24 de fev. de 2010

CUBA - BRASIL: Raúl culpa EUA pela morte do dissidente, Lula silencia

CUBA – BRASIL
Raúl culpa EUA pela morte do dissidente, Lula silencia
O impiedoso ditador cubano Raúl Castro teve o cinismo de dizer que lamentava a morte do dissidente cubano Orlando Zapata, em greve de fome de 85 dias

Foto: André Dusek/AE

Raúl Castro ao lado do presidente Lula que visita Cuba, disse lamentar morte do dissidente, e culpou os Estados Unidos? Lula fingiu que não tinha nada a dizer

Fontes: Portal Terra, BBC Brasil, BBc Brasil, Último Segundo, The New York Times, Correio Braziliense

O presidente de Cuba, Raúl Castro, disse, ao lado do presidente Lula nesta quarta-feira em Havana que a morte do preso politico Orlando Zapata Tamayo é resultado da relação do país com os Estados Unidos.

A morte de Zapata, de 42 anos, ocorreu na terça-feira após uma greve de fome de 85 dias.

Desde que ele foi preso em 2003, a organização internacional de defesa dos direitos humanos Anistia Internacional classificava Zapata como "prisioneiro de consciência", mas Cuba considerava ele e outros prisioneiros dissidentes como "mercenários" a serviço dos Estados Unidos.

Lamentamos muitíssimo (a morte). Isso é resultado dessa relação com os Estados Unidos", disse Castro, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que visita Cuba.

Raúl não explicou porque os americanos são os responsáveis pela morte do dissidente cubano.

Zapata foi preso em fevereiro de 2003 e condenado – num julgamento sumaríssimo e com provas e testemunhas falsas, como todos ou demais – a 3 anos de prisão, sendo esta pena aumentada mais tarde para 36 anos por delitos de “desacato”, “desordem pública” ou “resistência”.

Foto: Associated Press

Um dos locais em Havana onde foi feito uma homenagem ao preso político Orlando Zapata, foi visitado por inúmeros dissidentes. Há notícias de inúmeras prisões.

Castro disse ainda que muitos outros cubanos também haviam morrido vítimas do que chamou de "terrorismo de Estado", que seria, segundo ele, praticado pelo governo americano.

O líder cubano teve a coragem de dizer também que nunca "assassinou ninguém".

"Não assassinamos ninguém, aqui ninguém foi torturado, mas sim na (vizinha, de posse americana) base de Guantánamo, não em nosso território."

Ele disse ainda que está disposto a discutir com o governo americano "todos os problemas que eles tiverem".

"Repito três vezes, todos, todos, todos. Mas não aceitamos se não for em absoluta igualdade."

"Aqui não há uma máxima liberdade de expressão, mas se os Estados Unidos nos deixarem em paz, poderá haver", disse.

A imprensa noticiou que um grupo de cerca de 50 dissidentes cubanos detidos teria preparado uma carta na qual pediriam para que o presidente Lula intercedesse em seu favor durante encontro com Castro.

Lula não quis comentar o assunto, mas saiu com a desculpa de sempre, de nada saber, e mandou o assessor especial da Presidência, Marco Aurélio TopTop Garcia, dizer aos jornalistas que nem o governo nem a embaixada brasileira receberam a carta.

O governo de Cuba considera os prisioneiros dissidentes como "mercenários" a serviço dos Estados Unidos.

Foto: Associated Press

Os Estados Unidos se sentem "profundamente consternados" pela morte do preso político cubano Orlando Zapata após mais de dois meses de greve de fome, declarou nesta quarta-feira (24/2) a secretária de Estado, Hillary Clinton, quando falava ao Senado Americano

Há poucas semanas, a Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional havia afirmado que o estado de saúde de Zapata era "preocupante" e feito um apelo por sua libertação imediata.

Em seu relatório anual, publicado em janeiro, a CCDHRN afirmou que havia 201 presos políticos em Cuba.

Foto: Arquivo

Raúl matou tanta gente que já não se lembra. Virou coisa banal Aqui vai uma foto em que ele, serenamente, venda um preso imobilizado momentos antes de fuzilá-lo. Eis o homem que diz nunca ter matado ninguém. Comentário e foto do Blog do Reinaldo Azevedo


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