline, uma empresa aérea japonesa, de atuação regional, para inaugurar um novo serviço, está enfrentado protestos, porque resolveu encurtar o uniforme das aeromoças. Os críticos dizem até que as minissaias comprometem a segurança dos voos (?)

Foto: KYODO / LANDOV

MINI-SAIAS PODEROSAS - Os críticos dizem que Skymark está tratando sua tripulação de cabina como "produtos" em saias demasiado curtas para o trabalho. Discordamos

Postado por Toinho de Passira
Fontes: Estadão, Japan Today, The Sidney Morning Herald, The Japan Times, New York Daily News

A companhia aérea japonesa Skymark Airline está sendo bombardeada por criticas, por causa dos novos uniformes das suas aeromoças. A minissaia azul, segundo as queixas, 'mal cobre' as pernas das comissárias e seria 'um convite aberto ao assédio sexual'.

A Federação Japonesa de comissários de bordo pediu que os uniformes sejam proibidos, uma semana após o lançamento eles serem exibidos.

Integrantes da entidade de classe afirmam que o uniforme é 'inadequado' para as aeromoças, que precisam esticar-se, abaixar-se e às vezes até ajoelhar-se durante o seu trabalho. (ajoelhar-se?) As comissárias, segundo os sindicalistas, poderiam ser alvo de passageiros pervertidos com suas câmeras fotográficas. (Os pervertidos nem tinham pensado nisso antes de serem alertados para a possibilidade)

Os críticos dizem que a Skymark Airlines está tratando sua tripulação como 'produtos' em saias demasiado curtas para o trabalho.

A entidade que representa os comissários de bordo divulgou um trecho de um artigo da lei que proíbe atos que impedem a segurança do voo, que inclui atos de assédio sexual.

"Entre os deveres dos comissários de bordo está evitar esses incidentes, mas estamos preocupados com o design do uniforme que pode induzir tais atos perturbadores". Diz a nota oficial.

O porta-voz Skymark negou as acusações , dizendo que a empresa até agora não tinha recebido quaisquer queixas da federação. Acrescentou ainda que o uniforme será usado apenas durante seis meses, a partir de 31 de maio, pelas aeromoças que de por funcionários do sexo feminino servindo em sua frota de A330, nas novas aeronaves que vão juntar-se a frota da empresa, no trecho Haneda-Fukuoka.

A roupas fazem parte de uma campanha de marketing temporário e que depois disso as equipes voltarão a vestir os antigos e tradicionais uniformes.

Na verdade, as minissaias já são um sucesso publicitário extraordinário: antes mesmo de serem utilizada nos voos, a modesta companhia aérea regional acabou sendo notícia em todo mundo.

Nós do "thepassiranews", voltamos a corroborar que somos fundamentalmente favoráveis ao uso da minissaia, em qualquer ocasião, desde que seja na mulher dos outros.

Foto: JIJI PRESS / AFP / Getty Images

O presidente do Japão Skymark Airlines Shinichi Nishikubo , feliz, cercado pelas suas comissários de bordo vestindo o novo uniforme. Merece o nosso apoio.