17 de dez. de 2009

CONFERÊNCIA DO CLIMA: Lula não foi salvar o planeta, foi socorrer Dilma

CONFERÊNCIA DO CLIMA:
Lula não foi salvar o planeta, foi socorrer Dilma
O presidente chegou um dia antes do previsto, na Conferencia do Clima, mais preocupado com os descaminhos, desencontros e trapalhadas da delegação brasileira, sob o comando da ministra candidata, do que com a elevação da temperatura terrestre

Foto: Ricardo Stuckert / PR

O clima não estava nada bom entre a ministra Dilma cosquinha e o presidente Lula, no café da manhã de ontem, em Copenhague

Fontes: Blog de Miriam Leitão, Jornal do Brasil

A ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, chegou a Copenhague, desde segunda-feira, com o pomposo título de chefe da delegação brasileira no COP-15, disfarçada de ambientalista e treinando para aparecer exercendo uma liderança, longe de Lula. Fracassou nas duas frentes, nem convenceu como ambientalista e muito menos como líder independente. De quebra ainda entrou para o folclore do evento, assustando os participantes com uma declaração trocada.

Logo no primeiro dia, a ministra mostrou para que veio, insegura, trapalhona, insegura e equivocada. O auge foi a gafe da apresentação do plano brasileiro, quando num ato falho, apesar de estar lendo um texto, desandou a falar mal do meio ambiente, deixando a platéia perplexa:

“O meio ambiente é, sem dúvida nenhuma, uma ameaça ao desenvolvimento sustentável. E isso significa que é uma ameaça para o futuro do planeta e para os nossos países”- falou Dilma naquele tom de sargentão querendo mostrar autoridade

O mais provável é que quisesse dizer que “aquecimento global é uma ameaça...”

Na avaliação de especialistas consultados pela Agência Estado, Dilma tem vislumbrado na defesa do meio ambiente apenas uma oportunidade de colher dividendos eleitorais. Os ambientalistas apontam que a ministra ainda não conseguiu dissociar sua imagem pública do imbróglio político que culminou na saída da senadora Marina Silva (PV-AC) do Ministério do Meio Ambiente.

As duas entraram mais de uma vez em divergência por conta da concessão de licenças ambientais para a realização de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), como as usinas do Rio Madeira. Marina deixou a pasta em 2008, depois de se sentir desautorizada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que repassou o comando do Plano da Amazônia Sustentável para o então ministro de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger.

Desde então, Dilma ficou conhecida como a gerente do PAC e a responsável pela saída de Marina Silva.

Foto: Ricardo Stuckert / PR
BR> COPENHAGUE: Ministro Minc dedurando Dilma para Lula: - “Foi ela quem inventou essa história de cosquinha...!”

A delegação brasileira, no meio do desentendimento geral das nações, desentende-se entre si, o ministro do Meio-Ambiente, Carlos Minc e a chefe da delegação, a ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, têm tido divergências de linguagem e atuam descoordenados.

Mais o ponto alto foi quando a ministra simulando segurança protestou afirmando que os países ricos estavam tentando “inverter papéis” e classificou como “um escândalo” a proposta de que emergentes contribuam para um fundo global de combate às mudanças climáticas.

”Aceitar que países em desenvolvimento são iguais aos países desenvolvidos é um escândalo” – disse a ministra Dilma

Ao contrário do que defendeu Dilma, a senadora Marina Silva (PV-AC), que também está em Copenhague, considerou que o Brasil pode colaborar para o fundo.

– “O Brasil, que já emprestou recursos ao FMI, pode entrar com US$ 1 bilhão e até mais” – ilustrou a ex-ministra do meio ambiente do Brasil.

Fotos: Reuters

COPENHAGUE: Marina Silva e José Serra, afinados e fazendo sombra sobre a ministra candidata

O governador José Serra, que também está por lá, apoiou a idéia de Marina e comentou que a cifra citada é possível e diz que a contribuição teria principalmente um valor simbólico, para pressionar os países ricos a colaborar.

Mais tarde, porém, Dilma afirmou que uma contribuição de US$ 1 bilhão do Brasil para um fundo internacional climático “não faz nem cosquinha”, desdenhando da proposta de Marina Silva.

– Os valores estão em torno de US$ 120 bilhões, US$ 150 bilhões. Tem valores de US$ 500 bilhões sobre a mesa de negociações – afirmou Dilma em seguida combatendo o apoio de Serra, acrescentou - “O que a gente tem que fazer são medidas reais, concretas, comprometidas”.

Vendo o barco afundar de longe, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva antecipou em um dia a sua viagem para Copenhague.

Segundo Miriam Leitão o presidente Lula chega a Conferência do Clima falando em cerca de US$ 200 bilhões como o esforço brasileiro para combater as mudanças climáticas, acrescentando em 199 bilhões o que propôs a ex-ministra Marina Silva, e que havia sido rejeitada pela sua chefe de delegação.

Miriam diz que ele mandou que a equipe calculasse tudo o que será investido em energia, agricultura, combate ao desmatamento, para ter um número bilionário, que será gritado nesse leilão de bilhões, sem compromisso e sem responsabilidade.

Na verdade Lula não veio às pressas para Copenhague pensando em salvar o planeta, veio tentar tirar a sua candidata Dilma da merda.

Veja a trapalhona Dilma dizendo o que realmente pensa:




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