9 de jun. de 2013

Dilma candidata perde popularidade na mesma proporção que cresce a inflação

BRASIL - Eleição 2014
Dilma candidata perde popularidade
na mesma proporção que cresce a inflação
Dilma é a pior adversária de si mesmo. Tanto fez de errado e deixou de fazer certo que não deu mais para enganar. Perde um monte de simpatizantes em todas as regiões do país, em todas as classes sociais, em todas as faixas etárias. Ainda é a favorita, na eleição de 2014, mas sua candidatura tem um forte viés de baixa. Que bom!

Foto: Andre Dusek/AE

Uma candidanta como Dilma não precisa de adversários...

Postado por Toinho de Passira
Fontes: Folha de S.Paulo, Blog do Josias de Souza,

Segundo o jornalista Josias de Souza, "Dilma Rousseff já dispõe de rival para a sucessão presidencial de 2014. Chama-se Dilma Rousseff". A leitura da última pesquisa do Datafolha, fez dispara o alarme nas hostes da candidatura da presidenta.

Pela vez primeira, desde a posse, caiu a popularidade e a taxa de intenção de votos da candidata Dilma. Um exame mais acurado faz constatar que não foi a oposição que provocou a queda dos índices.

Se for procurar um culpado no abalo da credibilidade da presidenta, esbarra-se na sucessão de desacertos políticos principalmente na condução da área econômica.

Evidente que ela ainda possui um capital político substancial. De acordo com a pesquisa, 57% dos brasileiros avaliam o governo Dilma como ótimo ou bom. Mas há dois meses, essa taxa era de 65%. Oito pontos percentuais sumiram no ralo.

”O prestígio da presidente decresce na proporção direta do aumento do pessimismo da população. A maioria absoluta dos entrevistados, 51%, acha que a inflação vai subir. Em março, os pessimistas com a carestia somavam 45%”.

A queda se alastrou pelo país, Dilma perdeu prestígio em todas as regiões, em todas as faixas de renda e de idade.

É verdade também que ainda lhe restam 51% das intenções de votos, o suficiente para ganhar as eleições no primeiro turno. Mas há dois meses dispunha de confortáveis 58%. Sete por cento dos seus seguidores debandaram.

Falando-se em intenção de votos, apurou-se que Marina Silva (Rede), continuou com os 16% que obtivera na sondagem anterior, enquanto Aécio Neves (PSDB) subiu de 10% para 14% e Eduardo Campos (PSB) manteve-se com os mesmos 6%.

Segundo Josias de Souza, “o crescimento de quatro pontos atribuído a Aécio dá ideia do mal que Dilma vem fazendo a si mesma”.

Desde a pesquisa Datafolha anterior, o PSDB não mudou tanto assim. O maior partido da oposição continua atrás de unidade e de um discurso com começo meio e fim. De novidade, apenas dois detalhes: Aécio foi alçado à presidência da legenda e ocupou praticamente sozinho a propaganda partidária que acaba de ser levada ao ar.

”O discurso de Aécio no rádio e na tevê foi 100% feito da matéria prima fornecida por Dilma: descontrole inflacionário, falta de investimentos em infraestrutura e ausência de perspectivas para a clientela do Bolsa Família. Dito de outro modo: a oposição questionou Dilma naquilo que ela julga ter de melhor: a capacidade gerencial”. Assim, beliscando Dilma, Aécio conseguiu avançar.

Com seus 51%, Dilma continua sendo a favorita. “Tem muita gordura para queimar, como se diz. O diabo é que, sem adversários que a ameace, Dilma frita a si mesma no óleo que escapa da sua gestão. Para sorte do petismo, faltam 17 meses para a eleição. É tempo suficiente para que Dilma salte da frigideira. Ou não”.

”Os dados econômicos não ajudam. Lula entregou em oito anos um crescimento médio de 4%. Sob Dilma, anotou-se, por ora, um pibinho médio de 1,8%. Essa taxa deve melhorar. Mas não há indícios de que o governo vá se livrar da mediocridade econômica”.

”As mágicas adotadas sob Dilma não surtiram os efeitos desejados: corte seletivo de tributos, intromissão na política de preços da Petrobras, mandracarias elétricas, privatizações envergonhadas, frouxidão fiscal e investimentos precários. No momento, para que a inflação recue, os juros avançam. Tudo isso compõem um cenário que não chega a animar o investidor privado”.

”Vendida na propaganda eleitoral de 2010 como uma supergerente, Dilma tomou posse com o trombone da eficiência grudado nos lábios. Começa a passar a sensação de que lhe falta o sopro. O que salva Dilma é a falta de clareza da oposição. Mas convém não facilitar”.

Dá uma comichão de citar Abraham Lincoln:

”Pode-se enganar a todos por algum tempo; pode-se enganar alguns por todo o tempo; mas não se pode enganar a todos todo o tempo”.

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