18 de fev. de 2010

BRASIL- Surpresa: a Petrobrás está importando gasolina

BRASIL
Surpresa: a Petrobrás está importando gasolina
Na terra do pré-sal, das grandes refinarias, da “auto suficiencia” em petroleo, falta gasolina para o consumo interno. A Petrobras, que era exportadora de gasolina, agora não tem estoques, nem para uma emergência, nem consegue produzir mais quando precisa, nem foi nem capaz de prever as necessidades futuras. Esse é uma exemplo claro do estilo deteriorador e incompetente petista de administrar. Agora estamos nas mãos do sr Hugo Chávez.

Fotomontagem de Toinho de Passira

PTBRAS, a maior incidência danosa de petistas por m², auto-suficiente em corrupção, apadrinhamentos, superfaturamentos e dispensas marotas de licitações

Fontes: Agência Senado, Estadão, Veja Abril

A desculpa da Petrobras é que a crise do etanol, obrigou a empresa a importar gasolina, depois de 40 anos de autonomia. O impressinoante é que até um mês atrás nos eramos exportadores. A Petrobras vendeu a preços inferiores a gasolina que agora está comprando da Venezuela, ao invés de fazer estoques no Brasil, que previsivelmente iria necessitar, com os problemas enfrentados pelo etanol.

O combustível foi embarcado na Venezuela, que já conta com encomendas futuras, e chegará ao litoral brasileiro ainda neste mês. Segundo a empresa, foram importados aproximadamente 270 mil metros cúbicos. É o equivalente a cerca de 2 milhões de barris.

"Para os meses subsequentes, a Petrobrás está avaliando a necessidade de importação e, se existente, estimará o volume a ser importado", informou a petroleira, por meio de nota.

A necessidade de importar gasolina veio dos problemas que o etanol brasileiro vem enfrentando nos últimos meses e da falta de planejamento da Petrobras. A chuva que interrompeu a colheita e o desvio de parte da cana plantada para a produção de açúcar, com excelente cotação no mercado internacional, fizeram com que a oferta do produto fosse insuficiente para atender à crescente demanda interna.

Os preços do etanol subiram e, pontualmente, houve desabastecimento nas bombas. A expectativa é que o mercado só comece a se normalizar com o início da safra, que em algumas usinas será antecipada de abril para o fim deste mês.

Com o etanol mais caro, os donos de carros flex deixaram de ver atratividade no combustível e migraram para a gasolina, sob o argumento de uma melhor relação custo/rendimento. Além disso, desde 1º de fevereiro está em vigor uma mistura menor de etanol na gasolina. Em vez dos 25% de etanol, a gasolina passou a ter 20%. Tudo na tentativa de derrubar a demanda pelo etanol até que o fornecimento seja normalizado e os preços voltem a cair.

O problema é que, com estoques baixos e aumento do consumo de gasolina, a Petrobrás recorreu à importação para dar conta da demanda sem deixar os consumidores a pé.

Especialista em energia, Adriano Pires, diretor-fundador do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), analisa que os últimos movimentos do governo e da Petrobrás claramente mostram a preocupação com o risco de desabastecimento tanto de gasolina quanto de etanol. Ele cita a redução do etanol na gasolina e agora a importação de gasolina. Além disso, o governo ensaiou recentemente a suspensão temporária do imposto de importação para o etanol.

"Há três anos, Lula falava que o Brasil se tornaria a Arábia Saudita verde e agora passamos por esta situação em que a luz amarela acendeu", opina.

Pires acha estranho o fato de, apesar da Lei do Petróleo, os produtores brasileiros não terem uma política de estoque de combustíveis. "O ideal seria ter um estoque para pelo menos três meses.”

Nos Estados Unidos o estoque atual, divulgado no site da Agência de Energia do país, é de 230 milhões de barris. "Lá, os números são transparentes. Aqui, com o monopólio da Petrobrás e a Agência Nacional do Petróleo (ANP) que não cumpre o seu papel, tudo é um mistério", critica.

Para Ildo Sauer, professor da Universidade de São Paulo e ex-diretor da Petrobrás, o volume de 2 milhões de barris não chega a ser expressivo, já que é equivalente à produção diária da Petrobrás. Mas Sauer também se surpreendeu com a importação. "A empresa era superavitária de gasolina desde a entrada do Proálcool, nos anos 70", lembra. A compra da gasolina venezuelana resultará em uma conta de cerca de US$ 140 milhões para a Petrobrás.

A coisa está feia, e ninguém vai se surpreender se a Petrobras também vier a importar etanol, o que seria a desmoralização total.

Sabe com é, quando o petroleo baixa os preços no mercado internacional, esse benefício nunca é repassado para o consumidor final brasileiro, mas com essas despesas extras batendo na porta da nossa Petrobras, podemos esperar uma alta na gasolina, para logo mais.


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