4 de out. de 2009

HONDURAS: A Embaixada Covil

HONDURAS
A Embaixada Covil

Foto: Getty Images

“Parabéns prá você…” a comemoração, na embaixada brasileira, do aniversário de Xiomara Castro, esposa de Zelaya no último dia 30 de setembro. Não foi revelada a idade da aniversariante

Fontes: El Heraldo, Revista Veja

A embaixada do Brasil em Tegucigalpa foi chamada a princípio de Casa de Mãe Joana, Casa de Dona de Lindu, referência ao nome da mãe de Lula, a Veja dessa semana, muito apropriadamente chama de “Cafofo do Zelaya”. Nossa intenção inicial seria chamá-la de prostíbulo, mas em respeito à presença de Dona Xiomara Castro, a esposa de Zelaya, restringimo-nos a titulá-la de covil, no sentido de antro, local que serve de abrigo a malfeitores.

Há quinze dias desde que a embaixada brasileira em Honduras, serve de esconderijo ao ex-presidente hondurenho Manuel Zelaya, não mais se presta a sua destinação de apoiar os brasileiros no país, nem representar os interesses de nossa nação junto ao governo hondurenho.

Foto: AP

Excesso de lotação: 300 zelaystas dentro da embaixada, nos primeiros dias da ocupação



Incomodo e inconseqüente, o hóspede abusado e mal educado chegou acompanhado de 300 comparsas, gente suspeita, armada e de procedência marginal, que transformou a representação diplomática brasileira, numa mal cheirosa vivenda, similar ao um acampamento de beira de estrada do MST.

Muito já se falou da condição marginal do presidente Zelaya que foi deposto por infringir a lei do seu país, em conluio com o presidente venezuelano Hugo Chávez, transmudado em vítima de um golpe militar, para atrair para si, o apoio internacional.

De estadista e chefe de estado, Manuel Zelaya não tem nada. O seu comportamento dentro da embaixada brasileira revela um político asqueroso e insensível, que, em busca do retorno ao poder não vacila em lançar os seus manifestantes ao perigo de morte, fazendo declarações incendiárias, sem respeitar o amparo da hospitalidade diplomática brasileira.

Foto: Reuters

Embaixada brasileira transformada em acampamento da MST, cinco sanitários para 300 hospedes, colapso de higiene

O que se vê, é que os apoiadores de Zelaya não são em números suficientes para enfrentar as forças armadas do país, que até agora, tem repelido as manifestações agressivas, até com certa moderação, pois até agora em mais de noventa dias de confronte, só se registraram 3 vítimas fatais, e alguns pontos na cabeça dura dos manifestantes. Bem menor que qualquer operação da polícia carioca num dos morros da cidade em um único dia.

Não se pode esconder que o zelaystas são agressivos e afrontadores, querem briga. Os cabeças do movimento não vacilam e encaminhar a turba para o confronto, ninguém quer paz, quer porrada e sangue, para que o mundo acredite que o povo está sendo esmagado.

Foto: Getty Images

A agressão provocativa do zelaysta

Assim eles saqueiam os supermercados, depredam os bens públicos, apedrejam os policiais, fecham avenidas e picham toda a cidade e provocam a polícia de choque.

O que mais impressionou os seis deputados brasileiros que estiveram em Tegucigalpa, em “missão diplomática parlamentar”, foi à defesa dos brasileiros residentes em Tegucigalpa, ao Estado de Sítio que o governo Micheletti, impôs ao país. Em especial, à presença ostensiva de tropas do Exército pelas ruas de Tegucigalpa.

“Estamos nos sentindo mais seguros e tranquilos. Medo eu tenho do povo da resistência”, afirmou a administradora de empresas Sandra Estrada.

Essa é verdade de quem está vivendo a crise de dentro e deveria ser respeitada, ou pelo menos avalizada com mais respeito.

Foto: Reuters

Manuel Zelaya junto a esposa Xiomara Castro mostra foto de seu neto, Juan Manoel Zelaya, recém nascido

Na matéria publicada pela Revista Veja intitulada “No Cafofo do Zelaya, diz que “na última sexta-feira, a nossa embaixada abrigava 53 hondurenhos– sem contar o próprio Zelaya, onze jornalistas e dois diplomatas. Destes 53 ocupantes, 24 trabalham como seguranças (pagos) do hondurenho. Os demais podem ser divididos em duas categorias: a dos simpatizantes do presidente deposto e a dos que mal sabem por que estão lá (como é o caso de cinco desempregados que, antes de abrigar-se na embaixada, viviam nas ruas, e para os quais a estada no Big Brother zelayista não passa de uma chance de dormir ao abrigo do relento).

