4 de jul. de 2012

Piloto da FAB que provocou danos ao STF foi afastado

BRASIL
Piloto da FAB que provocou danos ao STF foi afastado
O Comando da Aeronáutica afastou o piloto do caça que ao efetuar um voo rasante sobre a Praça dos Três Poderes, neste domingo, em Brasília, durante uma apresentação, danificou as vidraças dos prédios do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Palácio do Planalto. A FAB informou que a altitude mínima para manobras foi respeitada e não houve risco de acidente. O problema aconteceu devido excesso de velocidade da aeronave, que tem capacidade de quebrar a barreira do som.

Fotos: Elza Fiúza/Agência Brasil e Elaine Lina/Terra



STF: 40 janelas estilhaçadas pelos jatos da FAB

Postado por Toinho de Passira
Fontes: G1, Ultimo Segundo, Portal Terra, Veja, Estadão, Agência Brasil

A Esquadrilha da Fumaça, da Força Aérea Brasileira (FAB), comemorou, no domingo, 1º, os 60 anos de sua criação, da forma mais ruidosa possível: ao fazer demonstrações acrobáticas na capital federal, na troca mensal da Bandeira Brasileira, em frente ao Palácio do Planalto, um dos aviões excedeu a velocidade nos voos rasantes, causando uma onda sonora, o chamado boom sônico, que provocou a quebra de vidros da fachada do Supremo Tribunal Federal e rachaduras nos do Palácio do Planalto. Cerca de 40 janelas do Supremo e 17 do Palácio do Planalto foram quebradas.

De acordo com a Força Aérea Brasileira, as aeronaves excederam a velocidade adequada para a missão, atingindo em torno de 1.100 km/h, portanto não chegaram a quebrar a barreira do som, como foi inicialmente divulgado, nem o voo rasante teria ultrapassou os limites de segurança.

Os caças Mirage F-2000, que provocaram o acidente, foram fabricado pela empresa francesa Dassault, e estão em operação na FAB desde setembro de 2006. As aeronaves chegam a atingir 2,2 vezes a velocidade do som. De acordo com a FAB, os caças podem chegar até 2.600 km/h.

Fotos: José Cruz/ Agencia Brasil



Os estragos na fachada do Palácio do Planalto, provocados pelo razante da FAB

O Comando da Aeronáutica informou através de nota que estão sendo apuradas as circunstâncias do acidente, que o piloto, cujo nome não foi informado, está temporariamente afastado das atividades aéreas. O militar irá passar por uma avaliação operacional e poderá sofrer sanções (previstas nos regulamentos militares e no Código Penal Militar). A Força Aérea arcará com as despesas provenientes dos prejuízos causados.

“Não houve quebra da barreira do som, mas o deslocamento de massa de ar foi suficiente para romper a vidraça”, explica a nota. “Vale salientar que todos os sobrevoos ocorreram em altitudes dentro das margens de segurança e não houve risco de acidente com as aeronaves”, diz a nota da Força Aérea.

Vistoria realizada pelos setores de manutenção do STF concluiu que 320 metros quadrados de vidros foram quebrados no incidente e a substituição deles custará R$ 35 mil.

Os vidros do gabinete da Presidência do Supremo Tribunal Federal foram destruídos, e o presidente da corte, Carlos Ayres Britto, emergencialmente transferiu-se para o seu gabinete no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), um prédio anexo a sede do STF.

A reposição dos vidros externos do STF já começou e a estimativa do tribunal é de que os trabalhos se estendam por cerca de duas semanas.

Funcionários do departamento de manutenção do Supremo passaram o dia limpando os estilhaços da fachada. Tapumes foram instalados temporariamente cobrindo as áreas antes protegidas pelos vidros, nas salas que levarão mais tempo para serem consertadas.

No Palácio do Planalto, 28 vidros foram quebrados, com prejuízo de R$ 50 mil e uma luminária também foi derrubada no térreo. O gabinete da presidente Dilma Rousseff, que fica no terceiro andar, não foi atingido.

Fotos: Elza Fiúza/Agência Brasil

Na solenidade, antes dos Mirages estragarem a festa, a FAB utilizou sete aviões T-27, fabricados Embraer, que executaram manobras acrobáticas, fazendo desenhos de fumaça no céu de Brasília.


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