30 de set. de 2013

CHARGE: Angeli - Folha de S. Paulo (SP)



ANGELI- Folha de S. Paulo (SP)



Cirurgiões chineses montam 'nariz' artificial na testa de paciente com mutilação facia

CHINA – Medicina
Cirurgiões chineses montam 'nariz' artificial
na testa de paciente com mutilação facial
Jovem teve cartilagem do nariz corroída por infecção depois de acidente, para ajudá-lo, cirurgiões criaram um novo nariz, esculpido tridimensionalmente, com pele da fronte e cartilagem das costelas, com o intuito de utilizá-lo para recompor a face do paciente

Foto: Associated Press

Modesto, o cirurgião disse que não esperava tanta repercussão do caso.

Postado por Toinho de Passira
Fontes: G1, China Org CN, De.Nachrichten , Yahoo, Japan Times, Wahington Post

A imagem de um chines com um nariz na testa parecendo uma montagem de photoshop correu o mundo, nesta segunda-feira. As agências de notícias atestaram que a imagem verdadeira era o resultado de um implante feito pelo cirurgião Guo Zhihui, do Fujian Medical University Union Hospital, na China, para tentar resolver um problema da amputação facial de um paciente.

No ano passado, Xiao Lian, 22 anos, teve seu nariz mutilado, depois de um grave acidente. Os médicos tentando resolver o problema do paciente decidiram pelo implante na fronte do paciente utilizando fragmentos de cartilagem das costelas do paciente e colocando-os sob tecidos cutâneos em forma de nariz, que será utilizado na recomposição da amputação facial.

Xiao Lian está cada vez mais feliz, observando seu futuro nariz tomando forma em sua testa, durante os últimos nove meses, como se fosse um bebê nariz.

cirurgião Guo Zhihui disse numa entrevista que ele a a equipe, "Estavam apenas interessados em ajudar o homem e não esperava que isso teria tanta repercursão”.

O nariz novo sera colocado na posição original, assim que os médicos acharem segura a cirurgia. Guo explicou que planeja cortar o nariz da testa, deixando uma seção da pele ainda conectada e então girar e colocá-lo em posição durante um procedimento mais tarde.

Cirurgiões anteriormente utilizaram cartilagem para ajudar a reconstruir narizes, e estão experimentando reconstituições com células-tronco em outras partes do corpo, mas este é o primeiro caso conhecido de construção de um nariz na testa.

Alexander Seifalian, um professor de nanotecnologia e medicina regenerativa da Universidade de Londres, que já trabalhou em transplantes utilizando células-tronco, disse colocar o enxerto de nariz na testa faz sentido, porque a pele tem a mesma "estrutura e textura", como a de um nariz.

No entanto, ele disse que não ficou claro por isso a equipe chinesa construiu o nariz na testa, e não em sua posição correta. Um enxerto de nariz cultivado a partir de células-tronco estaria preparado em outra parte do corpo primeiro, mas esta operação usando cartilagem existente, “poderia ter sido feita sobre o próprio local do nariz e não na testa”. "Não sei por que colocaram lá."

No entanto, Seifalian observou que estava falando apenas pelo que havia sido publicado na mídia, sem acesso ao caso de forma científica. Algums peculiaridade que não foi ainda divulgada poderia justificar o procedimento inusitado.

Guo, o cirurgião chines, disse que o novo nariz será girado para a posição e enxertado, sem ser totalmente desligado dos vasos que atualmente o irrigam. Esperam que a partir daí, sejam naturalmente desenvolvidos novos vasos sanguíneos, para que a cirurgia, ainda sem data marcada, seja um sucesso.

Foto: Stringer/Reuters

Xiao Lian, feliz com o seu novo nariz, que em breve ocupará o lugar devido

Com verba do Governo Dilma, Eduardo Campos e Fernando Bezerra Coelho, fazem campanha, para o PSB

BRASIL – Pernambuco - Eleição 2014
Com verba do governo Dilma, Eduardo Campos e Fernando Bezerra, fazem campanha, para o PSB
Num evento, neste sábado, com todas as características de campanha eleitoral, Eduardo Campos comentou a debandada cearense do PSB, o Ministro Bezerra Coelho, apresenta-se ao eleitorado do município e o prefeito de Paulista, Júnior Matuto, "profetizou” que terá em breve, um amigo presidente da Republica. A comitiva estava visitando obras de contenção do mar, realizadas graças a verbas do governo federal.

Foto: Helder Tavares/Assessoria Ministério da Integração Nacional

O governador Eduardo Campos e o Ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho e do prefeito do Paulista, Junior Matuto, "visitam" as obras de contenção do avanço do mar da praia de Pau Amarelo

Postado por Toinho de Passira
Fontes: G1, Blog do Inaldo Sampaio, Diario de Pernambuco, Blog do Jamildo, Portal do Governo de Pernambuco

Acompanhado do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho (PSB), o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB) fez, na manhã deste sábado (28.09), uma pretensa “vistoria“ de obras de contenção do mar na praia de Pau Amarelo, município de Paulista, na Região Metropolitana do Recife.

Estava acompanhado do Ministro Fernando Bezerra, da Integração Nacional, no seu provável último ato como membro da equipe do Governo Dilma, já que deverá entregar o cargo nesta segunda-feira.

O evento era claramente um ato de campanha dos dois, Eduardo com futuro candidato do seu partido PSB, a presidência da república, e Fernando Bezerra Coelho, a governador de Pernambuco.

Eduardo Campos, comentou, na ocasião, a saída de mais de 300 filiados do PSB do Ceará a reboque da dissidência aberta pelo governador Cid Gomes e seu irmão Ciro Gomes, discordantes do projeto presidencial do governador de Pernambuco que decidiram deixar o partido.

As defecções, segundo Eduardo, não devem ser encaradas como perdas, “uma vez que não se perde aquilo que não se tem”.

Eduardo Campos tirando fotos com eleitores
Foto: Katherine Coutinho/G1
Campos sugeriu que a esmagadora maioria do partido está do seu lado, e a decisão de ter candidatura própria foi aprovada “numa votação, pela Executiva Nacional do PSB, por unanimidade.”

Sobre o comentário do ex-ministro Ciro Gomes, que classificou a atitude de Eduardo Campos, no processo de saída do grupo do governador Cid Gomes (CE) do partido como ‘canalhice’, o governador afirmou que é preciso “saber perder”. “Houve uma disputa política, nós ganhamos, eles perderam. A gente tem que saber ganhar. E quem não sabe ganhar, acaba não ganhando outra vez. Quem perdeu, tem que saber perder”, resumiu.

Em discurso, Eduardo elogiou os governos petistas de Lula e Dilma, mas disse que saiu do governo "pela porta da frente e de cabeça erguida", para que pudesse acontecer um debate político "necessário", o que não teria ocorrido em 2010.

Ao lado de Eduardo Campos, o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, reforçou seu compromisso com o PSB e afirmou abertamente que a sigla já pensa em 2014. “O PSB tomou a decisão de se apresentar com um projeto próprio para poder sensibilizar e ter o apoio na perspectiva do lançamento da candidatura presidencial. Estou agora à disposição do partido”, explicou.

Na verdade essa “inspeção administrativa” em Paulista, área metropolitana do Recife, tinha todas as nuances de um ato das duas campanhas eleitorais, tanto de Eduardo, a presidente da república, quanto de Fernando Bezerra Coelho, candidatíssimo a governador de Pernambuco.

O prefeito de Paulista, Junior Matuto, não disfarçou, no seu discurso disse referindo-se a Eduardo Campos, “tenho agora um amigo governador e em breve terei um amigo presidente da república“ – e foi amplamente aplaudido pela claque e pelos assessores municipais.

Quanto à candidatura estadual de Bezerra Coelho, o prefeito foi mais cauteloso, disse que “esperava o governador para saber que companheiro nos devemos encampar em luta", afirmou.

Mas por vias das dúvidas, Junior Matuto, concedeu, na ocasião, a comenda Padre João Ribeiro de Mello Pessoa e Montenegro para o governador Eduardo Campos e para o ministro da Integração Nacional Fernando Bezerra Coelho. Detalhe o Ministro, FBC ganhou também o título de cidadão do município. O prefeito, esperto e oportunista, parece querer que o futuro próximo governador também seja seu amigo.

Foto: Helder Tavares/Assessoria Ministério da Integração Nacional

No palanque montando na praia,, Fernando Bezerra acena para os eleitores, acompanhado do prefeito de Paulista, Junior Matuto, e do governador Eduardo Campos

Quem não deve ter gostado, dessa movimentação toda, foi a candidata Dilma Rousseff, até porque o evento todo aconteceu em torno dos R$ 14,3 milhões, que seu governo, através do Ministério da Integração Nacional, destinou para a realização das tais obras de contenção do mar, na orla das praia do Janga e de Pau Amarelo.

