7 de jun. de 2013

Governo Obama flagrado monitorando telefones de milhares de americanos

ESTADOS UNIDOS
Governo Obama flagrado monitorando
telefones de milhares de americanos
A notícia de que a Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos está coletando os registros telefônicos de milhões de clientes americanos desencadeou uma onda de protestos acusando o governo Obama de extrapolar nos seus poderes como presidente dos Estados Unidos e de violar os direitos civis.

Foto: Rex Features

Obama mandando grampear geral.

Postado por Toinho de Passira
Fontes: The Guardian , Estadão, Daily News, The New York Times, Reuters

O presidente americano Barack Obama está de novo sob ataque de grupos que defendem os direitos civis no país por causa de ações secretas do governo. O jornal britânico “The Guardian” revelou nesta quarta-feira, que milhões de telefonemas estão sendo monitorados.

A Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos, dentro do território americano, está monitorando cidadãos comuns, que não são considerados suspeitos.

A ordem judicial que autoriza o acompanhamento das chamadas foi assinada em 25 de abril, dez dias depois do atentado na maratona de Boston, tem duração de três meses, termina em 19 de julho e abrange o local, o horário e a duração das chamadas, assim como a identificação de quem as fez, mas não seu conteúdo. É a primeira vez que o governo do presidente Barack Obama toma uma medida desse tipo, adotada por seu antecessor, George W. Bush.

A Casa Branca admitiu a existência do monitoramento e o considerou uma ferramenta essencial para proteger o país de ameaças terroristas. "A quebra de sigilo permite à equipe de contraterrorismo descobrir se suspeitos de terrorismo tem entrado em contato com cúmplices dentro dos Estados Unidos", disse um membro do governo, sob condição de sigilo.

A decisão obriga a Verizon, uma das maiores companhias de telefonia e internet dos Estados Unidos, a entregar informações sobre todas as ligações telefônicas dos clientes: internacionais, interurbanas e locais.

Apesar da Casa Branca dizer que a intenção é evitar novas ações terroristas e afirmar que conta com a supervisão de senadores e deputados. Grupos de direitos civis e uma parte do Congresso questionam a quebra de sigilo.

A revelação levanta novas preocupações quanto ao tratamento dado pelo presidente Barack Obama a questões de privacidade e liberdade de expressão. O governo já está sob críticas por ter vasculhado os registros telefônicos dos jornalistas da Associated Press e os emails de um repórter da emissora de TV Fox, como parte de suas investigações sobre o vazamento de informações oficiais.

Para apimentar mais ainda, no fim da tarde, o jornal “The Washington Post” divulgou informações sobre outro programa ultra secreto do governo, criado em 2007. O jornal afirma que o FBI e a Agência Nacional de Segurança têm acesso direto ao servidor central de nove empresas de internet como Apple, Google e Facebook.

De lá são extraídos áudios, vídeos, fotografias, emails, documentos dos usuários para monitoramento. A coleta de dados é feita com o conhecimento das empresas, mas não está claro se elas colaboram voluntariamente ou se foram obrigadas pela justiça.

Em resumo Obama mandou grampear geral, o que seria um escândalo em qualquer democracia, assume dimensões estratosféricas em se tratando dos Estados Unidos.

O jornal The New York Times, fez um editorial agressivo sobre o caso. Entre outras coisas diz que “Obama foi mais uma vez capturado extrapolando no exercício regular de seus poderes”.

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