1 de nov. de 2013

Sergipano Diego Costa decide jogar pela Seleção Espanhola, o gaúcho Felipe Scolari ficou mordido

BRASIL – ESPANHA
Sergipano Diego Costa decide jogar pela Seleção Espanhola, o gaúcho Felipe Scolari ficou mordido
Felipão depois de ganhar a Copa do Mundo abandonou a Seleção Brasileira e foi ser técnico de Portugal, até aprendeu o Hino Nacional de Portugal, agora estranha que outro brasileiro resolva defender a seleção de outro país. O mais elegante seria respeitar a decisão do atleta e seguir em frente.

Foto: Divulgação

Diego Costa trocou a camisa da Seleção Brasileira pela espanhola

Postado por Toinho de Passira
Fontes:  Blog de Sérgio Rodrigues, Veja, Publico, BBC Brasil, Adustina Net, Largato Net

O dramaturgo pernambucano Nelson Rodrigues, também excepcional cronista esportivo, cunhou a frase, que a "Seleção Brasileira é a Pátria de chuteiras”. Isso em tempos românticos quando o jogador era torcedor do time em que jogava e não ficava beijando o escudo de tantas camisas de times diversos durante a carreira.

O assunto esportivo dessa semana foi à insatisfação do técnico Luiz Felipe Scolari com a escolha do hispano-brasileiro Diego Costa, lagartense de Sergipe, em defender a seleção espanhola.

“Ele está dando as costas para um sonho de milhões, o de representar a nossa seleção pentacampeã em uma Copa do Mundo no Brasil.”, disse Felipão, que o pré-convocado "às pressas", quando começaram a surgir os boatos, para os amistosos contra Honduras e Chile, Diego Costa, confirmou em seguida a desconvocação do atacante.

Felipão comandando a esquadra portuguesa
O atacante de 25 anos decidiu nesta terça-feira, em carta enviada a Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), que irá defender a Espanha na Copa de 2014. Diego Costa tem nacionalidade brasileira e espanhola.

Como não disputou jogos oficiais pelo Brasil (apenas dois amistosos em março, contra Itália e Rússia), a Fifa permite que o jogador defenda outra equipe. O jogador do Atlético de Madrid é o artilheiro do Campeonato Espanhol, com 11 gols em 10 rodadas, à frente de Lionel Messi e Cristiano Ronaldo, ambos com oito.

Felipão, o vistoso patriota, que no entanto já foi treinador da seleção de Portugal, ficou muito aborrecido com a opção do sergipano Diego Costa, o suposto apatriota – sim, esta palavra existe, embora seja pouco usada – de defender a seleção da Espanha.

Coube à CBF endurecer ainda mais – e de modo grotescamente exaltado – o discurso contra o jogador do Atlético de Madrid. O diretor jurídico da entidade, Carlos Eugênio Lopes, apocalipticamente declarou o centroavante persona non grata na seleção e anunciou a disposição de “instaurar um procedimento no Ministério da Justiça, pedindo a perda da cidadania brasileira, que Diego Costa repudiou”.

Diego Costa fez toda a sua carreira na Espanha foi esnobado pelos técnicos da seleção brasileira, incluindo Felipão, que talvez tenha optado em convoca-lo agora, para evitar exatamente que ele estivesse no ataque da Espanha, num eventual encontro com o Brasil.

Patriota é uma palavra do século XIX, derivada do grego patriotes por meio do latim tardio patriota, esmiunça Sérgio Rodrigues, no seu Blog. Os vocábulos originais, porém, tinham apenas o sentido de “compatriota, aquele que é da mesma pátria”.

Segundo o filólogo brasileiro Antenor Nascentes, o sentido atual da palavra – de “amigo, amante, servidor fiel da pátria” – é uma herança do francês patriote, língua na qual nasceu tal acepção.

Imaginem uma final de Copa do Mundo, Brasil x Espanha, com o sergipano Diego Costa atacando o lado brasileiro? Vai ser de arrepiar.

Foto: Adustina Net

Os pais de Diego Costa, seu Zeinha e dona Josileide, em Lagato, Sergipe, comemorando orgulhosos a convocação do filho, por Felipão, para amistosos contra a Itália e a Rússia, em março deste ano.

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