29 de set. de 2013

Impasse sobre sonegação milionária na importação faz autoridades chinesas apreenderam pombos belgas

CHINA
Impasse sobre sonegação milionária na importação
faz autoridades chineses apreenderam pombos belgas
A columbofilia, corrida de pombos, um esporte em declínio em quase todo mundo, está novamente em ascensão devido ao interesse crescente de endinheirados chineses, que resolveram investir fortunas em pombos campeões, gerando um comércio milionário, que fez as autoridades econômicas, tratarem o assunto com mais rigor.

Foto: Reuters

O campeão "Bolt" sendo examinado por veterinário, Comprado por US$400 mil, quase um milhão de reais.

Postado por Toinho de Passira
Fontes: Reuters, International Bussiness Times, The Daily Mail, The Independent

Há penas por todos os lados, após autoridades chinesas apreenderem centenas de pombos-correio belgas, incluindo Bolt, o pombo mais caro do mundo, vendido por 310 mil euros no início deste ano.

Bolt foi solto e entregue ao proprietário, junto com 400 pombos na última quinta-feira, mas outras 1.200 aves continuam retidas pelo governo chinês por conta de um impasse sobre a importação dos animais.

A embaixada belga em Pequim já iniciou negociações com os chineses para pleitear a soltura dos demais pássaros, disse o ministro das relações exteriores da Bélgica neste domingo.

As autoridades chinesas afirmam que as aves foram declaradas para a receita apenas nominalmente, o que significa que a China estaria perdendo passivamente em direitos de importação e impostos.

As taxas de importação correspondem a 10 por cento do valor, e em cima disso, ainda incide um imposto de 13 por cento. Isso corresponde a 75 mil euros apenas no caso do pombo-correio Bolt, avaliam os chineses.

Bolt, o pombo celebridade, vale uma fortuna
Bolt, nomeado em homenagem ao velocista jamaicano e campeão olímpico Usain Bolt, é considerado o pombo mais caro do mundo, foi criado pelo famoso columbófilo belga Leo Heremans, o maior especialista no assunto.

Em 2012, Bolt foi considerado o pombo-correio mais rápido da Bélgica, local onde este tipo de competição é tradicional e as regras são bastante precisas.

Mesmo campeão, ele foi leiloado em maio pelo site de leilões de pombos PIPA (abreviação de Pigeon Paradise, ou paraíso dos pombos, em português), e a transação foi aferida pelo chefe do PIPA, Nikolaas Gyselbrecht, que voou para Pequim para negociar com os chineses.

As autoridades chineses concordaram que o PIPA nada tinha a ver com o problema dos impostos e devolveu 401 aves para seus compradores depois que uma "quantia simbólica" foi paga, disse Gyselbrecht à Reuters.

O dirigente do PIPA disse que, para evitar o problema, o governo chinês poderia ter exigido uma enorme quantia relativa ao valor total das aves, estimado em mais de um milhão de euros.

Um esporte em declínio, a columbofilia recebeu um impulso inesperado, vindo da China, onde as corridas de pombos tornaram-se uma febre junto a crescente classe média chinesa. Estima-se que há mais de 300 mil criadores na China dispostos a pagar valores estratosféricos por animais campeões em leilões.

Em apenas uma corrida, em território chinês, um proprietário de pombo, pode ganhar um prêmio que pode chegar a R$ 3 milhões.

A columbofilia na China era popular entre os chineses desde a dinastia Ming do século 14. O esporte foi proibido durante a Revolução Cultural, no9s anos 60, do século passado, mas vem se recuperando de forma espetacular desde que a proibição foi discretamente levantada há alguns poucos anos atrás.

Quem indicou namorada de José Dirceu para cargo comissionado no Senado Federal?

BRASIL - Apadrinhamento
Quem indicou namorada de José Dirceu para
cargo comissionado no Senado Federal?
Apesar de tido como bonitão Dirceu nunca foi exigente no padrão das suas mulheres. Namorou belas e feias na mesma proporção. Parece preferir a diversidade, a qualidade. Oficialmente mantém 11 ex-mulheres harmoniosamente sob a sua proteção a maioria de uma forma ou de outra dependuradas nas tetas do estado. A mais nova, na folha do contribuinte, é Simone Patrícia Tristão, que ganhou um cargo comissionado no Senado, com R$ 12.800 mensais no contracheque. Como ela conseguiu a vaga?

Foto: Cristiano Mariz/Veja

No papel, Simone Patrícia Tristão (foto) obteve o posto, no Senado, por insuspeitadas habilidades em marketing de relacionamento. Na realidade, ela deve a colocação a outro tipo de relacionamento. Simone é a nova namorada do petista acusado de chefiar a quadrilha do mensalão, José Dirceu

Postado por Toinho de Passira
Fontes: Blog do Josias de Souza, Blog Hildegard Angel, IstoÉ, Veja, “Dirceu — A Biografia”

Garantia de estabilidade, altos salários e uma rotina confortável. O serviço público no Brasil é um mundo restrito ao qual só existem duas formas de chegar. A primeira - alternativa da maioria dos brasileiros - requer estudo, sacrifício e dedicação para conseguir uma vaga via concurso público. Já a segunda, aberta a poucos privilegiados, exige apenas ter os amigos certos nos lugares certos.

A recepcionista Simone Patrícia Tristão Pereira chegou perto disso justamente por essa segunda via. Dona de competências profissionais desconhecidas, ela conquistou um emprego invejável: desde último dia 8 de agosto ocupa o cargo de especialista em marketing de relacionamento no Instituto Legislativo Brasileiro (ILB), órgão de capacitação do Senado Federal.

Com salário de 12 800 reais, horário flexível e pouco ou quase nada para fazer, a moça não precisou se esforçar muito para chegar lá.

Bastou acionar as pessoas certas - ou, no caso dela, a pessoa certa: o ex-ministro José Dirceu, réu condenado a dez anos e dez meses de prisão por corrupção ativa e formação de quadrilha no escândalo do mensalão. O casal assumiu meses atrás um namoro que começou há alguns anos.

Foto: Agência Brasil

Renan também enrolado com mulheres compreende muito bem os problemas de Dirceu

Em notícia veiculada por Veja, os repórteres Robson Bonin e Adriano Ceolin contam que, no primeiro dia de trabalho, Simone foi apresentada aos novos colegas por ninguém menos que o diretor-geral do Senado, Helder Rebouças, homem de confiança do presidente da Casa, Renan Calheiros, amigo do peito do namorado da contratada. Tantos relacionamentos garantiram à nova funcionária a um horário maleável, uma rotina de trabalho flexível e virtual.

O expediente normal, para os outros mortais, começa às 8h. Mas Simone costuma chegar por volta de 11h. Ao meio-dia, sai para o almoço. Retorna habitualmente às 15h30. Deveria voltar para casa às 18h. Mas prefere sair um pouco antes, às 17h. Entre chegadas e saídas, a namorada de Dirceu preenche o tempo trocando mensagens pelo celular e realizando passeios virtuais pela internet.

Ou seja, gasta o tempo tediosamente usando o celular na repartição esperando a chegada da hora de ir embora.

Perguntou-se a Simone se o namorado a indicou para o emprego. E ela: “Conheço o Zé Dirceu tem muito tempo. Procura na internet que você vai ver [quem indicou]. Já trabalhei na Câmara, no governo do Tocantins. Se estou todo esse tempo [em cargos de confiança], é tudo via ele? Imagina!”

Depois de ter sido abordada, Simone foi ao gabinete do presidente do Senado. Chamando-a pelo nome, Renan Calheiros pediu que aguardasse, Recebeu-a na sequência. O teor da conversa é desconhecido. Foi Dirceu quem a indicou?, perguntou-se a Renan. “Não sei quem foi. Mas vou procurar descobrir”, ele respondeu naquele estilo próprio de quem vai tomar providencias que nunca chegaram a acontecer.

Submetido à mesma indagação, o diretor-geral Helder Rebouças, aquele que apresentara Simone aos colegas, fingiu-se de morto: “Não sei nada sobre isso. Nem sei quem é ela.” Quer dizer: a recepcionista Simone, namorada de Dirceu, amigo de Renan, superior hierárquico de Helder foi à folha do Senado sem concurso por obra e acaso.

Junto com essa notícia de indicação da namorada de Dirceu, na sua cota de prestigio no senado federal, oficializa-se que o ex-ministro mudou de mulher outra vez. Até pelo menos dezembro do ano passado, a titular do cargo era a Sra. Evanise Santos, mais conhecida por Eva, que estava com ele desde 2003. Com alguma idas e vindas.

Foto: Hildegard Angel

Integrantes do clube das ex-mulheres de Dirceu, Angela Saragoça e Evanise Santos, reunidas na casa dele. Como ele consegue?

Mas o clube de ex-de-Dirceu é grande, e deve ter até carteirinha. Num desses últimos dias de julgamento do mensalão, a colunista, Hildegard Angel, amiga de Dirceu, registrou que ele assistiu a sessão do Supremo, no salão de festas do seu prédio com amigos, entre os presentes três ex-mulheres de Dirceu: Evanise Santos, Marcia Ramos e Angela Saragoça. Ainda fez questão de anotar que a ex mais antiga, Clara Becker, não veio, mais telefonou de Cruzeiro do Oeste.

