19 de dez. de 2009

VENEZUELA: Juíza transferida para se assassinada no presidio

VENEZUELA
Juíza transferida para se assassinada no presídio
Apesar dos apelos de familiars e da ONU, desde quinta-feira, a juíza venezuelana Maria de Lourdes Afiuni, foi posta no presídio feminino junto a mais de 500 presas, onde recentemente ocorreu uma rebelião, e tendo como companheira de cárcere algumas detentas por ela condenadas

Foto: Arquivo

Pelo visual da placa dá para avaliar as condições de acomodação do presídio feminino venezuelano

Fontes: El Universal, Globovision, Atraves da Venezuela, El Nacional, El Univesal

Apesar dos riscos de morte, transferiram a juíza Maria de Lourdes Afiuni, presa por ter concedido habeas corpus a um dos presos políticos de Hugo Chávez, para o presídio feminino, onde se encontram algumas das mais perigosas meliantes, traficantes e assassinas venezuelanas, algumas delas condenadas ao cárcere pela magistrada.

A família da juíza, através do seu irmão, Afiuni Nelson, denunciou, pediu e até implorou ao governo, que deixasse temporariamente a sua irmã, no presídio da DISIP, a poderosa polícia política de Chávez. Apenas por questão de segurança.

Também de nada adiantou o relatório da ONU, enviado para o governo venezuelano, afirmando que é imperativa a libertação, da Juíza Maria de Lourdes Afiuni, de “forma imediata e incondicional”, uma vez que foi legítima e correta, a sua decisão de liberar o preso político, o banqueiro Eligio Cedeño, para responder o processo em liberdade.

Foto: El Universal

A DISIP, a Gestapo de Hugo Chávez, em ação

Os familiares estavam visitando a juíza, no presídio da polícia, nesta quinta-feira, quando foram expulsos da sala, sem explicações. Só depois que viram um grupo de viaturas da DISIP, saindo, a toda velocidade, num ruidoso comboio, como quem conduzia um perigoso bandido, compreenderam que Maria de Lourdes estava sendo transferida para o presido feminino.

A juíza só não havia sido deslocada, desde o sábado, depois que sua prisão foi confirmada pela justiça, pois havia ainda um clima de insegurança e intranqüilidade pela recente rebelião no “Instituto Nacional de Orientación Femenina”, em Los Teques.

Há pouco mais de 8 dias, o mesmo, presídio feminino, foi dominado por um grupo de 60 presas, que queimaram colchões, danificaram as celas e enfrentaram a Guarda Nacional.

O conflito durou quatro dias e só foi encerrado, quando o diretor nacional de prisões, Miguel Jiménez e a diretora de reabilitação Consuelo Cerrada, receberam uma comissão de sete presas e atenderam as suas exigências: tirar do castigo, por indisciplina, 12 companheiras reclusas e demitir a diretora, Isabel González.

Observe-se que esse sistema penitenciário está sob o controle dos presos e o prédio, depois da depredação das rebeldes, encontra-se sem as mínimas condições de funcionamento. A família da juíza teve que mandar um colchonete, para que ela não continuasse dormindo no chão da cela.

Tem-se como boa notícia, que desde que chegou ao presídio, a direção atual, ciente dos riscos, colou-lhe numa área isolada, longe das outras detentas. Não se sabe, porém, até quando essa situação vá perdurar, uma vez que o presidente Chávez está regressando a Venezuela, nesse sábado, vindo de Copenhague e talvez não permita que ela continue protegida.

Veja a desesperada entrevista do irmão da juíza, para a Globovision


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