18 de set. de 2009

Suécia oferece avião caça pela metade do preço

Suécia oferece avião caça pela metade do preço
No pacote a oferta de toda a tecnologia, como o como o avião francês, mais a possibilidade de atualização permanente e agregar inovações inclusive por conta própria. Ninguém sabe como o governo Lula vai reagir com a sua “preferência” pelos aviões de Sarkozy

Foto: Divulgação

Gripen – o barato caça sueco

Fontes: O Globo, Jornal do Brasil, EFE, Estadão

O governo brasileiro está sofrendo um ataque de aviões caças de última geração. Desde que Lula anunciou intempestivamente o inicio das negociações para comprar o avião da “Dassault” francesa, depois de uma noite de farra com Sarkozy, a concorrência saiu das sombras enfurecida.

Em cima do argumento de que a tendência de comprar o equipamento francês devia-se a transferência de tecnologia, está sendo posta por terra pelos outros concorrentes. Enquanto há notícias, não confirmada, de que o próprio presidente americano, Barack Obama, teria telefonado para o “cara” defendendo o caça da Boeing, jurando de pés juntos, que também eles, os americanos, estavam dispostos a transfeririam a tecnologia, tanto quanto os franceses.

A Suécia mandou ao Brasil o vice-ministro de Defesa da Suécia, Hakan Jevrell, (foto) que se reuniu como o comandante da Aeronáutica, Juniti Saito e depois deu uma coletiva à imprensa, querendo mesmo fazer barulho, e avisar que se o governo brasileiro comprar o equipamento francês terá de se utilizar de outros argumentos.


Afirmou que seu país “não está buscando compradores, mas parceiros” para o caça Gripen. Segundo ele, caso o Brasil opte pela proposta sueca e se torne um desses parceiros, o país poderá comprar o dobro de aviões pelo mesmo valor que seria gasto com a proposta dos concorrentes.

- "É venda casada? Compra uma garrafa de cerveja e ganha quatro de guaraná?" - debochou Jobim, que disse ter sabido da notícia pela imprensa
O vice-ministro garantiu que a Suécia e a Saab, empresa fabricante do caça Gripen NG, estão 100% comprometidas com a transferência de tecnologia para o Brasil.

– A Suécia pode oferecer um programa de desenvolvimento conjunto de uma aeronave, com a Embraer, que tem como principal característica a capacidade de se adaptar às necessidades específicas de cada usuário.

Segundo Hakan Jevrell, o caça Gripen é o que apresenta menor custo por ciclo de vida. Além disso, segundo ele, “a Suécia oferecerá um financiamento bastante favorável ao Brasil” caso o seu caça seja o escolhido.

Apesar da garantia de transferência de tecnologia, o Gripen não utiliza nem motor nem radar com tecnologia sueca. O motor é norteamericano e o radar é italiano.

– A grande vantagem para o Brasil seria a possibilidade de integrar constantemente novos sistemas ao caça. A filosofia sueca é de que a célula dure 40 anos. Para manter o caça como top de linha, é fundamental que utilize plataformas que comportem computadores cada vez mais rápidos e softwares sempre atualizados. Essa é a característica mais marcante do Gripen – defendeu o presidente da Saab no Brasil, Bengt Janér. – Já a filosofia tradicional é de utilizar uma plataforma de 15 anos e, então, fazer uma atualização de meia-vida.

Foto: Elza Fiúza/ABr

O presidente da Companhia Saab no Brasil, Bengt Jahër, o secretário de Defesa da Suécia, Hakan Jevrell, e a embaixadora da Suécia no país, Annika Markovic, mostram o avião para os jornalistas

Segundo Janér, os caças suecos estão constantemente atualizados porque mantêm a “massa crítica” funcionando.

– Se você parar durante 15 anos, boa parte do pessoal que estava envolvido no projeto provavelmente não estará mais trabalhando.

Nossa filosofia é de estar sempre mexendo para estar sempre com o produto atualizado – argumentou.

O executivo citou, como exemplo, os radares atuais, que “são menos capazes dos que os que estão por vir”, com varredura eletrônica e mais pesados em termos de softwares.

– O que queremos é dar ao Brasil a liberdade de fazer as modificações no futuro, com ou sem a Suécia.

Essa concorrência transformou-se num jogo de pôquer.


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