Basta lembrar o caso de Maria Ângela Saragoça – uma das que estava com ele assistindo o julgamento – conseguiu, nos tempos do mensalão, através de Marcos Valério, em 2003, um empréstimo camarada junto ao Banco Rural para que ela pudesse comprar um apartamento no bairro de Perdizes, em São Paulo. Usando sua influência, o publicitário mineiro ainda arrumou um emprego no banco BMG para ajudá-la a pagar as prestações do imóvel, onde ela vive até hoje.

Basta lembrar o caso de Maria Ângela Saragoça – uma das que estava com ele assistindo o julgamento – conseguiu, nos tempos do mensalão, através de Marcos Valério, em 2003, um empréstimo camarada junto ao Banco Rural para que ela pudesse comprar um apartamento no bairro de Perdizes, em São Paulo. Usando sua influência, o publicitário mineiro ainda arrumou um emprego no banco BMG para ajudá-la a pagar as prestações do imóvel, onde ela vive até hoje.


"Dirceu - A Biografia"
- O livro de Otávio Cabral
No livro “Dirceu — A Biografia”, do jornalista Otávio Cabral, há uma lista oficial, incompleta, de 11 ex-mulheres de Dirceu:

01. Maria Aparecida Sá de Castelo Branco, uma dançarina chinesa;
02. Iara Iavelberg (que achava Dirceu inculto e, depois, apaixonou-se por Carlos Lamarca);
03. a dançarina espanhola Ivone;
04. “Maçã Dourada” (a agente do Dops Heloísa Helena Magalhães);
05. Silvia;
06.Clara Becker (com quem ficou casado durante anos, sem revelar que era o Dirceu guerrilheiro; adotou outro nome, Carlos Henrique Gouveia de Melo, e iludia o povo da cidade de Cruzeiro do Oeste, Paraná);
07. Suzana Lisboa;
0 8. Miriam Botassi;
09. Maria Ângela da Silva Saragoça, que era casada quando começou o caso com ele;
10. Maria Rita Garcia de Andrade,
11. Evanise Santos;
até se chegar na atual, Simone Patrícia Tristão Pereira, que quando for trocada será a décima segunda.

Afora algumas que passaram meteoricamente pela sua vida, como uma importantíssima autoridade do poder executivo, atual.

Ter muitas ex-mulheres e administrá-las seria um problema privado de Zé Dirceu, se ele caridoso com o bolso alheio, não procurasse sempre pendurar num cargo público, numa empresa privada com interesse na coisa pública, o rebanho feminino a ele incorporado.

Em resumo: somos nós que pagamos as pensões alimentícias das mulheres de Dirceu.

Vivendo sobre a mudança climática, de Mariana Bazo

PERU - Ecologia
Vivendo sobre a mudança climática
Mariana Bazo, fotografa e jornalista da Reuters, conta a emoção e faz um sensível registro fotográfica de viagem as geleiras do Peru, que estão desaparecendo

Fotos: Mariana Bazo

Postado por Toinho de Passira
Reportagem e fotos de Mariana Bazo
Fonte: Photoblog - Reuters

A mudança climática tem agora uma rota histórica na cordilheira andina. O derretimento progressivo das geleiras tropicais (geleiras localizadas nas latitudes tropicais) em uma cidade levou a um declínio no turismo e fez os moradores procuram alternativas para continuar atraindo turistas.

Peru é um país de vários ecossistemas. Para viajar da capital litorânea de Lima a 5.000 metros (3.107 pés) acima do nível do mar requer apenas algumas horas de condução para cima. Uma das cidades mais importantes da altitude, Huaraz, é famosa por suas acessíveis montanhas cobertas de neve e geleiras. Huaraz também é frequentada por escaladores de montanha, muitos dos quais têm como objetivo atingir Huascarán, montanha mais alta do Peru e o ponto mais alto em regiões tropicais do mundo, com 6.768 metros (22.205 pés) de altura.

Huaraz é separado Lima por cerca de 500 km (310 milhas) da estrada, mas é muito mais distante, em termos de costumes e de desenvolvimento econômico. Um dos maiores pontos turísticos próximos à cidade é a geleira Pastoruri, em cima do qual os visitantes podem caminhar e brincar na neve e no gelo.

Nos últimos anos, a geleira começou visivelmente a desaparecer, e o encolhimento tornou-se tão grave que a comunidade teve que barrar o acesso direto dos visitantes à massa de gelo, pensando que a atividade turística também estava contribuindo para a crise glacial. Para além do impacto no turismo, há também uma grave falta de água para a agricultura, que costumava vir do degelo natural, e isso tem um grande impacto social.

Hoje há uma nova rota para que os turistas possam se aproximar das geleiras, sem, contudo tocá-las. Os guisas chamam de mudança de rota do Clima. Com cerca de 5.000 metros acima do nível do mar, você pode claramente ver e sentir a mudança, abaixo das camadas de gelo brotam rochas marrons e pretas, que parecem estar crescendo das entranhas da geleira.



Ao mesmo tempo em que a população local promove a nova rota para trazer os turistas de volta, os cientistas têm vindo a acompanhar as mudanças no Pastoruri.

Para Luzmila Davila da Unidade de Glaciologia do Peru, o derretimento das Pastoruri é devido mais à mudança climática do que a atividade turística. Ela disse que o encolhimento é imparável, com metade da massa de gelo perdido nos últimos 17 anos. Explicou que as geleiras são reservatórios de água doce em estado sólido muito sensível às mudanças climáticas. Isto é especialmente verdadeiro no caso das geleiras tropicais, como estas e outras localizadas nos Andes, cujas bases estão rodeadas por ar quente.

Se podia sentir a pureza da água quando se caminhava sobre a neve e o gelo até as geleiras. Há uma harmonia entre a geleira e os pequenos montes de fragmentos de gelo em formação.

Lá em cima, a falta de oxigênio não me deixou pensar com clareza, e caminhar é difícil para quem não é um alpinista e vive ao nível do mar. É realmente o teto do mundo com névoa ao seu redor fazendo o seu corpo se mover em câmera lenta.

Fui com um guia de montanha, porque ir sozinha teria sido arriscado. Ele conhece o terreno. Entramos em fendas e ouvimos avalanches. Ao girar lentamente para tirar uma foto panorâmica de 360 graus me deixou tonta. Minhas mãos doem do frio intenso depois de tirar as luvas para apertar o obturador. Meu coração batia a cada passo, como quando corri numa maratona. Mas essa era a única chance de estar com a natureza desta maneira. As mudanças no clima vêm minuto a minuto, com a névoa cobrindo as geleiras da vista, num instante, para em seguida, de repente, deixar que se descortine a paisagem.

Nevou, choveu, fecha o tempo e a visão. Tive que tirar fotos rapidamente debaixo da neve e da chuva que a tudo encharcava. Mesmo com as mãos congeladas, conseguia sentir alegria diante da imensidão do gelo.

Uma caverna de gelo no pé da geleira é uma ameaça, de acordo com Luzmila. Ela explicou que as cavernas são formadas pela erosão do glaciar e sinalizam o início do degelo. Mas não pude resistir a tentar a sorte entrando numa delas, e ver o derretimento do gelo mais de perto quanto possível. Não era um lugar seguro, mas tive que vê-lo. Fiquei observando o gotejamento de água dos pingentes.

Lagos abaixo da geleira parece ser um bom sinal, mas eles são formados pelo derretimento do gelo que está desaparecendo. A população local já está em crise. Deparei com um casal de floricultores, Juan e Elida, que me disseram que quando crianças viam os picos das montanhas cobertos de neve. Agora, eles não conseguem sequer ver a neve de suas casas, e, que recentemente, pela primeira vez, a comunidade brigou por causa de água. Eles dizem que podem sentir a poluição no ar.

Na minha primeira viagem aos Andes eu tinha oito anos, aqui em Huaraz. Eles tinham acabado de estrada de Lima a Huaraz e minha família viajou numa Kombi. Depois tomamos um caminhão para chegar Huascarán, que estava completamente coberta de neve. Agora é uma paisagem quase estéril.

Outra impressão de viagem foi quando passamos Yungay, uma aldeia abaixo da montanha. Dois anos antes, em 1970, Yungay tinha sido enterrado por uma avalanche de gelo e rochas soltas por um terremoto. Cerca de 18.000 pessoas morreram nesse desastre. Vimos pedras e lama e as pessoas ainda vivem em tendas. Essa é uma visão que ficou comigo até hoje. Voltei a esses lugares agora, pensando nas geleiras e quão fortes e assustadoras elas são. Os andinos chamam as montanhas sagradas de "apu", ou seja, um deus da montanha ou do espírito. Os picos nevados são os apus mais poderosos porque fornecem água, embora também punam com deslizamentos de terra.