Foto: Reuters

O gabinete do embaixador transformado em barbearia para os zelaystas

Os seguranças estão divididos em dois turnos: doze trabalham durante o dia e doze se encarregam de vigiar as entradas da casa e a porta do quarto de Zelaya durante a noite.

Foto: Reuters

Manuel Zelaya na sua “vivenda” provisória, antes a embaixada do Brasil em Tegucigalpa, e os deputados, Raul Jungman (PPS/PE), Jeanete Pieta (PT/SP) e Mauricio Rands (PT/PE)

A insistência dele em relação à "iminência de um ataque" à embaixada, se antes soava como forma de chamar atenção, agora parece ter-se convertido em fixação. Na quinta-feira, quando uma comissão de deputados brasileiros visitou o local, Zelaya se opôs à entrada dos jornalistas que acompanhavam o grupo por temer que, entre eles, houvesse agentes infiltrados do governo hondurenho.

Nos últimos dias, mudou de aposento pelo menos duas vezes, com medo de ser bombardeado pelos tais "raios de alta frequência" que acredita serem emitidos de alguma maneira e de algum lugar a mando de alguém. Os executores dessa missão, segundo Zelaya, seriam "mercenários israelenses".

Foto: Reuters

David Romero diretor da Radio Globo, fechada pelo governo, pondo a rádio no ar, via internet, as mensagens de Zelaya

Diante da afirmação, David Romero, diretor da Rádio Globo de Tegucigalpa, simpatizante do presidente deposto, fez a seguinte declaração: "Às vezes me pergunto se Hitler não teve razão de haver terminado com essa raça, com o famoso holocausto. Se há gente que causa dano a este país são os judeus, os israelitas". A Rádio Globo foi fechada pelo governo Micheletti no segundo dia do estado de exceção, o que provocou grande gritaria por parte dos zelaystas. Mas nem Zelaya nem qualquer apoiador seu protestou quando Romero fez sua obscena declaração antissemita. Não custa lembrar o apoio de Hugo Chávez, o presidente da Venezuela, aos palestinos e ao Irã.

Durante o dia, Zelaya fica na sala destinada ao embaixador, agora transformada em suíte para ele e a mulher, Xiomara. À noite, vai dormir no almoxarifado. O hondurenho nunca acorda antes das 10 da manhã, passa boa parte do dia falando ao telefone.

Raramente deixa a sala e, quando o faz, é para dar entrevistas coletivas ou distribuir comunicados aos jornalistas presentes. Um desses comunicados, exortando a população a praticar atos de desobediência civil contra o governo, foi o principal argumento para que o presidente Roberto Micheletti, que substituiu Zelaya no dia 28 de junho, decretasse o estado de exceção no país.

Foto: Reuters

Os seguranças improvisam uma festa no “Cafofo do Zelaya”, onde antes era a embaixada brasileira

A passividade do Itamaraty diante das incitações de Zelaya à violência, feitas do interior da embaixada, não foi a única contribuição do governo brasileiro ao espetáculo hondurenho nesta semana. O assessor especial da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, também fez sua parte ao declarar em Pittsburgh, durante reunião do Grupo dos Vinte, que o governo "golpista de Roberto Micheletti é feito de mentirosos".

Foto: Reuters

Chavez e Zelaya tramando. Chávez ultimamente está fora da cena política hondurenha, deve estar preparando alguma nova sacanagem

Ao contrário de Garcia, o presidente Hugo Chávez, autor do roteiro de filme B que trouxe Zelaya de volta a Honduras, guardou silêncio estratégico. No enredo criado pelo venezuelano, um aprendiz de caudilho aceita sofrer uma transmutação "ideológica" em troca da fórmula do poder perpétuo (e, claro, dinheiro). Expelido do país, retorna clandestina e bravamente para ser reconduzido ao poder nos braços do povo, que ele governará com a tutela de seu mestre.

Embora essa última parte tenha tido de ser reescrita, a fita barata e de atores ruins continua a se desenrolar conforme as ordens do seu diretor. O mais triste é que, nesse filme, o Brasil segue fazendo um papel feio, segundo a revista Veja.


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