1 de fev. de 2012

Londres envia contratorpedeiro e príncipe as Malvinas

INGLATERRA
Londres envia contratorpedeiro e príncipe as Malvinas
Fontes da Marinha disseram ao jornal britânico "The Telegraph" que o contratorpedeiro que será enviado, pelos ingleses, as Malvinas, está armado com uma bateria de mísseis que poderia “derrubar todos os caças da América do Sul". A noticia chega junto com confirmação de que o príncipe William, segundo na linha de sucessão ao trono britânico, chega amanhã as Malvinas, para pilotar um helicóptero da força aérea, em missões de busca e salvamento, durante as próximas seis semanas.

Foto: Divulgação

O contratorpedeiro HMS Dauntless, especializado em defesa aérea, vai estar nas Malvinas, apontando para Argentina. Oficialmente a sua presença é uma operação de rotina, irá substituir a velha fragata fragata Montrose 23, que será desativada.

Postado por Toinho de Passira
Fontes: The Telegraph, Mercopress, El Clárin, La Nación, Terra,The Independent

A Marinha do Reino Unido confirmou nesta terça-feira (31) que o contratorpedeiro HMS Dauntless, especializado em defesa aérea, será enviado para as ilhas Falklands, palco, em 1982, de uma guerra entre Reino Unido e a Argentina.

A Argentina reivindica a posse das ilhas (que chama de Malvinas) e o envio da embarcação se dá em um momento de crescente tensão entre Buenos Aires e Londres.

O governo de Cristina Kirchner tem tentado negociar a soberania das ilhas com o Reino Unido nas Nações Unidas, mas o governo de David Cameron rejeitou a proposta, dizendo que a soberania da ilha, onde as reservas de petróleo são, aparentemente, maiores que a expectativa inicial, não está sob negociação. BR>
Oficialmente, a Marinha britânica afirma que o envio do HMS Dauntless é rotineiro e já estava programado. Fontes anônimas da Marinha, entretanto, disseram abertamente ao jornal The Telegraph que a embarcação tem um poder dissuasório formidável, que torna incapaz qualquer movimento militar argentino.

O Dauntless vai navegar nas próximas semanas armado com uma bateria de mísseis que poderia “derrubar todos os caças da América do Sul, e mais facilmente ainda os da Argentina”, de acordo com uma fonte da Marinha. “Ele pode derrubar os caças argentinas assim que eles decolarem de suas bases, disse outra fonte. “Isso vai fazer Buenos Aires dar uma séria pausa para pensar”.

O HMS Dauntless tem um sistema de mísseis chamado Sea Viper, desenvolvido em conjunto com a França e a Itália, que carrega 48 mísseis prontos para lançamento, além de um radar do tipo Sampson que, segundo o Telegraph, é mais poderoso que o radar do aeroporto de Heathrow, o maior de Londres.

O príncipe britânico William, o duque de Cambridge, no comando de um helicóptero Sea King, especializado em busca e salvamento, similar ao que vai pilotar nas Malvinas.
O Brasil apoia oficialmente a reivindicação da Argentina pela posse das Malvinas e essa insinuação de que o contratorpedeiro seria capaz de “derrubar todos os caças da América do Sul” incluiu os cansados e ultrapassados aviões da nossa Força Aérea brasileira.

Complementando esse clima de militarização do conflito, o príncipe William, neto da rainha Elizabeth II, o segundo na sucessão ao trono inglês, aquele que casou no ano passado, viajou nesta quarta-feira para as Malvinas. O príncipe vai desembarcar na base aérea de Mount Pleasant e começar imediatamente a trabalhar em um dos dois helicópteros de resgate disponíveis às 24h para tarefas de resgate.

Sobre a presença do príncipe nas ilhas, um porta-voz do Ministério de Defesa britânico disse à Agência Efe que o duque é tratado como qualquer outro membro das Forças Armadas, por isso não podia divulgar detalhes da viagem.

A chancelaria argentina reagiu vigorosa

"A República Argentina rejeita a tentativa britânica de militarizar um conflito do qual as Nações Unidas já se ocuparam em diversas ocasiões, indicando que as duas nações devem resolvê-lo em negociações bilaterais", diz a nota.

Acrescenta que "o povo argentino lamenta o desembarque do herdeiro real em solo pátrio com o uniforme de conquistador, não com a sabedoria do estadista que trabalha a serviço da paz e do diálogo entre as nações".

"Os governos devem evitar a tentação de incorrer em discursos que transformem o patriotismo em ''patriotada'' para distrair a atenção pública de políticas econômicas de ajuste, num contexto de crise estrutural e alto desemprego", acrescentou a chancelaria argentina.

O governo argentino em outras palavras, esta dizendo que os britânicos agora, estão agindo tal qual a ditadura argentina, em 1982, decidiu invadir as Malvinas, para tentar criar um clima de euforia no país, abafando os problemas internos. David Cameron, primeiro ministro inglês, atolado até o pescoço com a crise econômica, desemprego e baixa popularidade, tenta desviar o foco da questão, inventando essa “guerra”, que os argentinos, ressabidos, correta e civilizadamente querem travar apenas no tapetão diplomático.

Foto: Reuters

Irritados os argentinos de quando em quando queimam umas bandeiras inglesas diante da embaixada britanica em Buenos Aires, como essa acontecida em 20 de janeiro último


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