Conheci um homem idoso que recolhia garrafas de plástico na névoa abaixo Huascarán. Ele me disse que os Apus estão tristes e choram muito, e é por isso que a neve estava desaparecendo. Ele esperava que ao recolher o lixo pudesse fazê-los felizes novamente.

28 de set. de 2013

Poder, sexo e corrupção. Uma loura de R$ 50 milhões

BRASIL - Corrupção
Poder, sexo e corrupção. Uma loura de R$ 50 milhões
Como um doleiro e cinco beldades ambiciosas se juntaram a prefeitos e parlamentares para desviar recursos dos fundos de pensão

Foto: Facebook

PURA SEDUÇÃO – Loura olhos azuis e com um corpo de 1,75 esculpido em academias de ginástica, Luciane Hoepers conseguiu em apenas 72 horas, fazer com que um prefeito transferisse R$ 21 milhões para a quadrilha

Postado por Toinho de Passira
Reportagem de Josie Jeronimo
Fonte: IstoÉ

Com 11 homens e cinco loiras, em menos de dois anos uma quadrilha em atividade em sete Estados brasileiros desviou R$ 300 milhões de institutos de previdência complementar de servidores municipais. Convencido de que a oferta de beleza feminina poderia ser usada como um argumento irresistível para seduzir prefeitos, que têm o direito legal de movimentar, com uma assinatura, as milionárias reservas que garantem a aposentadoria complementar de funcionários públicos, o doleiro Fayed Traboulsi foi à luta por um mercado próspero e seguro.

Constituído por arquitetos financeiros, investidores e simples oportunistas, o grupo abusava de uma estratégia clássica – a cruzada de pernas em ambiente de trabalho – para conquistar mais clientes e fechar novos contratos. A quadrilha foi apanhada pela Polícia Federal na Operação Miqueias, assim chamada em homenagem a um profeta bíblico do século VII a.C., conhecido por ter deixado uma maldição que atravessou 2.700 anos: “Ai daqueles que tramam o mal em suas camas”. Em relatório, a PF descreve as aventuras de Luciane Hoepers, Isabela Helena, Fernanda Cardoso, Cynthia Cabral e Alline Olivier em Amazonas, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia e Tocantins.

Lindas e bem ensaiadas, as moças conhecidas como “pastinhas” eram encarregadas de uma missão decisiva de toda negociação: o primeiro contato. Marcavam visitas em gabinete, aceitavam convites para almoçar e jantar. Não saíam de perto até que os contratos fossem assinados. A polícia não faz relatos explícitos sobre o que ocorria antes, durante e depois dos primeiros contatos. Deixa tudo para a imaginação de cada um.

Loira, olhos azuis, com tatuagens provocantes num corpo de 1,75 m esculpido em academias de ginástica, Luciane Hoepers, 33 anos, foi a pioneira na atividade. Seu potencial para o negócio foi intuído pelo doleiro Traboulsi e confirmado várias vezes. Num bem-humorado depoimento prestado à polícia, na semana passada, Luciane admitiu que, entre dez prefeitos seduzidos, engatou namoro firme com pelo menos um.

Ambiciosa e desembaraçada – numa experiência profissional anterior animava programas de auditório –, Luciane trouxe resultados com tanta rapidez que a equipe feminina logo foi ampliada. Uma das moças, Fernanda Cardoso, agia em encontros de prefeitos na capital federal. Garota-propaganda de academia, Cynthia Cabral, 31 anos, disputava fundos de pensão (e atenções dos prefeitos) em cidades menores nas vizinhanças de Brasília.

Mas nenhuma acumulou tantas proezas como Luciane, especialista em grandes transações. Apenas 72 horas depois de receber Luciane em audiência, em Cuiabá, o prefeito Chico Galindo registrou pedido para transferir R$ 21 milhões para os fundos gerenciados pela quadrilha. Após uma conversa iniciada com dois parentes do prefeito Maguito Vilela, de Aparecida de Goiânia, ela arrebatou R$ 9 milhões, operação que, conforme a Polícia, gerou prejuízo de R$ 1,4 milhão.

Antes de se dedicar aos fundos de pensão e de ter sido presa pela PF por participar do esquema, Luciane foi sócia de uma empresa que fornecia material gráfico para prefeituras de Santa Catarina, seu Estado natal. Acusada de apresentar notas superfaturadas, foi afastada da empresa pela antiga sócia.

A mobilização de moças bonitas para dobrar homens públicos é um recurso comum. Quando Brasília debatia a legalização do jogo, sete modelos esculturais recebiam R$ 22 mil mensais para desfilar pelo Congresso e puxar conversa com parlamentares. Hoje, empresas de telefonia, marcas de refrigerante e mineradores investem nesse tipo de auxílio direto.

Mas as moças dos fundos de pensão tinham um charme especial: não ficavam de bico calado nas reuniões. Eram treinadas para argumentar em tom profissional sobre opções financeiras, responder perguntas técnicas e comparar rendimentos dos concorrentes, a começar pela Caixa Econômica e pelo Banco do Brasil, maiores reservatórios dos depósitos dos fundos de pensão do setor público, conhecidos por manter uma postura prudente nos investimentos.

A combinação daqueles corpos espetaculares – depois que o caso foi parar nos jornais, Luciana Hoepers aguarda convites para fotos em revistas masculinas – com uma conversa em torno de milhões de reais deixava os prefeitos boquiabertos e vencidos. “Todo mundo oferece benefícios para atrair um cliente que possui recursos milionários. Mas o padrão é oferecer vantagens, e não mulheres bonitas,” afirma um executivo da Caixa.

TELEFONEMAS GRAMPEADOS

Foto: Yocihar Maeda/Assembleia Legislativa de Góias

Após conversa com parentes do prefeito Maguito Vilela , a “pastinha” Luciane Hoepers arrebatou R$ 9 milhões, deixou o deputado goiano Samuel Belchior(foto) boquiaberto

O deputado Samuel Belchior liga para Luciane Hoepers, uma das mulheres usadas como isca no esquema. No telefonema de pouco mais de seis minutos, o parlamentar revela preocupações com os sentimentos que a loira tem despertado nos prefeitos envolvidos no esquema e, com um tom de ciúmes, a orienta a ser profissional.

Samuel Belchior: – Vai seja o mais profissional possível. Profissional! Porque senão você perde um pouco...

Luciane Hoepers: - Alguém fez algum comentário?

Samuel Belchior: - Não, não, não, não. De uma pessoa como você sempre há comentários, né? Você tem que ter cuidado. Um poder grande que tem é a aparência física. Então as pessoas se aproximam de você primeiramente pela sua beleza e tal, depois pelas outras coisas. Uma coisa leva à outra. Então vá com cuidado...

Foto: Marcelo Pacheco

> Luciane liga para o deputado Samuel para contar como foi a conversa com Daniel Vilela, deputado Estadual filho do prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela. A quadrilha estava interessada nos fundos de pensão do município.

Samuel Belchior: - Você está conseguindo coisas inacreditáveis, porque eu nunca consegui isso.

Luciane Hoepers: - Ele me passou uma situação lá de que não tem problema. Ele acha que vai dar negócio e vai marcar uma reunião para me apresentar o pai dele.


Para desvendar os segredos da quadrilha, a Polícia Federal escalou a delegada Andréia Pinho para conduzir as investigações. Andréia logo viu que o esquema gerou prejuízos ao pensionistas e ganhos incríveis para a quadrilha. Os ganhos maiores não ficavam com a mão de obra feminina, mas mesmo esta era bem remunerada. Costumava receber entre 2% e 5% dos ganhos permitidos por cada negócio.

O bando comprou uma dezena de carros de luxo, no valor de R$ 500 mil cada um. Também adquiriu um iate de R$ 5 milhões. No plano pessoal, as companhias femininas abalaram o casamento de pelo menos um parlamentar.

27 de set. de 2013

‘The Economist’: com economia sem rumo, eleitores brasileiros tem poucas razões para reeleger Dilma

BRASIL - Economia
‘The Economist’: com economia sem rumo, eleitores brasileiros tem poucas razões para reeleger Dilma
Segundo a reportagem, da revista britânica Economist a presidente Dilma Rousseff tem sido incapaz de enfrentar os problemas estruturais do país e interfere mais que o antecessor na economia, o que tem afugentado os investidores estrangeiros para longe de projetos de infraestrutura e minado a reputação conquistada a duras penas pela retidão macroeconômica, dos tempos de FHC.

Reprodução detalhe do site da The Economist

O Brasil estragou tudo? - Desde 2011, o Brasil conseguiu apenas um crescimento anual de 2%. Seus cidadãos estão descontentes - em julho, eles foram às ruas para protestar contra o alto custo de vida, serviços públicos deficientes e a corrupção dos políticos", informa a revista

Postado por Toinho de Passira
Fontes: BBC Brasil, Veja, Jornal do Brasil, The Economist, The Economist , Terra

Em reportagem especial de 14 páginas, a revista britânica The Economist aponta os erros cometidos pela administração da presidente que fizeram o Brasil desapontar o mercado e perder credibilidade.

