30 de ago. de 2013

Prefeitos de várias cidades demitem médicos locais para receberem os cubanos do programa de Dilma

BRASIL - Bizarro
Prefeitos de várias cidades demitem médicos locais
para receberem os cubanos do programa de Dilma
O “Mais Médicos” de Dilma Rousseff começa a apresentar os primeiros efeitos colaterais. Em muitos municípios, em vez de aumento de médicos, os antigos contratados estão sendo demitidos, trocados pelos médicos importados. O Secretário da Saúde do município de Camaragibe- PE, Caio Melo, declarou: "Se fosse possível, botaríamos todos [pelo] Mais Médicos, porque não teríamos o custo do salário mensal dos profissionais."

Charge: Alpino

Postado por Toinho de Passira
Fontes:  Folha de S. Paulo, Folha de S. Paulo , Blog do Reinaldo Azevedo, Folha de S. Paulo, Exame

Com o objetivo de diminuir as contas dos municípios, prefeituras de muitas cidades brasileiras, estariam considerando ou já teriam confirmado a demissão de médicos brasileiros contratados para receber estrangeiros do programa Mais Médicos, que é custeado pelo governo federal.

Em rápida pesquisa a Folha de São Paulo identificou pelo menos 11 cidades, onde as prefeituras não esconderam a disposição de fazer a substituição.

A decisão das prefeituras pode anular o principal objetivo da medida, que foi criada para aumentar o número de profissionais em regiões do país que sofrem com a carência de médicos.

De acordo com o jornal, as prefeituras hoje recebem do governo cerca de R$ 10 mil por equipe no programa Saúde da Família, sendo responsáveis por pagar os complementos de salário e encargos. O problema é que os profissionais chegam a receber R$ 30 mil por mês.

A justificativa das prefeituras para a substituição das equipes é a economia que ela representaria no orçamento, uma vez que o Mais Médicos é integralmente custeado pela União.

Segundo a Folha, os municípios que analisam demitir os profissionais, identificados inIcialmente, estão no Amazonas, na Bahia, no Ceará e em Pernambuco.

Em resposta, o Ministério da Saúde afirmou, por meio da assessoria de imprensa, que há mecanismos de segurança no programa que impedem a substituição de médicos do SUS por profissionais do Mais Médicos.

O órgão afirma que controlará os registros através do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES). Caso necessário, há a possibilidade de bloqueio do CPF do profissional do programa Mais Médicos para impedir a inserção dele em equipes que já possuem médicos.

Segundo nota oficial do ministério, os municípios que descumprirem a regra serão excluídos do programa, com remanejamento dos médicos participantes para outras cidades. Ou seja, vão punir a população...

Foto: Dida Sampaio/AE

A FOLHA COMENTA ALGUNS CASOS:

Em Barbalha (a 564 km de Fortaleza), dois médicos contratados pela prefeitura serão demitidos para dar lugar a outros dois do Mais Médicos. la é uma das quatro do Ceará que confirmaram que farão a substituição.

"Eles só serão dispensados quando os novos se apresentarem, para poder fazer a permuta", afirmou a secretária-adjunta de Saúde do município, Desirée de Sá Barreto.

Dos quatro profissionais do programa Mais Médicos a que Camaragibe, na região metropolitana do Recife, terá direito, apenas dois são novos. Os outros já estão na cidade e vão deixar de receber pela prefeitura para ter o salário pago pelo governo federal.

A troca de médicos da prefeitura por outros do Mais Médicos é aprovada pelo secretário da Saúde do município, Caio Melo.

Dos 42 médicos que atuam na atenção básica do município, metade, segundo a Secretaria de Saúde, não é concursada. A ideia é substituí-los gradativamente pelos contratados pelo ministério.

"Se fosse possível, botaríamos todos [pelo] Mais Médicos, porque não teríamos o custo do salário mensal dos profissionais."

A possibilidade de que houvesse troca de mão de obra era uma preocupação do Ministério da Saúde.

Em audiência na Câmara, no dia 14, o ministro Alexandre Padilha afirmou que os quadros das prefeituras são monitorados para evitar que isso ocorra. "Esse programa é Mais Médicos, não troca de médico", disse à época.

Foto: JC Online

Posto de Saúde, Camaragibe, Pernambuco

>SAI DRA JANICE ENTRA UM CUBANO

Hoje, 30 de agosto, em Murici, povoado de Sapeaçu (município a 150 km de Salvador), será o último dia de trabalho da médica mineira Junice Moreira, 47, no posto de saúde da família.

"Eu estava de plantão na quarta-feira da semana passada quando me ligaram. Disseram que eu tinha que dar lugar a um cubano", afirma.

O aviso da demissão partiu da Coofsaúde --cooperativa que faz o pagamento dos médicos que trabalham no município, por meio de contrato com a prefeitura.

A Coofsaúde confirma a saída de Junice e também que, em seu lugar, entrará um profissional do programa federal Mais Médicos.

A Prefeitura de Sapeaçu nega que o substituto de Junice será um médico cubano.

Ao ser informada pela cooperativa, a brasileira diz ter se surpreendido. "Respondi que não tinha entendido, que não tinha feito nada errado", afirma a médica.

"Mas deixaram claro: 'Está vindo aí um médico de Cuba e a senhora vai precisar ceder a vaga a ele'", completa Junice, que mora no interior da Bahia há sete anos, na vizinha Cruz das Almas.

Não teve como resistir. Desligada a tempo de não constar na folha salarial de setembro, Junice diz que seus pacientes chegaram a chorar e a levar lembranças para ela assim que souberam da demissão. "O pessoal de Murici me adora."

Ao todo, foram seis meses trabalhando no "postinho", como chama o local.

Dilma não contava com a astúcia dos prefeitos e dificilmente em ano pré-eleitoral, vai pegar uma briga com os chefes dos municípios. Em resumo, o nosso dinheiro está indo financiar a ditadura cubana, e os nossos médicos vão ter que procurar empregos em outros lugares.

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