6 de mai. de 2011

BRASIL – BIZARO: Mulheres lutam pelo direito de amamentar em público

BRASIL – BIZARO
Mulheres lutam pelo direito de amamentar em público
Um incidente ocorrido nas dependências do Itaú Cultural da Avenida Paulista, quando uma mulher foi impedida de amamentar seu bebê, virou um movimento de protesto, pelo direito da criança de ser alimentada pela mãe em público. A instituição já voltou atrás, reconheceu o erro, mas as mulheres vão fazer um “mamaço” para registrar o incidente.

Postado por Toinho de Passira
Fontes: Estadão, Veja Abril, Noticia R7

Um dos momentos mais sublimes da maternidade é a amamentação. Só mentes doentes podem encontrar qualquer inconveniente de uma mulher alimentar seu filho bebê em público, quando necessário e quando lhe aprouver. Nunca havia visto falar de alguém ou instituição que considerasse isso, imoral ou inconveniente. Incrível que isso aconteça no nosso país, onde se acha natural que as mulheres exibam as mamas, sensualmente, durante os desfiles carnavalescos.

O Estadão publica uma matéria de que um grupo de mães organiza pelo Facebook um "mamaço" no Itaú Cultural da Avenida Paulista. O movimento foi causado por incidente ocorrido em março, quando a antropóloga Marina Barão, de 29 anos, foi impedida de amamentar seu bebê em uma exposição no local.

"Estava com meus dois filhos, um de dois anos e outro de dois meses. O menor acordou, pediu para mamar. Enquanto amamentava, rapidamente uma monitora me alertou que era proibido dar de mamar naquele espaço".

A monitoria afirmou que os funcionários haviam sido orientados a não permitir que mães amamentassem na exposição e a convidou a se retirar para uma enfermaria, onde finalmente poderia alimentar o seu filho.

A funcionária disse que estava obedecendo a ordens superiores, e diante de uma reação inicial da mãe em reagir, ameaçou chamar a segurança. Nenhuma mãe iria querer enfrentar seguranças com a mama exposta e o filho amamentando. A antropóloga obedeceu às ordens. Mas como a enfermaria estava fechada e não foi localizado o encarregado, atendendo os reclamos da criança que chorava com fome, há dez minutos, a mãe acabou alimentando seu filho, numa escada.

A antropóloga comentou que a monitora, não impediu sua transgressão, mas ficou o tempo todo olhando para os lados, temendo que algum superior flagrasse aquela mãe praticando aquele ato “indecoroso”, ou “imoral”. Lamentável duplamente que tenha sido uma mulher, que tenha sido obrigada a causar o constrangimento.

De acordo com a antropóloga, depois que a mobilização na internet começou, o Itaú Cultural enviou desculpas ao grupo. Ela afirmou ter aceito a retratação, mas o protesto - marcado para o dia 12 - será mantido.

"Acho bacana as desculpas, nossa intenção não é guerra. Mas vamos fazer o ato pela importância da amamentação materna, para que isso não seja um ato mal visto socialmente".

A desculpa do Itaú Cultural passa por reconhecer que a monitora é burra, só faltou dizer que ela era loura. O diretor da entidade, Eduardo Saron, disse que a orientação era para que as pessoas não se alimentassem nos locais da exposição, então a monitora levou a regra ao extremo.

Menos mal, porque de alguma forma reconhecer o erro e tentar corrigí-lo demonstra coerência. O tal diretor disse que reuniu a equipe e rediscutiu-se “as medidas de atendimento ao público”, dizendo que tomou o incidente “como aprendizado”.

Afirmou que se o "mamaço" se concretizar, o Itaú Cultural vai "abraçar o ato". "Vejo a mobilização com bons olhos. Se as mães forem, vamos preparar uma programação especial.”

Não parece haver intenção, mas se a mãe acionasse o Itau Cultural, com um pedido de indenização, a coisa poderia ficar feia e cara. Fosse nos Estados Unidos era coisa para milhões. Por vias das dúvidas, o Ministério Público, que é responsável pelos direitos dos menores, deveria se pronunciar, pelo menos interpelando o Itaú Cultural e o seu escorregadio diretor , Eduardo Saron, para que isso nunca mais se repita.


Um comentário:

Ajuricaba disse...

Mas se duas bichas ou sapatonas se beijassem no mesmo salão era lindo e se a guardete reclamasse ia presa.