13 de abr. de 2013

Jornalista da 'Economist' relata, por experiência pessoal, as agruras do usuário da TIM no Brasil

BRASIL – Telefonia (?!)
Jornalista da 'Economist' relata, por experiência pessoal, as agruras do usuário da TIM no Brasil
Há um ano, a correspondente da revista britânica no Brasil tem problemas com cobranças indevidas e reativação de linhas que já foram canceladas, e apagão do seu celular. Ela diz que essa história seria um escândalo em qualquer lugar do mundo, mas é visto como normalidade pelos brasileiros.



A má fama da TIM e das telefonicas brasileira ganha merecida fama internacional

Postado por Toinho de Passira
Fontes: The Economist, Veja, Portal dos Jornalistas

A jornalista irlandesa, Helen Joyce, Chefe da sucursal da revista britânica “The Economist” em São Paulo, escreveu um desabafo no blog da publicação relatando sua própria saga com a companhia de telecomunicações TIM no Brasil.

Há mais ou menos um ano, ela começou a ter diversos problemas com a rede e a internet móvel da operadora, incluindo serviços básicos como fazer e receber ligações e receber e-mails. A jornalista culpou a operadora, mas também relatou que o país carece de infraestrutura em telecomunicações.

A maratona da jornalista lembra a experiência vivida pela grande maioria dos usuários brasileiros:

”A história longa demais para ser contada em detalhes e dolorosa demais para ser relembrada cronologicamente”. “Estimo que recebi pelo menos 20 "protocolos" (número de queixas) desde que tentei mudar de companhia telefônica. (Decepcionada com a TIM resolveu usar a portabilidade e mudar para a VIVO, coitada!) Minha assistente e eu passamos um total aproximado de 15 horas nas lojas TIM. Os E-mails pararam de chegar ao meu celular, durante quase um mês. Mesmo com os números transferidos para a outra operadora, a VIVO, continuei recebendo por seis meses contas da TIM. Recentemente ameacei tomar medidas legais, e a atendente do cal-center da TIM, que, a certa altura da conversa, começara a gritar respondeu: "Você pode fazer o que quiser!"

Helen explicou que, ao ir a uma loja da TIM para pedir explicações sobre a má-qualidade do serviço, a atendente, “sorridente”, de acordo com o relato, informou não só que a empresa havia fechado muitos contratos no ano e que isso deixava a rede sobrecarregada sempre, como também disse que levaria alguns anos para a companhia conseguir ajustar sua infraestrutura ao número de novos consumidores. Foi aí que a jornalista tomou a decisão de trocar seu número para uma operadora concorrente, a VIVO, fazendo a chamada "portabilidade".

Mas, segundo seu relato, foi aí que a saga começou, com a dupla cobrança da TIM e da VIVO, para o mesmo número de telefone, enquanto ela só tentava usar um. “Cada uma das operadoras falou que o problema de dupla-cobrança era de sua concorrente”, conta a jornalista desolada.

Depois dos transtornos com a dupla-cobrança, a jornalista pediu o cancelamento da conta da TIM - que não havia sido cancelada porque a portabilidade ainda não estava resolvida. Contudo, mesmo depois do cancelamento, a linha continuou funcionando, o que mostrava que o erro de cobrança era da TIM, e não da concorrente. Cinco meses depois de achar ter se livrado do problema, Helen recebeu outra fatura da TIM - e descobriu que a operadora jamais cancelara sua linha. Depois de inúmeros telefonemas, a operadora "concordou" em cancelar a linha sem cobrar nenhuma multa.

“O que parece uma história chocante para estrangeiros, é infelizmente familiar para brasileiros. O serviço de telefonia móvel do país (Brasil) é muito caro e pouco confiável”, sentenciou Helen.

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