13 de fev. de 2011

Herança maldita possui os DNAs de Lula e de Dilma

GOVERNO DILMA
Herança maldita possui os DNAs de Lula e de Dilma
Os gastos aumentaram R$ 282 bi no governo Lula. O rebento amaldiçoado foi gerado pelo casal Dilma-Lula, enquanto disfarçavam a crise econômica. O filhote cresceu mais que o esperado, anda em más companhias como a inflação, taxa de juros em alta, carga tributária abusiva e a impossibilidade de ampliar os investimentos. Em silêncio cúmplice, Dilma constata que o primeiro ano do seu governo já se foi. Vai gastar toda a sua energia tentando contornar a crise que ajudou a brotar. Mas, nós os contribuintes, é que vamos pagar as despesas da maternidade.

Ilusração Toinho de Passira sobre foto de Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr

Toma que o filho é teu

Postado por Toinho de Passira
Fontes: Jornal Extra, Blog do Josias de Souza

A frase “herança maldita” usada tantas vezes por Lula, para acusar o governo Fernando Henrique das dificuldades que não sabia enfrentar, não pode ser repetida obviamente por Dilma Rousseff, diante da crise de falta de dinheiro que veio a superfície logo no início do seu governo. Impedida pela lealdade canina e gratidão irremovível, não pode fazer criticas ao antecessor. Mais que isso, visto com mais apuro a crise é um rebento que tem também fortes traços da presidenta. Pode-se dizer que o monstrengo tem a paternidade de Lula, mas foi obviamente gerado no ventre de Dilma, enquanto supergerente do governo passado.

A esclarecedora reportagem de Regina Alvarez e Patrícia Duarte, para o jornal Extra, diz que “O quadro fiscal preocupante, que exigirá um aperto inédito de R$ 50 bilhões nos gastos públicos este ano, é parte da herança deixada para a presidente Dilma Rousseff pelo antecessor e mentor Luiz Inácio Lula da Silva.

A farra de gastos no segundo mandato de Lula tem um preço, que já começou a ser pago pelo atual governo. A herança inclui inflação e taxa de juros em alta, uma carga tributária abusiva, um Orçamento engessado por despesas permanentes com pessoal, benefícios previdenciários e a impossibilidade de ampliar os investimentos.

Os gastos cresceram R$ 282 bilhões no governo anterior (descontada a inflação): 78,4% desse aumento ocorreu no segundo mandato. É preciso sobrar mais dinheiro para investimentos. E tem de começar pelo ajuste fiscal.

Só entre 2006 e 2010, as despesas do governo federal aumentaram R$ 221 bilhões, o que evidencia a guinada na política fiscal acentuada nos dois últimos anos de mandato, quando a crise global ofereceu ao governo uma justificativa para ampliar os gastos.

- O aumento da carga tributária, combinado com o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) e a redução do superávit primário deram ao governo Lula um poder enorme para gastar – observa o economista Fernando Montero, da Convenção Corretora..

Especialistas apontam a situação das contas públicas e os elevados gastos herdados do governo anterior como o maior problema econômico de Dilma neste início de mandato.

O cenário desfavorável na área fiscal influencia negativamente outras variáveis, como inflação e os juros -, embora, no caso dos preços, fatores externos também exerçam forte pressão, como a alta das commodities no mercado internacional.

Alcides Leite, especialista em contas públicas e professor da Trevisan, frisa que o aumento dos gastos correntes nos últimos anos, acima da expansão do PIB, impediu uma expansão mais robusta dos investimentos. E lembra que uma oferta maior de bens e serviços poderia minimizar a pressão inflacionária. Sem os investimentos, o país sente os efeitos no bolso, com preços maiores, já que a demanda continua bastante aquecida pela melhora de renda da população.

- É preciso sobrar mais dinheiro para investimentos. E tem de começar pelo ajuste fiscal (corte nos gastos de custeio) - recomenda.

O corte de R$ 50 bilhões anunciado semana passada pelo governo é um primeiro passo, na visão do especialista, desde que os investimentos sejam preservados.

A curva de inflação no segundo mandato de Lula esteve sempre em alta, mas começou a preocupar em 2010, quando fechou em 5,91%, bem acima do centro da meta fixada pelo governo (4,5%). Entre as razões dessa escalada está o aquecimento da economia, turbinada pelo aumento dos gastos do governo no ano eleitoral.

Para 2011, a previsão é de inflação de 5,66%. Por isso, o Banco Central voltou a elevar a taxa básica de juros em janeiro, após cinco meses, para 11,25% ao ano. E deve continuar puxando a Selic para cima, até que a inflação esteja sob controle. O processo encarece as linhas de crédito, inibindo o consumo, com reflexos sobre o crescimento da economia.

Diante desse quadro o tributarista Ilan Gorin, afirma que no momento falar em reforma tributária é um embuste, pois o “governo precisa fechar as contas. Por isso, não pode abrir mão de arrecadação. Só quando houver redução de gastos, poderá se desenhar uma reforma tributária”. –concluiu.

Veja o texto completo no Jornal Extra


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