2 de fev. de 2010

ELEIÇÃO 2010: Ciro insiste em candidatura à presidência

ELEIÇÕES 2010
Ciro insiste em candidatura à presidência

Fotomontagem Toinho de Passira

Fontes: Coluna de Cristiana Lôbo

Na volta aos trabalhos do Congresso e depois de pesquisa demonstrando que perdeu pontos na corrida presidencial, o deputado Ciro Gomes disse que seu propósito é disputar a sucessão do presidente Lula. Ele afirmou que são mínimas, perto de zero, as chances de aceitar o apelo do presidente Lula para disputar o governo de São Paulo.

Depois de um rápido abraço em Antonio Palocci, no cafezinho da Câmara, Ciro disse que pretende levar sua candidatura à presidência até onde der -”até outubro, às urnas”, disse – e argumentou que há espaço para sua candidatura na corrida presidencial, dentro do campo de apoio ao presidente Lula. Palocci anunciou ontem que não disputará o governo de São Paulo, vaga que o PT oferece a Ciro Gomes.

– Pretendo ser candidato à presidência e explorar as riquezas e complexidades de uma eleição em dois turnos. Acho que posso ter participação importante, pois valoriza o eleitor dando-lhe mais uma alternativa e não aquele voto por negação, do tipo voto neste porque não gosto daquele. Acho que só eu posso fazer o discurso do conservar o rumo extraordinário traçado pelo presidente Lula, com a necessidade indispensável de renovação – disse ele.

A declaração de Ciro ocorre no momento em o presidente Lula, segundo aliados, estaria convencido de que sua estratégia é a de ter uma única candidatura no campo governista, de modo a polarizar a disputa entre PT e PSDB – “nós contra eles”, tem dito Lula-. Ciro parece não concordar com a avaliação de Lula.

– É indisfarçável que sou aliado de Lula, mas o trato como líder político e não como mito. Assim, discordo da avaliação dele. Alguns o tratam como mito, como santo, como inquestionável… disse Ciro, acrescentando que não recebe recados do presidente sobre a estratégia eleitoral, mas conversa diretamente com ele. Na última conversa que tiveram, segundo Ciro, ficou “apalavrado” que sua candidatura seria mantida até março, pelo menos, para nova conversa, mas ele pretende mantê-la.


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