7 de out. de 2009

Obama vacila também sobre Afeganistão

Obama vacila também sobre Afeganistão
Durante a campanha o presidente americano dizia que ia centralizar seu foco no Afeganistão, combatendo o Talibã e Bin Laden, em seis meses de governo, ainda não definiu o que fazer na região

Foto: Pete Souza/White House

Obama e o General Stanley McChrystal, conversa franca, no salão oval da Casa Branca

Fontes: Estadão, BBC Brasil

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou que sua revisão da estratégia para o Afeganistão não prevê uma retirada ou um corte no número de soldados atuando no país, mas não parece querer aumentar o número de combatentes.

O reforço de mais 40 mil combatentes, como foi pedido, na semana passada pelo principal comandante americano no país, o general Stanley McChrystal, parece estar descartado, embora o militar tenha afirmado que a guerra poderia ser perdida dentro de um ano, se não receber reforços.

Em uma reunião com cerca de 30 membros democratas e republicanos do Congresso americano, Obama disse que ele vai se decidir por uma atitude que vai valorizar o sentido de urgência da situação, mas afirmou que nem todas as pessoas ficarão satisfeitas.

"O tempo não está a favor", advertiu o senador McCain, firme partidário do envio de mais tropas na saída da reunião.
Em declarações aos jornalistas ao sair do encontro, tanto democratas quanto republicanos disseram confiar em que Obama tomará a decisão correta, mas deixaram claro que há uma "diversidade de opiniões" em torno de qual seria a estratégia a ser seguida. A ofensiva militar liderada pelos Estados Unidos no Afeganistão, que tinha por objetivo derrubar o regime do Talibã após os ataques de 11 de setembro de 2001, completa oito anos nesta quarta-feira.

A invasão ao Afeganistão ocorreu após os atentados de 11 de setembro de 2001, porém a duração e o custo da guerra - da morte de quase 800 norte-americanos ao passivo econômico - preocupam os EUA. O apoio público à guerra está em 40%, comparado com 44% em julho, segundo uma pesquisa Associated Press-GfK divulgada nesta quarta-feira. Entre os republicanos, 69% defendem o envio de mais tropas, enquanto 57% dos democratas se opõem a isso.

Foto:

As tropas americanas no Afeganistão enfrentam situação mais desafiadoras e adversas que no Iraque

Obama já enviou 21 mil no início do ano, elevando o número de militares americanos no conflito para 68 mil. O presidente enfrenta ainda pressões no Congresso e entre a população sobre sua estratégia para derrotar os insurgentes e estabilizar o país. "

Obama afirmou ao grupo de congressistas convidados pela Casa Branca que sua avaliação será "rigorosa e deliberada" e que ele vai continuar a trabalhar com o Congresso pelo bem da segurança nacional e internacional.

O presidente tenta dividir com os parlamentares a responsabilidade da questão, embora diga que a decisão final que parece não sair nunca, será unicamente dele.

Com base nos atuais planos, até o fim de 2009 haverá um total de 68 mil soldados americanos no Afeganistão.


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