8 de jan. de 2012

EUA deportam menor americana que se dizia colombiana

ESTADOS UNIDOS - COLÔMBIA
EUA deportaram menor americana que se dizia colombiana
O Texas tem uma controversa e severa lei contra imigrantes ilegais. Acabaram deportando uma menor afrodescendente americana, como imigrante ilegal, para a Colômbia. Bastou que a jovem, que havia fugido de casa, confessasse, ao ser presa, ser colombiana, maior de 21 anos, sem visto de permanência no país. Mesmo sem falar espanhol, nem ter parentes identificados no país sul americano, foi deportada para Bogotá. Localizada no Facebook pela avó, voltou grávida para casa.

Foto: Mike Fuentes/Associated Press

VOLTA PARA CASA - Jakadrien Turner, de 15 anos, caminha ladeada por sua avó Lorene Turner e sua mãe, Johnisa Turner, na chegada ao Dallas-Fort Worth International Airport, Texas.

Postado por Toinho de Passira
Fontes:Semana, El Espectador, Daily Mail, BBC Brasil, San Francisco Chronicle, Huffington Post, Estadão

A adolescente americana deportada para a Colômbia, após conseguiu convencer a polícia, e as autoridades de migração dos Estados, inclusive um juiz, que era uma imigrante ilegal ao ser presa praticando um pequeno furto, em Huston,Texas, retornou neste fim de semana para os Estados Unidos.

Jakadrien Turner, 15, fugiu de casa em Dallas, Texas, em novembro de 2010, depressiva, devido à morte de seu avô e separação dos pais.

Quando foi presa em Huston, em abril do ano passado, a adolescente, então com 14 anos, deu um nome falso - Tika Lanay Cortez – dizendo-se uma imigrante de 21 anos originaria da Colômbia.

Com o nome falso, foi condenada por roubo e nem o advogado que a defendeu perante a corte texana, desconfiou da idade e da identidade falsas da jovem.


NOVA VIDA - Por esta foto no Facebook, com as montanhas da Colombia ao fundo, a avó de Jakadrien, identificou e localizaou a adolescente americana. No site de relacionamento ela dizia-se chamar Tika SoloToolonq (Tika Confero) e que era de Bridgetown, Barbados, que estudara na Texas Southern University e que atualmente morava em Bogotá.

Uma imagem postada no Facebook por Jakadrien Turner tendo ao fundo montanhas colombianas.

Enquanto cumpria pena na prisão, foi encaminhada à Secretaria de Estado da Imigração e Fiscalização Aduaneira (ICE), que decidiu deportá-la. Para tanto ela foi entrevistada pelo Consulado da Colômbia, que concordou ser ela uma cidadã colombiana e aprovou a documentação necessária para o seu envio ao país sul americano.

Chegando a Bogotá, Jakadrien Turner, que não fala espanhol, recebeu a cidadania colombiana plena, inclusive com a autorização para trabalhar no país. Inicialmente ela acabou trabalhando de empregada doméstica e depois num serviço de telemarketing.

Jornais americanos e colombianos declaram que Jakadrien Turner não está voltando para casa sozinha, pois está grávida. Segundo informações no seu Facebook book ela teria um relacionamento amoroso com o cubano Alejandro Yoel Almeida Cisneros, colega de trabalho.

Jakadrien foi localizada por sua avó Lorene Turner passou mais de um ano pesquisando na internet para finalmente encontrá-la na Colombia, atráves do Facebook.

A familia cobra das autoridades americanas e colombianas a responsabilidade pelos fatos. Jakadrien, inclusive, constava da lista do Centro Nacional de Crianças Desaparecidas e Exploradas nos EUA, no momento em que foi presa e deportada.


O PAI? - Na sua página do Facebook Jakadrien, que está grávida, diz ter um relacionamento amoroso com o cubano Alejandro Yoel Almeida Cisneros

A chegada de Jakadrien, em Dallas na noite de sexta-feira para se reunir com sua família não encerra a questão. Autoridades americanas e colombianas acusam-se mutuamente de responsabilidade.

A família americana, possivelmente, vai entrar com um processo pedindo uma indenização milionária. Para tanto o advogado Ray Jackson, estava no aeroporto de Dallas, junto com a família, emitindo declarações:

"Ela está feliz por estar em casa", acrescentando que a família não iria emitir quaisquer declarações naquele momento. Claro que ele cuida para que qualquer deslize venha atrapalhar o andamento do futuro processo.

No ano passado, os americanos deportaram quase 400 mil imigrantes estrangeiros clandestinos, uma cifra recorde.


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