25 de abr. de 2010

Os Kirchner e Chávez criam Mercosul da propina

ARGENTINA - VENEZUELA
Os Kirchner e Chávez criam Mercosul da propina
Um ex-embaixador argentino, que ficou muitos anos em Caracas, denunciou a tramóia que revela um MERCOSUL da corrupção, com uma carteira de propina de comércio exterior administrada pelos dois países. . Lula esta magoado por não haver sido convidado.

Foto: Associated Press

Os laços que ligam o casal presidencial argentino e o coronel presidente venezuelano estão repletos de história suspeitas, intimidades que ultrapassam o bom gosto diplomatico e grandes somas de dinheiro.

Toinho de Passira
Fontes: Estadão, El Nacional, El Nacional, O Globo

Eduardo Sadous, o diplomata que denunciou
O ex-embaixador argentino em Caracas, Eduardo Sadous, prestou declarações formais na justiça argentina, debaixo de juramento e advertido de riscos de ser processado por calúnia, que integrantes dos governos venezuelano e argentino por vários anos exigiram aos exportadores de ambos os países o pagamento de propinas de 15% a 20%.

Sadous também acusou os dois governos de manipular de forma irregular o fundo fiduciário (conta conjunta) argentino-venezuelano. O novo escândalo que liga o governo da presidente argentina, Cristina Kirchner, ao venezuelano Hugo Chávez, também envolve o poderoso ministro do Planejamento, Julio De Vido.

Foto: Reuters

De Vido, principal negociador dos acordos comerciais com a Venezuela, sendo recebido pelo presidente Hugo Chávez no Palácio Miraflores, em fevereiro passado

Segundo a deputada opositora Elisa Carrió as propinas eram de 25% - 15% ficavam para os venezuelanos e 10%, para os argentinos.

O novo escândalo também envolve um antigo aliado de De Vido - Claudio Uberti, acusado em 2007 de participação do "caso da maleta", um escândalo que escancarou o financiamento de Chávez à campanha presidencial de Cristina. Diretor do departamento de pedágios rodoviários, Uberti era considerado o "embaixador paralelo", em Caracas.

Irregularidades. Sadous diz que empresários argentinos do setor de alimentos e máquinas agrícolas que não pagaram as propinas foram prejudicados. ele também afirma que, durante seu período à frente da missão em Caracas, de 2002 a 2005, ele avisou Buenos Aires dos problemas no fundo conjunto.

Em uma mensagem interna, Sadous teria informado o Palácio San Martín - sede da diplomacia argentina - que a Venezuela não havia depositado os US$ 90 milhões que devia. A resposta veio de outro ministério, o do Planejamento: "Somos nós que lidamos com esse assunto."

Segundo o ex-embaixador, os US$ 80 milhões depositados pelo governo Chávez no fundo, em Nova York desapareciam durante alguns dias, pois voltavam à Venezuela para serem vendidos no mercado negro. Na sequência, de acordo com Sadous, eles eram usados para "comprar dólares no câmbio oficial e alguém ficava com os US$ 13 milhões de diferença".

Estranhamos a falta de alguns personagens falando português nessa história.


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