21 de nov. de 2009

ELEIÇÕES 2010: Leve tremor no palanque de Dilma em Pernambuco

ELEIÇÕES 2010
Leve tremor no palanque de Dilma em Pernambuco
Não foi nada demais, apenas João Paulo passando os pés pelas mãos. O petista espalhou boatos que poderia sair candidato a governador, disputando com Eduardo as próximas eleições, criando um clima que Eduardo ficaria no palanque de Ciro Gomes Presidente e ele no de Dilma. Resultado, ficou com cara de tacho: perdeu o cargo de secretario e as chances de sair candidato ao senado

Foto: AguinaldoLima/Divulgação

João Paulo bem que assedia a ministra Dilma, mas ela sempre foge e cai nos braços de Eduardo Campos, onde se sente mais segura

Fontes: Blog do Noblat, Blog do Jamildo, Blog Inaldo Sampaio, Blog da Folha de Pernambuco

O Blog do Noblat comenta que o palanque em Pernambuco da candidatura de Dilma Rousseff à sucessão de Lula sofreu, um poderoso abalo com a renúncia do ex-prefeito do Recife, João Paulo (PT), ao cargo de secretário estadual da Articulação Regional do governo Eduardo Campos (PSB).

A saída de João Paulo do governo, continua Noblat, tem a ver com a saída de Alexandre Catão do cargo de diretor Geral do Porto do Recife. Catão devia o cargo a João Paulo. Foi demitido por Fernando Bezerra Coelho (PSB), secretário de Desenvolvimento Econômico.

Coelho quer ser candidato a uma das duas vagas ao Senado no próximo ano. João Paulo é candidato ao Senado dentro do acordo firmado entre o PT e o PSB. Faz parte do acordo o PT apoiar a reeleição de Eduardo, presidente nacional do PSB.

João Paulo está convencido de que Coelho não demitiria Catão sem consultar antes o governador. Sentiu-se desprestigiado e anunciou esta tarde que está deixando o governo. Eduardo já nomeou o substituto dele - José Patriota (PSB), atual presidente do Pró Rural, um dos programas do governo.

- Minha candidatura ao Senado está nas mãos do governador e do presidente Lula - declarou João Paulo.

Ele desmentiu informação, que circulou no Recife, dando conta de que fora advertido pela direção nacional do PT para a hipótese de o partido e o PSB disputarem separados as eleições no Estado caso Ciro Gomes concorra pelo PSB à vaga de Lula.

Nesse caso, João Paulo poderia vir a ser o candidato do PT à sucessão de Eduardo, abrigando Dilma no seu palanque. No palanque de Eduardo estaria Ciro.

Dentro do próprio PT, João Paulo enfrenta dificuldades para ser candidato ao Senado. Ele e Humberto Costa, ex-ministro da Saúde e atual secretário de Cidades do governo Eduardo, não se bicam. Humberto disputou o governo em 2006 e foi derrotado por Eduardo.


Humberto Costa, da turma das Sanguessugas, e João Paulo o estrategista trapalhão
ACRESCENTAMOS que desde que Humberto tentou concorrer à prefeitura do Recife, na sucessão de João Paulo, que e ele não deixou tentando exibir seu poder dentro do partido e junto ao eleitorado recifense, embora tenha quebrado a prefeitura do Recife para fazer seu candidato vencer, que Eduardo Campos ficou com o pé atrás.

O governador mais tarde deu-lhe uma secretaria, mais para deixá-lo atado e debaixo de sua mira, do que para prestigiá-lo, como muitos possam imaginar.

Sem fazer cerimônia João Paulo começou a extrapolar conspirando contra a reeleição de Eduardo, com esses boatos de dois palanques para Presidente em Pernambuco.

Se a mãe de Eduardo Campo, a deputada Ana Arraes, candidatar-se a presidente da República, Eduardo não deixaria de apoiar a candidata de Lula, Dilma Rousseff.

Se o candidato do seu partido Ciro Gomes se candidatar, o que é improvável, só acontecerá se Lula der sinal verde, e mesmo assim, Eduardo vai acomodar os dois no seu palanque.

Nas últimas eleições presidenciais, Lula juntou no palanque de Pernambuco, o atual governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) e o seu concorrente, Humberto Costa do PT. Agora o fato se repetiria de forma inversa com os dois candidatos a presidentes acomodados no palanque de Eduardo.

Essa história de tentar sair candidato a governador de Pernambuco é bravata sem fundamento de João Paulo, sem o aval de Lula ele não conseguiria nem ser indicado pelo partido.

Já dissemos aqui algum tempo atrás, que o governador Eduardo Campos poderá até deixar que João Paulo candidate-se a senador pela coligação, mas só se ficar bem claro que foi ele, o governador, quem assim o quis.

Mesmo com a reeleição praticamente na mão, Eduardo Campos não se acomoda, nem perdoa, se o petista resolveu peitá-lo vai continuar se dando mal.

Foto: Ricardo Stuckert/PR

Lula: preferências evidentes por Eduardo Campos (PSB), em detrimento a João Paulo (PT)

João Paulo, apesar de ser petista, perde feio em qualquer disputa para Eduardo Campos se precisar do aval de Lula.

Os mais importantes colunistas políticos de Pernambuco, depois deste último gesto, afirmam que está definitivamente frustrada a sua proposição ao Senado, sairá candidato a Deputado Federal e se não pedir voto para Dilma, vai pedir para quem?

Portanto, diferentemente do que afirma Noblat acreditamos que a situação do palanque de Dilma em Pernambuco está inalterada.

Infelizmente!


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