De um foguete, representado pelo Cristo Redentor, que apontava para o alto, imponente, na capa de 2009, para uma aeronave desgovernada nos céus, perto de colidir com o Corcovado, na capa atual. Essa é a comparação feita pela revista britânica The Economist ao tratar da evolução do Brasil nos últimos quatro anos. A publicação, de grande credibilidade entre os que atuam no mercado financeiro, na edição distribuída na América Latina questiona se o Brasil, de fato, "estragou tudo", depois de ter sido, por um breve período, a estrela dos emergentes.

Segundo a reportagem, a presidente Dilma Rousseff tem sido incapaz de enfrentar problemas estruturais do país e interfere mais que o antecessor na economia, o que tem assustado investidores estrangeiros para longe de projetos de infraestrutura e minado a reputação conquistada a duras penas pela retidão macroeconômica. A The Economist é categórica ao afirmar: "até agora, eleitores brasileiros têm poucas razões para dar a Dilma um segundo mandato".

O especial de quatorze páginas sobre a economia brasileira é assinado pela jornalista Helen Joyce, correspondente da revista no Brasil.

“A economia estabilizada no governo de Fernando Henrique Cardoso, em meados da década de 1990, acelerou-se e no governo de Luiz Inácio Lula da Silva no início de 2000. E, após ter quase tropeçado, após o colapso do Lehman, em 2008 (fala do estouro da bolsa imobiliária americana) em 2010 cresceu 7,5%, seu melhor desempenho em um quarto de século. Para aumentar a magia, o Brasil foi premiado tanto da Copa do Mundo de futebol do próximo ano e no verão Olimpíadas de 2016. Com a força de tudo isso, Lula convenceu os eleitores no mesmo ano para escolher como presidente sua protegida tecnocrática, Dilma Rousseff”.


As duas capas, 2009 Cristo Redentor decolando, 2013, sem rumo

VOO DE GALINHA - Desde então, o país voltou para a terra aos solavancos. Em 2012, a economia cresceu 0,9%. Centenas de milhares de pessoas saíram às ruas em junho nos maiores protestos de uma geração, reclamando dos altos custos de vida, serviços públicos deficientes e a ganância e a corrupção dos políticos. Muitos já perderam a fé na ideia de que seu país estava indo para a órbita e diagnosticada apenas outro Voo de galinha, como eles batizaram surtos econômicos de curta duração anteriores”- assevera a revista no inicio da reportagem.

Em 2009, em meio à crise econômica mundial, a revista fez também um especial de quatorze páginas para ressaltar os anos de bonança do país, reproduzindo a imagem do Cristo decolando como se fosse um foguete. À época, a economia brasileira patinava, ainda sofrendo o impacto da turbulência nos Estados Unidos. Contudo, indicadores macroeconômicos estáveis acabaram contando mais, para a Economist, do que a retração econômica de 2009, de 0,2%.

Para a revista, a falta de ação do governo Dilma é a principal razão para o chamado "voo de galinha" do país, jargão usado para denominar situações em que países ou empresas têm um crescimento disparado, mas que não se sustenta. "A economia estagnada, um estado inchado e protestos em massa significam que Dilma Rousseff deve mudar de rumo", informa a publicação.

INVESTIMENTOS TIPO BIQUINI - Apesar das dimensões continentais do país e uma malha viária precária, os gastos do país com infraestrutura são tão acanhados como um biquíni. O Brasil gasta apenas 1,5% do PIB em infraestrutura, em comparação com uma média global de 3,8%, apesar de sua infraestrutura representar apenas 16% do PIB, em comparação com 71% em outras grandes economias.

As deficiências de infraestrutura adiciona custos desnecessários para as empresas. Um agricultor do Mato Grosso, produtor de soja, gasta 25% do valor do produto, no transporte, quando um produtor americano de Iowa, tem uma despesa que representa apenas 9%.

O texto reconhece que outros emergentes também desaceleraram após o boom que teve o auge em 2010 para o Brasil. "Mas o Brasil fez muito pouco para reformar seu governo durante os anos de boom", diz a revista. Um dos problemas apontados pela reportagem é o setor público, que "impõe um fardo particularmente pesado para o setor privado".

Um dos exemplos é a carga tributária que chega a adicionar 58% em tributos e impostos sobre os salários. Esses impostos são destinados a prioridades questionadas pela Economist. "Apesar de ser um país jovem, o Brasil gasta tanto com pensões como países do sul da Europa, onde a proporção de idosos é três vezes maior", diz o texto que também lembra que o Brasil investe menos da metade da média mundial em infraestrutura.

PROBLEMAS ANTIGOS - A publicação reconhece que muitos desses problemas são antigos, mas Dilma Rousseff tem sido "relutante ou incapaz" de resolvê-los e criou novos "interferindo muito mais que o pragmático Lula". "Ela tem afastado investidores estrangeiros para longe dos projetos de infraestrutura e minou a reputação conquistada a duras penas pela retidão macroeconômica, induzindo publicamente o presidente do Banco Central a cortar a taxa de juros. Como resultado, as taxas estão subindo, atualmente, mais para conter a inflação persistente", diz o texto.

"A dívida bruta subiu para 60% ou 70% do PIB - dependendo da definição - e os mercados não confiam na senhora Rousseff", completa o texto. A Economist chega a ironizar, chamando a presidente de "Dilma Fernández", que é o sobrenome de Cristina Kirchner, presidente da Argentina.

Apesar das críticas, a revista demonstra otimismo com o futuro a longo prazo do Brasil. "Felizmente, o Brasil tem grandes vantagens. Graças aos seus agricultores e empresários eficientes, o país é o terceiro maior exportador de alimentos do mundo", diz o texto, que menciona também o petróleo da camada pré-sal.

A publicação elogia ainda a pesquisa em biotecnologia, ciência genética e tecnologia de óleo e gás em águas profundas. Além disso, lembra que, apesar dos protestos populares, o Brasil "não tem divisões sociais ou étnicas que mancham outras economias emergentes, como a Índia e a Turquia".

Foto: Veja

A Economist afirma que a maior vantagem da Dilma é uma oposição fraca e fragmentada. Mais preocupante do que a oposição é fogo amigo. A maioria dos partidos que integram a coalizão só quer ficar no poder. Se sua candidatura apresentar qualquer risco de fracasso, os aliados vão pular do barco sem hesitação.

Ela não conta nem com a lealdade de seu próprio partido. Eles a aceitaram porque ela era a escolha e de Lula, e porque todos os candidatos óbvios foram atingidos pelo escândalo de corrupção que envolveu o governo anterior. Muitos do partido gostaria de ver o retorno de Lula. Ele provavelmente iria angariar mais votos do que Dilma Rousseff. Mas desde que saiu, ele já disse inúmeras vezes que não quer concorrer novamente. Apenas um colapso total na popularidade de Dilma o faria mudar de idéia. O que ainda parece improvável, mas não é inimaginável.

A revista diz que a presidente Dilma ainda teria tempo para começar reformas necessárias, fundindo ministérios e cortando gastos públicos, caso esteja disposta a colocar a "mão na massa". "Mas, diante do atual cenário, ainda que a presidente esteja com foco no possível segundo mandato, os "eleitores brasileiros têm poucas razões para dar a ela a vitória". - concluiu The Economist.


A presidente Dilma retomou sua conta oficial no Twitter para rebater a publicação inglesa:
"Eles (The Economist) estão desinformados. O dólar estabilizou, a inflação está sob controle e somos o único grande país com pleno emprego". "Somos a terceira economia que mais cresceu no mundo no segundo trimestre. Quem aposta contra o Brasil, sempre perde", acrescentou Dilma, tuitando.

25 de set. de 2013

Lillie McCloud, canta "Alabaster Box, de Cece Winans

Lillie McCloud - canta "Alabaster Box, de Cece Winans

Lillie McCloud, 54 anos, três filhos e sete netos, fez um sucesso estrondoso na sua primeira audição no programa de calouros, estadunidense The X Factor.

A cantora interpretou uma música gospel pouco conhecida, Alabaster Box, e deixou a plateia do programa boquiaberta.

Ao fim da apresentação, os jurados aplaudiram de pé, e a câmera mostrou, as integrantes do júri, Demi Lovato, Kelly Rowland e Paulina Rubio em lágrimas. Kelly perguntou: Onde você estava?

Lillie McCloud não é exatamente uma total desconhecida da indústria musical: nos anos 90 ela já esteve na parada de sucesso e chegou a cantar ao lado de nomes como Stevie Wonder, Michael Jackson, Bruce Springsteen e Kool and the Gang.

Lillie se afastou da carreira para cuidar de sua família. Por um tempo, morou com seus filhos na Eslováquia, com o parceiro dela, o treinador de futebol Gunter Kronsteiner. Agora está voltando e ninguém vai segurar.


