13 de mar. de 2010

Michelle Bachelet, uma esquerdista de primeira

MULHERES
Michelle Bachelet, uma esquerdista de primeira
A ex-presidente do Chile está entre as mulheres mais importantes e influentes do mundo. Dignificou o cargo, sem pirotecnia, nem populismo, enfrentando as dificuldades com determinação e autocrítica. Está naquela cota de pessoas, consegue fazer política com simplicidade e capacidade, de um jeito que nos faz ficar esperançosos com a humanidade

Foto: Associated Press

"Depois de 11 de março, podem seguir contando com essa cidadã que, de presidenta, passará a ser Michelle Bachelet". – disse a ex-presidente antes de deixar o cargo

Fontes: O Globo, BBC Brasil

Mesmo com muitas dificuldades e erros durante o socorro as vítimas do terremoto e as falhas de aviso de tsunamis que antecederam os seus últimos dias de governo a presidente Michelle Bachelet é a governante que registrou o maior índice de popularidade da história do Chile e da América Latina, sua aprovação é de 84%.

Na avaliação dos atributos pessoais da presidente, ocupa o primeiro lugar "ser querida pelos chilenos", característica que já era bem vista, mas subiu para 96% após o tremor.

Feita no início de março, a pesquisa mostra ainda que ela tem altos níveis de aprovação nos critérios relacionados a respeito e confiança. Os chilenos também acreditam que Bachelet conta com autoridade, liderança e capacidade para enfrentar situações de crise.

Barchelet tem uma biografia difícil, seu pais era general e foi morto como traidor, por não ter aceitado o golpe militar. Ela e sua mãe foram presas e torturadas, passaram anos no exílio. Seu primeiro filho nasceu na Alemanha.

Curioso é que como Ministra da Defesa, a primeira na história do país, que ela conseguiu popularidade suficiente para candidatar-se a presidente.

Parece que foi muito tempo, mas ela só cumpriu um mandato de quatro anos, quando venceu em segundo turno em segundo turno, Sebastián Piñera, que agora foi eleito em seu lugar.(no Chile não há reeleição)

Mas ruas próximas ao Congresso Nacional em Valparaiso, onde aconteceu à solenidade de sucessão não faltaram faixas com pedidos que ela retorne em 2014.

Dias antes de deixar o governo ela prometeu continuar ajudando as pessoas afetadas pelo terremoto, não mais como presidente, mas como cidadã chilena.

Foto: Cristian Torrejon/La Segunda


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