13 de dez. de 2012

Rose, a amante de Lula, indiciada por quadrilha, trafico de influencia e falsidade ideológica

BRASIL – Operação Porto Seguro
Rose, a amante de Lula, indiciada por quadrilha,
trafico de influencia e falsidade ideológica
A secretaria da presidência do planaltinho, o escritório da presidência em São Paulo, guardava na Presidência fax sobre ilha de ex-senador, que teria comprado pareceres da Quadrilha flagrada pela Operação Porto Seguro da Polícia Federal

Fotos: Ricardo Stuckert/Instituto Lula e Jorge Araujo/FolhaPress

Lula e a amante Rose

Postado por Toinho de Passira
Fonte: Folha de S. Paulo

Rosemary Noronha, a ex-chefe de gabinete do escritório da Presidência em São Paulo, e amante do presidente Lula, foi indiciada por formação de quadrilha, no inquérito conduzida pela Polícia Federal, principalmente, por causa de um documento encontrado no escritório da própria Presidência, em São Paulo, nos arquivos pessoais da secretaria,

O documento é descrito no relatório final da Operação Porto Seguro como um fax de 2008 à ouvidoria da Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquáticos) para tratar dos interesses do ex-senador Gilberto Miranda na ilha das Cabras, em Ilhabela (SP).

Rose foi indicada ao cargo em 2005 pelo então presidente Lula e mantida por Dilma Rousseff, a pedido do ex-presidente, que com ela mantinha um relacionamento amoroso há 19 anos, até a deflagração da Operação Porto Seguro, no dia 23 de novembro. Ela é acusada de integrar uma quadrilha que vendia pareceres jurídicos de órgãos do governo para beneficiar empresários e receber dinheiro em troca.

A quadrilha seria chefiada por Paulo Rodrigues Vieira, ex-diretor da ANA (Agência Nacional de Águas), diz a PF. Na época em que o fax foi enviado à Antaq, ele era ouvidor da agência reguladora.

Gilberto Miranda precisava da ajuda de Rose porque havia perdido uma ação na Justiça pela qual teria de deixar a ilha e recuperar o ambiente, o que representaria um prejuízo estimado em pelo menos R$ 10 milhões.

A Polícia Federal diz ter encontrado outros dois indícios de que ela integrava a suposta quadrilha. Num e-mail de 19 de novembro deste ano, quatro dias antes da operação da PF, ela pede a Paulo um empréstimo de "650" "em dinheiro" para o pagamento de um apartamento. O valor seria de R$ 650 mil, segundo a PF.

Noutro e-mail, ela agradece a Paulo pela compra da "casa de SJC" --a sigla seria São José dos Campos.

Além de formação de quadrilha, Rose também foi indiciada por tráfico de influência, corrupção e falsidade ideológica. Se for condenada por todos os crimes, pode pegar até 14 anos de prisão.

A PF aponta novos indícios de que Miranda tentou corromper funcionários para obter licença para construir um complexo portuário na ilha de Bagres no valor de R$ 2 bilhões. A ilha é uma área de proteção permanente.

No dia da operação, os policiais acharam um diretor da Anaq, Tiago Pereira Lima, dormindo numa casa de Miranda na rua Alemanha, Jardim Europa, em São Paulo.

Lima é acusado de ter produzido um parecer que ajudaria Miranda a obter para o projeto da ilha de Bagres, um porto privado, o caráter de utilidade pública. Só assim ela poderia ser desmatada.

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