Em Nova Iorque, Dilma dá aula de como espantar investidores

BRASIL - Economia
Em Nova Iorque, Dilma dá aula de como espantar investidores
Presidente comparece a evento do Goldman Sachs - fato impensável anos atrás - e diz que 'não há risco jurídico no Brasil'

Foto: Celso Junior/Reuters

Nova York: Dilma diz que governo "respeita contratos"

Postado por Toinho de Passira
Fonte: Veja

A presidente Dilma Rousseff mostrou, mais uma vez, nesta quarta-feira, que não só não simpatiza com investidores estrangeiros como também subestima sua inteligência. Dilma compareceu a um evento organizado pelo Goldman Sachs em Nova York para tentar atrair clientes do banco para investir em projetos de infraestrutura no Brasil. Sua ida ao evento, por si só, é coisa rara. A questão é que ela desperdiçou a oportunidade. Mais: ela piorou, como se ainda fosse possível, a avaliação que fundos e empresários de fora têm do Brasil nos últimos três anos. Em vez de aproveitar o evento para tentar quebrar o muro que separa o governo dos investimentos privados, a presidente aumentou sua extensão. Repetiu que o país vai muito bem, obrigada, que os projetos de infraestrutura são "muito rentáveis" para o setor privado e que "não há risco jurídico".

Para os investidores desavisados, dizer que o Brasil vai bem não é a maior das mentiras. Afinal, é fácil constatar que o país está em melhor situação que os endividados europeus ou que emergentes politicamente instáveis, como a Rússia. Contudo, colocar em evidência a atratividade das concessões de infraestrutura num momento em que planos fracassam, como no caso da BR-262, que não teve interessados, ou do trem-bala, que teve de ser engavetado por falta de consórcios, beira a ingenuidade — ou a falta de bom-senso. No leilão do campo de Libra, por exemplo, apenas onze empresas pagaram a taxa para participar. O governo esperava, pelo menos, quarenta. As gigantes do setor, como Chevron, BP e Exxon, preferiram não entrar. "Estamos colocando o investimento em infraestrutura como prioridade para o crescimento do país", disse a presidente, em Nova York.

Mas nada soou mais nocivo aos ouvidos dos que estavam presentes do que a afirmação de que o Brasil cumpre contratos e não representa qualquer risco jurídico para investidores. O erro começa na própria necessidade de a presidente fazer tal afirmação. Um país que respeita contratos não precisa se afirmar aos investidores porque o fato é percebido como ponto pacífico. O México, país latino-americano que vem sendo constantemente comparado ao Brasil, tem vindo a público anunciar reformas estruturais, e não dizer que respeita seus acordos.

A afirmação feita por Dilma contradiz de forma desconcertante os três anos de seu governo marcados por insegurança jurídica. Para citar alguns casos, o acordo automotivo com o próprio México, que foi quebrado em 2011 — e foi para o lixo junto com o acordo de livre-comércio que vinha sendo costurado entre os dois países. Outro momento histórico de risco jurídico conduzido por ideologia protecionista foi o aumento de 30 pontos porcentuais no imposto sobre produtos industrializados (IPI) dos automóveis importados, também em 2011 — que prejudicou consumidores e feriu a competitividade da indústria. Mais tarde, houve o plano Inovar-Auto, que se propôs a flexibilizar o aumento do IPI para as montadoras que decidissem abrir fábricas no país. Tais mudanças fizeram com que empresas do setor paralisassem investimentos e reavaliassem seus planos para o Brasil, diante da insegurança.

O risco jurídico mais nocivo para a imagem do país, no entanto, veio apenas no segundo semestre do ano passado, com as mudanças no setor elétrico. As novas regras — que obrigavam as empresas a abandonar as concessões caso não se submetessem a uma redução de tarifas forçada pelo governo — foram vistas pelo empresariado como o início da degradação de um dos segmentos econômicos mais previsíveis do país. E previsibilidade, no mundo dos negócios, é fator preponderante que Dilma parece desconhecer.

Pode passar de 100 o número de mortos no atentado terrorista em Nairóbi, no Quênia

QUÊNIA – Terrorismo
Pode passar de 100 o número de mortos no
atentado terrorista em Nairóbi, no Quênia
Especialistas em desarmamento de bombas e investigadores vasculharam nesta quarta-feira (25) os escombros do shopping atacado no fim de semana por militantes islâmicos em Nairóbi, no Quênia, num incidente que deixou pelo menos 72 mortos, até o momento. Os militares militantes do grupo somali Al Shabaab atacaram os frequentadores do shopping Westgate, muito frequentado por estrangeiros e quenianos ricos, o começo da tarde de sábado (21), horário de grande movimento, dando tiros e explodindo granadas.

Foto: Reuters

O presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, fala à nação sobre o ataque ao shopping Westgate na capital Nairobi. Disse que seu sobrinho e noiva foram mortos no ataque.

Postado por Toinho de Passira
Fontes: The New York Times, G1, UOL, Al Jazeera, BBC Brasil

O presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, disse nesta terça-feira que suas forças derrotaram os militantes islâmicos do grupo somali Al Shabaab, mataram cinco deles e detiveram outros 11 suspeitos de assassinar 67 pessoas após atacarem o luxuoso shopping Westgate Mallde Nairóbi e se refugiarem no local por quatro dias.

"Nós envergonhamos e derrotamos os agressores", disse Kenyatta, acrescentando que corpos ainda estavam presos sob os escombros após o desmoronamento de parte do edifício no fim da operação. "Como nação, nossa cabeça está sangrando, mas não tombada."

A autoridades quenianas afirmaram que todos os militantes que invadiram restaurantes e lojas, do shopping, na hora do almoço no sábado, disparando balas e jogando granadas no local, foram mortos ou estão detidos.

NÚMEROS CONTRADITÓRIOS - A Cruz Vermelha havia dito mais cedo que 63 pessoas estavam desaparecidas.

O presidente queniano confirmou que até agora o número de mortos é de 61 civis e seis membros das forças de segurança, além dos cinco militantes. Autoridades quenianas se recusaram a dizer quantos reféns podem ter morrido, durante o ataque.

O feroz grupo armado somali al-Shabab, que assumiu a responsabilidade pelo ataque, afirma que 137 reféns morreram durante os confrontos entre eles e as forças de segurança. E que o governo queniano está tentando esconder os verdadeiros números de vítimas.

O correspondente do Al Jazeera, no Quênia, Andrew Simmons, disse, que a quantidade de vítimas fatias, poderia ir bem além da marca de cem, talvez até o dobro do número de mortos".

Foto: Noor Khamis/Reuters

Forças quenianas invadem o shopping para desalojar os terroristas

INVESTIGAÇÕES - Citando os serviços de inteligência, o The New York Times, diz que o ataque foi cuidadosamente planejado, com estudos de plantas do edifício e até dos dutos de ventilação.

Que os terroristas conseguiram se esgueirar sem serem notados através das fronteiras porosas do Quênia, frequentemente patrulhada por mal pagos - e profundamente corrupto - guardas de fronteira.

Um ou dois dias antes do ataque, poderosas metralhadoras e cintos de munição foram secretamente escondida em uma loja no shopping com a ajuda de um funcionário que fazia parte da trama.

Autoridades de segurança ocidentais afirma que várias testemunhas asseguraram que alguns dos líderes do atentado escaparam durante a confusão inicial. Uma testemunha disse que um assaltante rapidamente arrancou suas roupas, tendo por baixo uma vestimenta nova, de mãos levantadas, misturou-se a multidão de civis que fugiam do local. O que se conclui, entre temores, que os terroristas bem treinados podem estar à solta pelas ruas de Nairóbi

ESTRANGEIROS - O presidente Kenyatta disse que "relatórios de inteligência haviam sugerido que uma mulher britânica e dois ou três cidadãos norte-americanos poderiam ter participado do atentado", mas que ele ainda não poderia confirmar esses relatos.

O Quênia, um país amplamente reconhecido como um oásis de paz e prosperidade em uma região conturbada está agora entrando em um período de três dias de luto para marcar um dos episódios mais inquietantes da sua história recente.

Alguns muçulmanos foram mortos no ataque, mas muitos sobreviventes disseram que os militantes haviam questionado as pessoas sobre sua religião. Quem não sabia alguma reza muçulmana, ou o nome da mãe do profeta Maomé, era fuzilado.

Foto: Jerome Delay/AP

A fumaça dos combates no luxuoso shopping queniano

Aleem Manji, um locutor de rádio queniano, lembrou que quando ele proferiu uma oração islâmica para salvar a sua vida, o homem armado ameaçando matá-lo falava fluentemente Inglês.

As autoridades americanas dizem que o Shabab pode ter recrutado militantes de língua inglesa dos Estados Unidos e possivelmente outros países ocidentais para que fossem capazes de operar efetivamente em Quênia, onde o Inglês, juntamente com o Swahili, é a língua nacional. Alguns sobreviventes, incluindo um vendedor de jornal que viu um militante impiedosamente atirar em uma criança nas pernas, disse que havia atiradores jovens com aparência somali ou árabe.

