13 de out. de 2009

Supositórios explosivos obrigam revista em raios-X

Supositórios explosivos obrigam revista em raios-X
O uso de aparelhos de raios-X para revistar passageiros no aeroporto inglês de Manchester cria polêmica pela exposição do corpo do viajante, a segurança está sendo redobrando, pois, descobriu-se que o Al-Qaeda, usou, pelo menos uma vez, uma experiência de supositório explosivo em um dos seus homens bomba

Foto: Arquivo

Apesar de bastante eficiente o sistema tem causado polêmica, mas veio para ficar

Fontes: BAND, The Telegraph, Le Figaro, El Porvenir

O aeroporto de Manchester, na Inglaterra, testa uma nova tecnologia para revistar passageiros. A inovação é uma máquina de raios-X que revela todos os objetos que a pessoa carrega no corpo, evitando assim as revistas feitas com as mãos.

Além de diminuir o constrangimento, a nova tecnologia busca aumentar a segurança nos aeroportos, e evitar que armas e explosivos entrem nas aeronaves.

Na semana passada, as autoridades francesas alertaram que a rede Al-Qaeda estava desenvolvendo supositórios explosivos para cometer atentados suicidas.

O primeiro atentado desta natureza ocorreu em Agosto, contra o filho do ministro do Interior da Arábia Saudita, que escapou ileso. O kamikaze tinha passado por aeroportos e sido submetido a apertados controlos antes de ter acesso ao gabinete do ministro a quem tinha pedido uma entrevista.

Os riscos são particularmente elevados nos aeroportos, porque um supositório no interior do corpo humano não é detectável nos controles rotineiros.

A carga explosiva não poderá ser muito forte, mas, em espaços reduzidos como o interior dos aviões, pode fazer vítimas e estragos consideráveis.

Foto: Arquivo

Não se sabe se numa regulagem específica a máquina pode simplesmente desnudar alguém, mas vai ser muito difícil escapar deste tipo de revista no futuro brevíssimo.

. Por outro lado estão se fazendo críticas em relação à máquina capaz de mostrar atrás da roupa, também conhecida como “body scanner”, que deixam visíveis particularidades corporais como implantes nos seios, piercings íntimos e de forma pouco nítida, a genitália dos passageiros.

Segundo Sarah Barrett, chefe do departamento de clientes do aeroporto, os passageiros não devem se preocupar, pois as imagens serão vistas apenas por um funcionário, e deverão ser destruídas logo após o exame e o rosto dos passageiros não aparece.

A máquina custa aproximadamente R$ 220 mil e funciona lançando ondas eletromagnéticas nos passageiros. Segundo o aeroporto, o nível de radiação é muito baixo e os passageiros não precisam se preocupar.

Até 2010, o Departamento de Transportes deverá decidir se vai adotar a tecnologia em seus aeroportos. O aparelho, fabricado pela RapiScan Systems, já foi testado em Nova York, Los Angeles e Londres, em 2004.

Por enquanto a passagem pela máquina é opcional, mas o passageiro que rejeitar será vistoriado pelas mãos e dedos dos policiais. Afinal eles estão procurando supositórios explosivos.

Pelas histórias de humilhações e abusos nos aeroportos europeus, com viajantes estrangeiros, como é o caso dos espanhóis com os brasileiros, é melhor, sem questionar, submeter-se a máquina.


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