13 de out. de 2012

Malufismo e petismo, mórbidas semelhanças

BRASIL - Corrupção
Malufismo e petismo, mórbidas semelhanças
Um antiga ação judicial do Partido dos Trabalhadores, dos tempos em que pregava a moralidade pública, acabou por condenar o atual aliado Paulo Maluf a devolver 21 milhões, que havia afanado dos cofres públicos. Embaraçados os petistas não comemoram o feito, como teriam feito no passado. Como Maluf não é de ficar no prejuízo, a pergunta que não quer calar, é quanto ele levou para aceitar se aliar a Lula?

Foto: Adriana Spaca/Folhapress

DIVISÃO DO BUTIN - Tem-se a impressão, que esses desentendimentos momentâneos, entre petistas e malufistas, são escaramuças entre quadrilheiros na hora da divisão da grana.

Postado por Toinho de Passira
Fontes: O Globo, Isto É

Como resultado de uma denúncia feita pelo Partido dos Trabalhadores em 1998, uma juíza condenou, nesta semana, o ex-prefeito de São Paulo e atual deputado federal Paulo Salim Maluf, a devolver aos cofres municipais, algo em torno de R$ 21 milhões, desviados no chamado “escândalo dos precatórios”.

A sentença determina que o dinheiro seja recolhido até o final deste mês de outubro. A justiça concluiu que Maluf confundiu o dinheiro público, com dinheiro privado, e embolsou a grana.

O PT não comemorou o feito por várias razões óbvias, uma delas é que falar de corrupção, neste momento, no ambiente do Partido dos Trabalhadores é como falar em corda na casa de enforcado.

Enquanto isso continua firme e forte a aliança entre malufistas e petistas para tentar eleger, o candidato de Lula, Fernando Haddad, prefeito de São Paulo. Coisa de finíssimo e requintado cafajestismo político.

Quem conhece Maluf sabe que ele não gosta de devolver dinheiro público já anexado ao seu patrimônio, portanto, para ele aceitar posar apertando a mão de Lula, certamente lhe foram ofertados, a princípio, valores superiores ao da condenação.

Os requerentes da ação contra Maluf, diz o Estadão, foram petistas paulistas, na época em que o PT apregoava “que não roubava nem deixava roubar”, entre eles os deputados federais José Mentor, Carlos Zarattini, o deputado estadual Adriano Diogo e o atual ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso.

Segundo a Justiça, o esquema, consistiu no lançamento de Letras Financeiras do Tesouro Municipal para supostamente pagar precatórios, mas o dinheiro das operações acabou desviado, e certamente agora engorda alguma conta do ex-prefeito em paraísos fiscais.

A aliança toda, de Maluf e Lula, na eleição municipal paulista, que causou perplexidade quando da sua consumação, acabou por ser esclarecedora e compreensível, na medida em que se pode observar que existem bem mais semelhanças que diferenças entre o malufismo e o petismo, Muito mais do que possa imaginar a nossa vã filosofia.

Asseveramos que o malufismo é “cagado e cuspido” o petismo. Maluf é uma espécie de petista honoris causa. Vejam como eles se comportam: um e outro adora apoderar-se de dinheiro público, nega com veemência serem verdadeiras as provas dos crimes de que são acusados e como defesa alardeia que são perseguidos pela justiça e pela imprensa.

A diferença visível é apenas no "modus operandi", enquanto Maluf costuma agir sozinho, o PT prefere atuar em bando.


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