2 de mar. de 2010

ESPANHA – VENEZUELA: Chávez apoiou plano da FARC para assassinar Uribe

ESPANHA – VENEZUELA
Chávez apoiou plano da FARC para assassinar Uribe
O magistrado espanhol Eloy Velasco diz que há provas nos autos do processo que comprovam a participação do governo de Hugo Chávez, ajudando a Guerrilha Colombiana, FARC e o grupo terrorista espanhol ETA na conspiração que visava entre outras coisas, assassinar o presidente colombiano Alvaro Uribe em território espanhol

Foto: Getty Images

BATE BOCA SUL AMERICANOL: Da última vez que se encontraram, na cúpula latina, no México, Uribe afirmou que a decisão de Chávez a não comprar produtos colombianos, assemelhava-se ao embargo americano a Cuba. Chávez retrucou com desculpas esfarrapadas e afirmou que ia se retirar do recinto. Então Uribe foi direto na jugular:"...Seja homem e permaneça aqui, e falemos de frente, porque o senhor às vezes insulta à distância". Se não fosse a turma do deixa disso ...

Fontes: G1, El Universal, Diario Directo, AFP, El Pais, Publico, Reuters

A Os guerrilheiros da FARC planejaram assassinar na Espanha o presidente da Colômbia Alvaro Uribe, e para tanto pediram ajuda aos terroristas do grupo separatista espanhol, ETA. Nesta empreitada receberam colaboração do governo venezuelano, é o que afirma o juiz espanhol Eloy Velasco, da Audiência Nacional, principal instância penal espanhola.

O magistrado em despacho num processo motivado pelo ministério público espanhol, diz ainda que entre outras possíveis vítimas colombianas, estavam ainda relacionadas, o presidente que antecedeu Uribe, Noemi Sanin, embaixadora em Madrid entre 2002 e 2008, o vice-presidente atual, Francisco Santos e o ex-presidente da câmara de Bogotá Antanas Mockus.

O magistrado está processando criminalmente seis membros da ETA e sete das FARC por colaboração em tentativa de assassinato.

O presidente Alvaro Uribe falando à rádio RCN de Bogotá, disse não ficar surpreso com o fato de as Farc tentar assassiná-lo, mas mostrou-se prudente sobre a possibilidade da Venezuela ter cooperado com a ETA e as Farc. Disse que por vias diplomáticas procurará obter mais informações dos fatos, antes que possa s pronunciar.

Foto: Arquivo

No famoso laptop de Raúl Reyes, encontrado pelo exercito colombiano, junto ao corpo do guerrilheiro, estavam emails e relatorios das atividades da FARC em ligações com o ETA, apoiado pela Venezuela, em busca de apoio para assassinar Uribe.

Segundo o juiz Velasco, as Farc chegaram a vigiar o ex-presidente colombiano Andrés Pastrana, que vivia em Madri, e a embaixada colombiana, considerando-os objetivos fáceis "desde que contassem com a ajuda da ETA".

Por isso, as Farc "pediram a membros da ETA colaboração para localizar na Espanha", além de Pastrana e Uribe, outras personalidades como o vice-presidente colombiano Francisco Santos, entre outros.

A ajuda da ETA está comprovada num correio eletrônico no computador apreendido de Raúl Reyes, número dois das Farc, que morreu numa operação colombiana contra a guerrilha, no Equador, em março de 2008.

A informação conseguida depois da morte de Reis levou precisamente a promotoria da Audiência Nacional a oferecer queixa, em dezembro de 2008, o que desembocou nos atuais procedimentos.

Foto: Reuters

O chefe do governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, confirmou que pediu explicações ao governo venezuelano de Hugo Chávez, sob os fatos da denúncia do Juiz espanhol.

De acordo com Velasco, o ETA há muitos anos tece redes com organizações e partidos da América Latina. Mais de quarenta membros do grupo chegaram a morar durante algum tempo na região, onde têm mantido um diálogo privilegiado com o governo de Hugo Chávez.

Prova disso é que um dos líderes do grupo, Arthur Cubillas Fontan, de 46 anos, não apenas é casado com uma funcionária de alto escalão do governo venezuelano, a diretora-geral do Gabinete do Presidente, Goizeber Odriozola Lataillade, como atualmente tem um cargo no governo Chávez, como diretor do Escritório de Administração e Serviços do Ministério da Agricultura.

De acordo com a investigação, Cubillas atuou como representante do grupo separatista basco na Colômbia por muitos anos e foi um dos principais responsáveis pela coordenação das relações do ETA com as Farc.

Nesse intercâmbio entre as duas organizações, que já existe desde a década de 80, os separatistas teriam aprendido técnicas de guerrilha e se especializado na produção de explosivos e mísseis. Em contrapartida, o ETA se comprometeu a monitorar, na Espanha, possíveis alvos das FARC.

Segundo Velasco, em março e setembro de 2000, dois integrantes das Farc, Edgar Gustavo Navarro Morales, conhecido como Mocho, e Víctor Ramón Vargas Salazar, o Chato, mudaram para Espanha e pediram "colaboração" de membros do ETA para seguir Pastrana e, mais recentemente, o atual presidente colombiano Uribe.

Além de Cubilla, constam do processo os nomes de José Ignacio Echarte Urbieta, Ignacio Domínguez Achalandabaso y José María Zaldua sob a acusação de posse de explosivos e José Angel Urtiaga Martínez e José Miguel Arrugaeta San Emeterio, juntamente com os membros das FARC Emiro del Carmen Ropero, Rodrigo Granda, Remedios García, Luciano Martín e Omar Arturo Zabala, também em colaboração com o grupo terrorista.

O magistrado ordenou que o processo seja transferido do Ministério do Interior para o de Negócios Estrangeiros para garantir a cooperação dos governos de Venezuela e Cuba, onde os suspeitos estariam refugiados, para que eles sejam extraditados para Espanha para serem julgados.

O presidente da Colômbia Alvaro Uribe e o da Venezuela Hugo Chávez estiveram muito próximos, hoje, 01, na posse do presidente do Uruguai José Mujica, hoje, 01. Mas ao que se sabe não tiveram nenhum contato público. Uribe inclusive só assistiu parte da cerimônia, deixando o país logo após o juramento do novo presidente no congresso nacional.

Foto: Reuters

Chávez nega tudo, acusa a Espanha de colonialismo, mas não convence.

Hugo Chávez que através de sua chancelaria tem negado as acusações, continuou no Uruguai acompanhando a festa popular da posse do novo presidente.

Para Chávez a acusação são "Memórias tristes e vestígios de um passado colonial” alegando que a Espanha persegue a Venezuela, sua antiga ex-colônia, com essas acusações.

Como se vê o amigo de Lula não tem nenhuma explicação para os crimes de que é acusado, pelo juiz espanhol. Deve ficar com as barbas de molho, quando deixar o governo e for a Europa, pode acabar preso. Compactuar e auxiliar terroristas, não é visto com simpatia no velho continente.

O juiz espanhol não iria tornar pública uma denúncia desse porte, envolvendo nações, se não dispusesse de provas incontestáveis.



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