4 de fev. de 2010

VENEZUELA: Chávez 11 anos no poder e sem disposição de sair

VENEZUELA
Chávez 11 anos no poder e sem disposição de sair
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, lembrou que tem 55 anos de idade ao comemorar hoje os 11 anos como governante, previu que aos 66 estará a 22 no poder, mas que seria "demais" chegar aos 77 anos na Presidência, totalizando 33 de Governo

Foto: Associated Press

Na solenidade de posse do novo vice-presidente, Elías Jaua diante dos ministros e seguidores, prometeu que os "yankees" nunca mais vão governar a Venezuela

Fontes: O Globo, Blog do Noblat, Diario de Noticias, Ultimo Segundo

Dia da Dignidade Nacional. É assim que o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, e seus simpatizantes se referem à data de hoje, feriado nacional desde que ele assumiu o poder, há 11 anos. O objetivo é comemorar o aniversário de seu nascimento no cenário político. Há 18 anos, Chávez deu início a sua revolução bolivariana, tentando dar um golpe de Estado contra o presidente Carlos Andrés Pérez.

Na terça-feira, dia 2 de fevereiro, o presidente celebrou, com um discurso de várias horas, o 11 aniversário do governo bolivariano. Mas as palavras de Chávez não conseguiram abafar a crise. Depois de sofrer quatro baixas no governo na última semana, terça-feira foi a vez de o ministro do Turismo, Pedro Morejón, pedir demissão.

- Tenho 55 anos e 11 como presidente. Nos próximos 11 prometo me cuidar um pouco mais e, se vocês quiserem, dentro de 11 anos eu terei 66; e, se Deus quiser, 22 na presidência. Depois disso, mais 11 anos seriam demais - brincou, rindo,rindo, antes de ouvir como resposta um sonoro "não!" vindo da plateia.

Foto: Associated Press

"Celebramos apenas 11 aninhos. É um menino ainda o nosso Governo. É uma menina a nossa revolução", exclamou, revelando que recentemente um padre recomendou que cite o apóstolo São Paulo e dizer: "Vou consumir-me com gosto ao vosso serviço."

Desde o fim do ano passado, a Venezuela adota medidas de racionamento de energia em função das secas. Chávez desistiu de limitar o consumo de energia elétrica em Caracas ciente do "impacto indesejável" na opinião pública.

Mas, para especialistas, o racionamento na capital é iminente. Em Caracas, a população não sofre com apagões, mas há nas ruas muitos cartazes pedindo que os venezuelanos poupem energia. Quem desembarca à noite na cidade percebe casas, ruas e estradas com pouquíssima luz.

A água já é racionada em vários cantos da capital, em dias alternados de acordo com o bairro.

A tarefa do Presidente não está fácil, com um aumento do descontentamento em relação ao seu Governo. A crise energética, a falta de água e a insegurança, são as bandeiras da oposição, abraçadas pela maioria da população insatisfeita.

Chávez precisa uma vitória clara nas próximas eleições legislativas, no meio do ano para poder calar os críticos e continuar governando sem redeas, como vem fazendo até agora.


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