7 de abr. de 2013

VEJA: Documentos exclusivos detalham execuções na UTI do Paraná

BRASIL - Crimes
Documentos exclusivos detalham
execuções na UTI do Paraná
Acusada de matar pacientes na UTI que comandava, Virgínia de Souza se gabava de seu poder de vida e morte

Foto: Rodrigo Felix Leal/AFP

HORROR EXPOSTO - Virgínia, a Doutora Morte: nos depoimentos de testemunhas, os detalhes do esquema montado para "girar leitos" tirando a vida dos doentes

Postado por Toinho de Passira
Texto de Leslie Leitão, para a Veja
Fonte: Veja

Numa manhã, em meados de 2010, Virgínia Soares de Souza, médica responsável pela unidade de terapia intensiva para casos de clínica geral do Hospital Evangélico, o segundo maior de Curitiba, avisou seu pessoal que um grave acidente de trânsito acabara de fazer várias vítimas e que eles se preparassem para recebê-las.

Uma das enfermeiras presentes alertou para um problema: todos os catorze leitos estavam ocupados. Ouviu como resposta que fosse ao pronto-socorro apressar os procedimentos de internação, porque as vagas seriam criadas.

"Desci para o pronto-socorro com a UTI lotada. Quando voltei, em menos de meia hora, seis pacientes tinham morrido. Fiquei apavorada", conta a VEJA a enfermeira, que não quer ser identificada por temer represálias.

Ela ainda perguntou ao colega Claudinei Machado Nunes o que havia acontecido. Ele disparou: "Você é ingênua ou burra?".

A moça narrou sua história de terror à Polícia Civil do Paraná - um dos oito depoimentos estarrecedores sobre a repugnante máquina de execuções instalada na UTI do Hospital Evangélico aos quais VEJA teve acesso.

Um conjunto também ainda inédito de 21 prontuários é contundente quanto ao modus operandi da doutora Virgínia: todos os pacientes cujos casos estão sendo investigados receberam um mesmo coquetel de medicamentos, a que a polícia se refere como "kit morte".

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