7 de out. de 2012

Um mensaleiro já fugiu, outros podem estar de malas prontas

BRASIL - Julgamento mensalão
Um mensaleiro já fugiu, outros podem estar de malas prontas
O ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro, no processo do mensalão, fugiu para a Itália, desde agosto, como tem cidadania italiana, o Brasil, provavelmente, não obterá êxito num provável pedido de extradição. O procurador geral da republica, preocupado com a fuga em massa, cogita pedir recolhimento de passaportes dos restantes réus do mensalão

Foto: Rodrigo Paiva/AE

EIS A QUESTÃO Pizzolato, garantiu, aos mais próximos, que não pisará mais no país. Ficará na Itália. Pizzolato tem dupla cidadania. Seu advogado diz porém que ele já voltou. Será?

Postado por Toinho de Passira
Fontes: Veja, G1, Radar Online

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse no começo da semana, que seria "a pior das frustrações" e "o pior dos absurdos" se a fuga de um réu impedisse a execução das penas aplicadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento do mensalão.

O procurador afirmou, no entanto, que por enquanto não há restrição à viagem de qualquer réu. Gurgel comentava a saída do país do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro, que está na Europa desde agosto.

Segundo nota publicada pela coluna Radar on-line, de Lauro Jardim, a Justiça não consegue encontrar Pizzolato para citá-lo em outro processo, de crime contra o sistema financeiro. "É estranho, não há dúvida", comentou Gurgel.

"Em princípio, que eu tenha conhecimento, não há nenhuma restrição para viajar. É uma questão que tem que ser acompanhada. É preciso que, concluído o julgamento, se dê toda efetividade à decisão do STF, o que inclui evidentemente que os réus estejam em território brasileiro. O assunto deve ser visto com cautela, porque seria a pior das frustrações a condenação pela mais alta corte do país e não ter a eficácia devida em razão de uma fuga", afirmou Gurgel.

Neste sábado, 09, o procurador-geral da República, voltou a tratar do assunto, Gurgel, disse que estuda medidas a serem adotadas no final do julgamento do mensalão para evitar que réus condenados fujam do país, de modo a garantir a "efetividade" das punições determinadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Embora afirme não acreditar que condenados tentem fugir, entre as medidas cogitadas, disse, está pedir ao STF o recolhimento dos passaportes de réus.

Segundo Gurgel, porém, qualquer medida só pode ser tomada ao final do julgamento, depois da etapa de dosimetria (definição do tamanho das penas).

Quando questionado sobre o caso de Henrique Pizzolatto, Gurgel explicou que os réus não estão proibidos de viajar e que Pizzolatto saiu do país de forma regular.

No caso de Pizzolatto, uma dupla cidadania o beneficiaria porque ele não poderia ser extraditado da Itália, por exemplo.

O advogado de Pizzolatto, Marthius Sávio Lobato, informou que ele já está no Rio de Janeiro, em sua residência fixa. O que não foi ainda confirmado.

Gurgel afirmou que a viagem de Pizzolatto o fez lembrar do caso do ex-banqueiro Salvatore Cacciola, que também tem cidadania italiana. E brincou: "Tem de esperar ele ir para Mônaco", lembrando que Cacciola foi preso pela Interpol quando estava naquele país.

Segundo o jornalista Lauro Jardim, no Radar Online, “os ministros do Supremo avaliam que, se Pizzolato não retornar, a tendência é de endurecimento de sua pena”.


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