16 de jul. de 2010

Argentinos podem casar com parceiro(a)s do mesmo sexo

ARGENTINA
Argentinos podem casar com parceiro(a)s do mesmo sexo
Depois de ter sido aprovado na Câmara, ontem o senado argentino aprova o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Já era permitida a união civil no país, mas ao GLSBT não estavam satisfeito, queriam todos os direitos que possui uma união entre homens e mulheres e conseguiram. Apesar da oposição forte da igreja católica argentina e outros segmentos religiosos. Os gays brasileiros estão roxos de inveja

Foto: Associated Press

Diante do senado argentino a bandeira gay tremulou vitoriosa

Toinho de Passira
Fontes: La Razón, BBC Brasil, La Nacion, Pagina 12

Após catorze horas de debates, os senadores argentinos ratificaram, na madrugada desta quinta-feira, o projeto de lei que autoriza o casamento entre pessoas do mesmo sexo no país.

A votação foi apertada, com 33 votos a favor e 27 contra. Com isso, a Argentina passa a ser o primeiro país da América Latina a autorizar o casamento gay.

O texto já tinha sido aprovado, no mês passado, pela Câmara dos Deputados. O projeto depende, agora, da sanção da presidente Cristina Kirchner para virar lei. Mas ela, desde Xangai, na China, onde se encontra de viagem, falou que o resultado da votação foi “um triunfo para sociedade’, e que a medida era “um rito de ampliação dos direitos civis”.

Foto: Getty Images

Falando da China sobre a forte oposição da Igreja Católica Argentina, Cristina disse simplesmente que “espera que a Igreja se modernize e que o discurso da igreja recorda os tempos da inquisição”.

A cidade de Buenos Aires já permitia a união civil entre pessoas do mesmo sexo, o que dava aos casais gays alguns direitos municipais iguais aos dos casais heterossexuais.

Com o casamento, porém, casais homossexuais que se casem em qualquer lugar do país terão todos os direitos iguais aos casais formados por homem e mulher, incluindo direito à adoção e a herança.

Na América Latina, o Uruguai e a cidade do México já tem leis permitindo a união civil entre homossexuais, mas a lei argentina é a primeira a permitir o casamento, seguindo outros países como Portugal, Espanha, Holanda, Bélgica, Noruega, Suécia, Islândia, Canadá e África do Sul.

Durante a madrugada, a sanção presidencial era considerada fato consumado nas televisões argentinas, que anunciaram que o “Senado transformou casamento gay em lei”.

Foto: Associated Press

Apesar do frio de 3ºC, simpatizantes da iniciativa, com bandeiras e balões brancos, permaneceram em frente ao Congresso Nacional, ao ar livre, até o fim da votação.

Após o resultado, eles continuaram no local, dançando e cantando, comemorando a aprovação do texto.

O projeto de lei vinha gerando fortes disputas entre o governo e a Igreja Católica e motivou protestos contra e a favor da medida.

Foto: Soledad Aznarez/La Nacion.

A gigantesca reação da Igreja Católica e Evangélica argentina não foi capaz de deter a aprovação da lei

Na véspera da votação no Senado, cerca de 60 mil pessoas, segundo cálculos da polícia, realizaram uma manifestação em frente o Parlamento.

A manifestação tinha sido convocada pela Igreja Católica e por grupos evangélicos. Eles levaram balões laranja e faixas que diziam: “As crianças têm direito a uma mãe e um pai”.

Nos últimos dias, padres de diferentes pontos do país leram, durante as missas, um documento defendendo “o bem inalterável do casamento e da família”.

Também na véspera da votação no Senado, mil pessoas se reuniram em outro ponto conhecido da cidade, em frente ao Obelisco, com vuvuzelas e panelaços, em apoio ao projeto.

Foto: La Nación

Dias antes, simpatizantes já tinham realizado manifestação a favor do casamento em frente ao Congresso. Eles levavam cartazes que diziam: “O mesmo amor, os mesmos direitos”.

Foto: Associated Press

Depois de aprovada a Lei, os futuros casais legais não se cansavam de comemorar


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