No calor dos fatos, a ministra das Relações Exteriores do Quênia, Amina Mohamed, afirmou em entrevista que entre os militantes haviam dois ou três jovens americanos, de família árabe ou somali, originalmente do Minnesota e Missouri, nos EUA. O que não foi confirmado posteriormente.

ARMAS - Testemunhas disseram que vários militantes carregavam fuzis G3, uma arma volumosa usada pelas Forças Armadas quenianas. Os analistas de inteligência dizem que isso pode significar que os militantes adquiriram suas armas de policiais corruptos quenianos, que são conhecidos por vender ou alugar suas armas, cobrando tão pouco como alguns dólares por hora.

Depois de matar um grande número de frequentadores, os militantes se retiraram para um supermercado e usado cintos alimentadores de munição para metralhadoras conseguiram segurar à distância as forças do Quênia, matando pelo menos seis dos seus membros.

Foto: AFP

Foto de Samantha Lewthwaite, do seu passaporte Sul Africano falso> Pode ter estado entre os terroristas que atacaram o shopping

VIÚVA BRANCA - Muitas testemunhas foram enfáticas em afirmar que viram pelo menos duas militantes, armadas até os dentes e vestidas com uniformes.

As autoridades já admitem, depois de negar, que um dos terroristas pode ser a britânica Samantha Lewthwaite, uma muçulmana convertida que havia sido casada com um dos homens-bomba que atacaram Londres em 2005. No Quênia, onde foi quase abatida numa operação na costa do país, em 2011, é conhecida como "a viúva branca".

OÁSIS? - O Quênia é um parceiro americano importante, principalmente pela estreita colaboração com os serviços de seguranças ocidentais para conter os militantes islâmicos na região.

Tudo precisa ser reavaliado, agora, depois desse episódio. Pois a capital do Quênia, Nairóbi, sempre foi considerada um oásis de prosperidade nesta parte da África e uma importante base para embaixadas ocidentais e empresas.

Depois desse episódio, não fica difícil acreditar nas ameaças dos terroristas, de que esse não será o último, mas apenas o início de uma sequência de ações contra o país.

As forças de segurança do Quênia tem a reputação de serem mal equipadas, mal pagas e pouco treinadas. Óbvio que eles não estavam preparados para uma situação complexa com reféns e contra militantes obstinados, como esta.

Os quenianos inicialmente rejeitaram, mas depois aceitaram a oferta de ajuda do governo americano, aceitaram, logo de princípio, porém, assessores das Forças de Defesa de Israel, na condição de conselheiros, não de combatentes.

O ataque matou pessoas de diversos países: França, Grã-Bretanha, Canadá, Índia, China e Gana, entre outros.

A propósito talvez seja útil saber que a mãe do profeta Maomé chamava-se Amina, do árabe "a [mulher] fiel".

24 de set. de 2013

Petrobras desiste de sociedade com a venezuelana PDVSA, na Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco

BRASIL -
Petrobras desiste de sociedade com a venezuelana PDVSA, na Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco
O fato de que refinaria Abreu e Lima, que está sendo construída pela Petrobras em Pernambuco, ter desistido da sociedade da petrolífera venezuelana PDVSA acrescentará aos custos algo em torno de US$ 850 milhões.

Foto: Site Suape

A placa de futuras instalações, a margem da PE 60, desde outubro de 2006

Postado por Toinho de Passira
Fontes: Valor Economico, Jornal do Commercio, Reuters , Folha de São Paulo, , O Globo, Agência Brasil

No dia 16 de dezembro de 2005, a Agência Brasil, noticiava que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva visita hoje (16) o município de Ipojuca do estado de Pernambuco, acompanhado do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, par lançar a pedra fundamental da Refinaria General José Ignácio Abreu e Lima, no Complexo Industrial e Portuário de Suape.

Dizia ainda a nota, “com previsão de investimentos da ordem de US$ 2,5 bilhões, divididos igualmente entre a Petrobras e a estatal venezuelana de petróleo PDVSA, as obras devem começar no ano que vem. A refinaria deve entrar em funcionamento em 2011, com capacidade de processar 200 mil barris brutos por dia, petróleo oriundo da Bacia de Campos, no litoral fluminense, e da Bacia do Orinoco, na Venezuela.

Hoje, 24 de setembro de 2013, três anos depois de quando já deveria estar pronta, a refinaria, que enfrentou uma série de contratempo, como greves, aditivos contratuais estranhos, falta de garantias econômicas por parte da PDVSA e indicações de superfaturamento pelo Tribunal de Contas da União, ainda não processou uma gota de petróleo, e não se sabe seguramente quando isso acontecerá.

Foto: Ricardo Stuckert / PR

Presidente Lula e o Governador Eduardo Campos lançam a segunda pedra fundamental 2007, sem a presença de Hugo Chávez

A última novidade divulgada pelo site do Valor econômico, é que definitivamente a sociedade com a petrolífera venezuelana PDVSA ficou finalmente descartado, depois de muito chove não molha da Venezuela, dos tempos de Hugo Chávez e do seu sucessor Nicolás Maduro.

Há pouco mais de seis anos, no dia 5 de setembro de 2007, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva já recebia uma sinalização clara da PDVSA em relação ao projeto da refinaria de Abreu e Lima. Debaixo de chuva e pisando na lama, ele e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, lançaram as obras da refinaria, que está sendo erguida a 50 km ao sul do Recife, no Complexo Portuário de Suape. Diretores da estatal venezuelana, declarada sócia do empreendimento, foram convidados para a solenidade, mas se limitaram a agradecer pelo convite.

Já naquela ocasião, o então presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, foi obrigado a dizer que a unidade seria construída independentemente do aporte venezuelano. De lá para cá, governo federal e a Petrobras insistiram em manifestar a viabilidade da sociedade, apesar das evidências cada vez maiores de que o negócio, firmado com o presidente venezuelano Hugo Chávez, naufragara.

Há pouco mais de um mês e agora como ex-presidente da estatal, Gabrielli afirmou que a parceria não sairia do papel. Na época, a Petrobras não comentou as declarações. Agora o Valor apurou que o fim do sonho já tem até data marcada. A partir de 1º de novembro, Abreu e Lima deixará de existir como empresa e será incorporada como unidade de negócios da Petrobras. Novamente a estatal não quis comentar.

Foto: Rodrigo Logo/arquivo/JC Imagem

Presidente Lula, Governador Jarbas Vasconcelos e Presidente Hugo Chávez, da Venezuela, lançando a primeira pedra fundamental da refinaria em 2005

Chávez viajou a Pernambuco lançou pedra fundamental, a primeira de uma série, mas não assinou o acordo de acionistas de Abreu e Lima. Chávez e Lula firmaram só um acordo de associação, pelo qual a Petrobras teria 60% da refinaria e a PDVSA, 40%. Coincidência ou não, três meses antes do encontro em Pernambuco, a Petrobras decidira reduzir de 40% para 10% a sua fatia na exploração do campo de Carobobo, na Venezuela, negócio que também tinha a PDVSA como sócia. A brasileira alegou custos elevados.

No dia em que Lula e Campos deram início às obras, em 2007, o valor do empreendimento já era maior: US$ 4,5 bilhões.

Os números mais recentes informados pela Petrobras apontam para um custo superior a US$ 17 bilhões e quatro anos de atrasos. A estimativa mais atualizada é que a primeira fase de refino entre em operação em novembro de 2014. Mas ninguém acredita.

A oficialização do divórcio com a PDVSA deverá representar ainda mais custos ao projeto, que já foi classificado pela atual presidente da Petrobras, Graça Foster, como exemplo a não ser seguido. Em abril, o diretor de Abastecimento da estatal, José Carlos Cosenza, disse que, confirmada a desistência do parceiro, a adaptação necessária custaria em torno de 5% do total do projeto. Pelos valores atuais, cerca de US$ 850 milhões.

Mais recentemente, em maio, a presidente da Petrobras se reuniu com o atual presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, a quem disse que gostaria de ter a PDVSA como sócia. "Seria realmente bom que a PDVSA viesse. Mas estamos fazendo a refinaria, independentemente da PDVSA", disse Graça, após participar de uma audiência na Câmara dos Deputados.

Além da refinaria em Pernambuco e da exploração no campo de Carobobo, Lula e Chávez firmaram uma série de outros acordos entre as estatais petrolíferas, como uma fábrica de lubrificantes em Cuba, associação para transporte marítimo de petróleo e uma unidade produtora de fertilizantes, entre outras. Da sociedade imaginada para a refinaria, ficou apenas a homenagem ao general pernambucano José Inácio Abreu e Lima, famoso no país de Chávez por ter lutado ao lado Simon Bolívar, pela libertação da Venezuela.

Acrescentamos que Hugo Chávez também ganhou o título de cidadão de Abreu e Lima, quando da sua vinda meteórica ao Recife, para posar de sócio.

Lembramos que em 2010, o "Banco Credit Suisse" disse que o custo total da construção da refinaria Abreu e Lima, daria para erguer quatro refinarias na China. A esta altura já pudemos nos orgulhar de termos uma das mais caras refinarias do mundo.

