20 de jul. de 2013

Dilma não vai a reunião do PT, ganha críticas de Dirceu. O movimento ‘‘volta Lula’’ cresce

BRASIL – Eleição 2014
Dilma não vai a reunião do PT, ganha críticas de Dirceu. O movimento ‘‘volta Lula’’ cresce.
Partido dos Trabalhadores, não consegue mais esconder as rachaduras, contava com presença da presidente no encontro do Diretório Nacional, neste sábado, para discutir cenário político, queda de popularidade e fragilidade do governo e la deu bolo. Na ausência de Dilma, como ratos da fábula, os petistas ligados a Lula e a José Dirceu e o proprio ex-Chefe da Casa Civil, atacaram a presidenta sem dó, nem piedade.

Foto: Ailton de Freitas / O Globo

O ex-deputado federal e ex-presidente do PT, José Dirceu, chefe da quadrilha do mensalão, participa da reunião do Diretório Nacional do PT.

Postado por Toinho de Passira
Fonte: Estadão

A jornalista Vera Rosa, do Estadão conta que houve uma frustração generalizada, entre os petistas, pela ausência da presidente Dilma Rousseff à reunião do Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores, que acontece nesse sábado, 20.domingo, 21, em Brasília. A cúpula petista imaginava que sua presença seria uma demonstração de unidade num momento tenso de queda de popularidade e fragilidade política. Surpreendidos com a desistência da presidenta em comparecer, dirigentes do partido, principalmente a turma da facção petistas, ‘‘Construindo um Novo Brasil’’ (CNB), a turma de José Dirceu, a portas fechadas, acusaram Dilma de se distanciar de uma crise na qual está no epicentro.

O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu qualificou de “inaceitável” o comportamento de Dilma e recebeu apoio de seus pares. Dirceu afirmou que Dilma “faz parte da crise” política atual, mas age como se estivesse fora dela. Os mais próximos de Luiz Inácio Lula da Silva interpretaram a ausência de Dilma como um sinal de retaliação ao ex-presidente. Chegaram a dizer que ela passa a imagem de que está em rota de colisão com o seu próprio partido.

Segundo a jornalista, Dilma desisistiu de participar, por não ter gostado da reunião promovida por Lula, na segunda-feira, com petistas. Foi Lula que bancou a indicação do deputado Cândido Vaccarezza (SP) para coordenar a comissão da reforma política, contrariando a presidente, que preferia Henrique Fontana (RS). Vaccarezza desafia Dilma ao dizer que o plebiscito para a reforma política não sai neste ano. Todo mundo conclui que sai da boca de Vaccarezza palavras de Lula e que ele nunca tomaria a posição que tomou, sem está com as costas quentes.

O Diretório Nacional do PT soltará neste sábado uma nota desautorizando o deputado para destacar que o partido continuará defendendo o plebiscito. Na sexta, o líder do PT na Câmara, José Guimarães (CE), também soltou nota em que põe em xeque a legitimidade de Vaccarezza.

Essas notinhas e ataques a Vacarrezza são ensaios para agradar e abrandar Dilma, que está amuada e soltando fumaças pela ventas, com o encaminhamento das coisas.

Outra crítica dos dirigentes petistas, é sobre a relação de Dilma com o Congresso, com o próprio partido e com os aliados. O assunto abordado hoje pela cúpula petista, que avalia o impacto político das últimas manifestações no País. Os protestos, que provocaram a queda da avaliação positiva do governo Dilma e deram ânimo ao coro do “Volta, Lula”, expuseram ainda mais a crise da articulação política do governo.

Dilma desmarcou o compromisso no PT na última hora, sob a alegação de que precisou agendar uma reunião com ministros no Palácio da Alvorada, hoje, para discutir o esquema de segurança da visita do papa Francisco ao Rio, na próxima semana.

Embora auxiliares da presidente tenham informado ontem que ela nunca confirmou presença no encontro do PT, o presidente do partido, Rui Falcão, tinha anunciado a decisão de Dilma. Até uma equipe “precursora” do Planalto se deslocou à sede do partido em Brasília, na quinta-feira, para vistoriar o local. Os seguranças só fazem esse trabalho quando ela planeja ir a algum evento.

Foi o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, quem avisou Rui Falcão sobre a desistência de Dilma. “Quero falar com ela”, disse Falcão. Ele conversou com a presidente por telefone, mas não conseguiu convencê-la a mudar de ideia.

O ex-ministro Luiz Dulci, hoje assessor de Lula, propôs que fossem feitos apelos pela presença de Dilma hoje na reunião do PT. “Dilma nunca ouve ninguém”, reagiu um parlamentar. O coordenador da corrente CNB, Francisco Rocha, chorou ao falar sobre o distanciamento de Dilma, mas disse que era necessário ter “cabeça fria” para enfrentar as dificuldades.

Com maioria no diretório, ‘‘Construindo um Novo Brasil’’ (CNB) é a corrente de Lula e também do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e os deputados José Genoino e João Paulo Cunha, não é difícil imaginar que os mensaleiros quadrilhados com Lula, estão afinados nessa estratégia de encurralar a presidenta ( ?)

Por sinal, estrategicamente, os três meliantes, condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no processo do mensalão, Dirceu, Genoino e João Paulo Cunha, foram excluídos da chapa do ‘‘Construindo um Novo Brasil’’ (CNB) que apoia a reeleição do presidente do PT, Rui Falcão.

O povo na rua e a eleição no horizonte, os próprios decidiram sair da direção do Partido, para não se criar a estranha situação de como membros da Direção Nacional do PT, ser domiciliado numa prisão. Mas pelo visto, na direção ou não, eles, principalmente José Dirceu, não perderam a pose, continuam mandando e desmandando dentro do partido.

No fringir dos ovos, o movimento o movimento ‘‘volta Lula’’, apoiado por ele nas sombras, cresce, na proporção que a popularidade da presidenta despenca nas pesquisa.

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