18 de jun. de 2010

BARRACO PETISTA: Senadora do PT cassada pela turma do Dirceu

BARRACO PETISTA
Senadora do PT cassada pela turma do Dirceu
A senadora Serys revela as mazelas internas do Partido dos Trabalhadores no Mato Grosso, e bate forte na direção nacional do PT e no deputado Carlos Abicalil, dirigente do PT do seu estado. A senadora não vai ter legenda para se candidatar a reeleição, por não fazer parte da patota do mafioso e sofisticado quadrilheiro José Dirceu, dono da antiga ala petista “Campo Majoritário” rebatizada de “Construindo um novo Brasil”, do qual o deputado Abicalil também faz parte.

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Serys acusa o presidente regional do partido, o deputado Carlos Abicalil, integrante do antigo "Campo Majoritário" de traição, deslealdade e oportunismo

Toinho de Passira
Fontes: Congressso em Foco

A senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) vive uma situação inusitada entre os 54 senadores cujos mandatos terminam em fevereiro de 2011. É a única que não concorrerá à reeleição por decisão do próprio partido. Primeira mulher a conquistar uma vaga no Senado por Mato Grosso, em 2002, Serys acusa o presidente regional do partido, o deputado Carlos Abicalil, de traição, deslealdade e oportunismo e de ter se apropriado da legenda no estado.

A petista também ataca o comando nacional do PT, que, segundo ela, foi conivente com Abicalil na cassação de sua candidatura à reeleição.

A direção nacional do PT determinou a realização de prévias entre os dois parlamentares depois que o deputado e a senadora não chegaram a um acordo sobre quem seria o candidato do partido ao Senado. Por tradição, as legendas costumam dar prioridade à candidatura dos senadores em final de mandato.

No final de abril, Abicalil venceu a disputa interna com uma vantagem de aproximadamente 300 votos. Desde então, Serys contesta o resultado das prévias na Justiça, alegando irregularidade na votação.

Na entrevista ao Congresso em Foco, Serys não cita uma vez sequer o nome do colega de bancada, diz que não votará nele para senador.

”Você vota em traidor? Eu não voto em traidor, dispara a petista. É muito difícil, para mim, subir no palanque ao lado de um traidor, uma pessoa que puxou meu tapete, cassou meu mandato. Hoje, sou grande vítima de um algoz, que se apoderou do partido”. “Falou agora eu é que mando, eu que decido, eu que sou, e ponto, e que me jogou para fora, protesta a senadora.

Pedagoga, advogada e professora aposentada da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Serys admite voltar à sala de aula após concluir seu mandato, mas descarta deixar o PT. Coordenadora da bancada feminina no Congresso, ela é a atual segunda-vice-presidente do Senado.

Gaúcha radicada em Mato Grosso desde 1966, a petista é ligada à tendência “Mensagem ao Partido”, liderada pelo ex-ministro Tarso Genro e os deputados José Eduardo Cardozo (SP) e Henrique Fontana (RS).

A senadora diz estar preocupada com a predominância do antigo Campo Majoritário (tendência rebatizada de Construindo um novo Brasil), do qual Abicalil faz parte, nos rumos do PT.

Como se vê José Dirceu, o verdadeiro dono dessa banda podre petista, está tentando montar uma bancada própria dentro do Congresso, para a próxima legislatura, só com companheiros fieis aos seus ditames.

Pelo visto vamos ter muitas saudades da corrupção dos dias atuais.

Leia a entrevista e a matéria de Edson Sardinha com a senadora no Congresso em Foco


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