23 de set. de 2013

Das trinta baleias que encalharam misteriosamente no litoral do Rio Grande do Norte, sete morreram

BRASIL – Ecologia
Das trinta baleias que encalharam misteriosamente
no litoral do Rio Grande do Norte, sete morreram
Animais da espécie falsa-orca encalharam em Areia Branca, litoral do RN, distante 327 quilômetros de Natal. Biólogos ainda não sabem o que ocasionou o encalhe em massa dos mamíferos.

Foto: Carlos Júnior/Voz de Areia Branca

A falasas-orcas amanheceram encalhadas na praia de Upanema

Postado por Toinho de Passira
Fontes:  NE10, Tribuna do Norte, G1, Voz de Areia Branca, Wikipedia

Cerca de 30 baleias da espécie falsa-orca, inicialmente e erroneamente identificadas como baleias-piloto, encalharam na praia de Upanema, em Areia Branca, Rio Grande do Norte, na manhã deste domingo (22). A maioria dos animais foi recolocada no mar pela população local, mas seis delas, inclusive um filhote, morreram antes de serem removidas e uma sétima reaparece morta na praia, mais tarde, com sinais de ter sido atacada por tubarões.

Biólogos consultados pelo site G1, dissera não sabem informar, por enquanto, o que ocasionou o encalhe em massa dos animais. Areia Branca fica na Costa Branca do Rio Grande do Norte, distante 327 quilômetros de Natal.

Foto: Carlos Júnior/Voz de Areia Branca
Mequinas da prefeitura removeram os animais da praia, no final da tarde

O Pelotão Ambiental da Policia Militar de Mossoró foi avisado por moradores do encalhe por volta das 5h.

O tenente João Almeida, do Pelotão Ambiental informou que foram acionamos, de imediato, a equipe do pelotão ambiental e ainda o projeto Cetáceos, mantido pela Petrobras e pela Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN). Eles coordenaram a população na tentativa de resgatar os animais, reinserindo-os ao mar", falou o oficial.

Todas as baleias vivas encalhadas na praia foram o mais depressa possível reintroduzidas no Oceano. Equipes ficaram monitorando o litoral, no dia de ontem, porque alguns delas, continuaram à orla e poderiam encalhar novamente.

Por isso, uma embarcação da Marinha do Brasil ficou no local, na tentativa de tanger essas baleias para o mar alto.

As seis primeiras baleias morreram ainda pela manhã. Por volta das 16h, o biólogo Flávio José Lima Silva, do projeto Cetáceos da Costa Branca, confirmou a morte do sétimo animal.

Foto: Carlos Júnior/Voz de Areia Branca

"Essa baleia havia sido recolocada no mar, mas acabou sendo atacada por tubarões e morreu. O mar arrastou o corpo dela no final da tarde novamente para a praia". - disse o biólogo

A Falsa-Orca (Pseudorca crassidens) habita em zonas tropicais e temperadas e alimenta-se de peixe e cefalópodes. Possui um corpo alongado e preto com algumas manchas claras na zona da garganta, cabeça ligeiramente arredondada e sem bico, a barbatana dorsal é em forma de foice e arredondada na ponta, as barbatanas peitorais curtas e pontiagudas apresentando uma espécie de “corcunda”, o que lhes atribui um aspecto único, que pode ser utilizado para distinguir de outras espécies semelhantes como as Baleias-piloto.

Foto: Carlos Júnior/Voz de Areia Branca

Mãe e filhote mortos na praia

Os machos adultos chegam a medir 6 metros e pesar 1600 kg, enquanto que as fêmeas adultas medem cerca de 5 metros pesando cerca de 800 kg. As crias nascem com cerca de 2 metros. Possuem entre 7 e 12 dentes largos e cônicos em cada maxila melhor adaptados a agarrar e prender do que a mastigar.

Caçam utilizando a ecolocalização e alimentam-se principalmente de peixe e cefalópodes. Contudo, existem relatos de ataques a outros cetáceos.

As Falsas-orcas preferem águas fundas de zonas tropicais e temperadas de todos os oceanos com temperaturas entre os 9 e os 31°C. Contudo, preferem águas mais quentes, sendo raros os avistamentos a mais de 50º de latitude nos dois hemisférios. Tipicamente oceânicas muitas vezes aproximam-se da costa de ilhas oceânica. São frequentemente avistadas em mares e baias semifechadas como o mar do Japão, mar vermelho e golfo pérsico e, ocasionalmente, no mar mediterrâneo.

São animais gregários, ou seja, vivem em grupos que variam de várias dezenas a centenas de indivíduos de todas as idades e sexos.

O tempo médio de vida é de 58 anos para os machos e 62 anos para as fêmeas. Os machos atingem a maturidade sexual aos 18 anos, muito depois das fêmeas que o fazem aos 10 anos. Usualmente nasce apenas uma cria ao fim de um período de gestação de 15 meses, que acompanha a progenitora entre 18 a 24 meses.

Foto: Carlos Júnior/Voz de Areia Branca

Biólogos e técnicos colhem material para exame de laboratório

Não se descarta a possibilidade desse grupo ter perdido o rumo, fugindo de um cardume de tubarões, tão frequente e abundantes na região.

21 de set. de 2013

O filme pernambucano, “O Som ao Redor” é indicado pelo Brasil para tentar concorrer ao Oscar

BRASIL – Cultura
O filme pernambucano, “O Som ao Redor” é indicado
para representar o Brasil como concorrente ao Oscar
Dirigido pelo pernambucano Kleber Mendonça Filho, o filme realizado em Recife, com baixo orçamento foi escolhido por uma comissão do Ministério da Cultura para ser o candidato do Brasil ao Oscar 2014. O longa tentará levar o País de volta à disputa pela estatueta de filme estrangeiro, algo que não acontece desde 1999 - naquele ano, "Central do Brasil" perdeu para o italiano "A Vida é Bela".

Foto: Divulgação

Cena do filme “O Som ao Redor”

Postado por Toinho de Passira
Fonte: Folha de S. Paulo

O Ministério da Cultura anunciou a escolha do longa-metragem "O Som ao Redor", de Kleber Mendonça Filho, para concorrer a uma indicação ao Oscar de melhor filme estrangeiro.

O longa --premiado na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo de 2012, no Festival de Nova York em 2013 e no Festival de Roterdã de 2012, entre outros-- venceu os concorrentes "Colegas", "Faroeste Caboclo", "Gonzaga - De Pai Para Filho", "Uma História de Amor e Fúria" e "Meu Pé de Laranja Lima".

"O Som ao Redor" também foi apontado pelo crítico do jornal "The New York Times" A. O. Scott com um dos dez melhores filmes do mundo em 2012.

Com a indicação do país, o filme será apresentado à Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos EUA, que irá analisar sugestões de países de todo o mundo e irá escolher cinco finalistas no dia 16 de janeiro.

Foto: Divulgação

Kleber Mendonça, o diretor

BELEZA

"Essa indicação sempre traz mais visibilidade ao filme. É muito cedo para dizer se vai ganhar ou se chegará a ser escolhido [como um dos finalistas da categoria de melhor filme de língua estrangeira]. Eu nunca fico esperando um prêmio, mas muita coisa boa aconteceu com esse filme. Eu não descartaria essa possibilidade [de vencer o Oscar]", disse à Folha o diretor pernambucano Kleber Mendonça Filho.

"Acho que 'O Som ao Redor' é um filme muito pessoal, relativamente pequeno, que teve uma repercussão muito grande aqui e também fora do Brasil, então eu fico tranquilo. Se acontecer, beleza."

"Eu achava que fosse um filme quase paroquial, local, mas foi a partir de Roterdã [o filme ganhou o prêmio da crítica internacional no festival, em 2012] que entendi que o filme parecia ter um caráter universal."

HISTÓRICO

A última vez que uma produção nacional foi indicada na categoria de melhor filme estrangeiro foi em 1999, com o longa "Central do Brasil". Também foram indicados "O Que é Isso Companheiro", em 1998, "O Quatrilho", em 1994, e "O Pagador de Promessas", em 1963.

Outras obras relacionadas com o país também receberam nomeações, mas em outras categorias. As mais notáveis foram "Cidade de Deus", cujo diretor, Fernando Meirelles, concorreu ao prêmio de melhor direção em 2004; "Diários de Motocicleta", de Walter Salles Jr., que disputou o prêmio de melhor roteiro adaptado em 2005; e "O Beijo da Mulher Aranha", do argentino radicado no Brasil Hector Babenco, que concorreu ao prêmio de melhor filme em 1986 --mas era uma produção estrangeira.

Outra produção lembrada pela Academia foi "Lixo Extraordinário", que concorreu ao prêmio de melhor documentário em 2010.

Na verdade o Brasil nunca ganhou um Oscar com a sua produção cinematográfica. Será que um pernambucano vai quebrar esse tabu?


O Som ao Redor (Trailer Oficial)