6 de ago. de 2009

Senador Duque, o serial arquivador

Senador Duque, o serial arquivador

Fotomontagem Toinho de Passira sobre foto de Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr
 

Fontes: Blog do Josias de Souza, Estadão

Depois do discurso de Sarney (veja matéria abaixo) todos foram para a sessão do Conselho de Ética, onde o fantoche rigorosamente selecionada por Renan Calheiros, o suplente de suplente do governador Sérgio Cabral, senador Paulo Duque encarregou-se de ler, os despachos de arquivamentos das quatro primeiras denuncias contra José Sarney e uma contra Renan Calheiros, redigidas pelo Senador Almeida Lima.

Duque não se deu nem ao trabalho de fazer uma leitura prévia do que iria ler tendo tremenda dificuldades em entender, ele mesmo, os termos do que lia, enquanto assessores sopravam ao seu ouvido o tempo todo o que deveria fazer.

Preguiçoso e para evitar juntar todas as acusações numa só como havia sido noticiado pela oposição, Almeida Lima, montou um formulário, usando as mesmas palavras e argumentos para arquivar todas as denúncias.

Duque convocou, o senador Romeu Tuma (SP) e o recém eleito vice-presidente da Comissão de Ética, Gim Argello (DF), outro soldado de Renan, para ler parte dos “despachos” engavetadores, pois provavelmente ele cansou de não entender o que lia.

Na quarta-feira (12) da semana que vem, Duque anunciará sua decisão de arquivar as outras sete denúncias que pesam sobre os ombros de Sarney.

Terminada a sessão “perguntaram-lhe se não receava pela má repercussão junto à opinião pública. E Duque, entre risos:”

“Aos 81 anos?”

A oposição vai recorrer no Conselho de Ética, vai perder e se conseguir levar a matéria para julgamento no plenário, dificilmente obterá sucesso.

Hoje, o senador Duque, poderoso presidente arquivador, instruído por Renan ameaçou Artur Virgílio, declarando considerar a representação contra o líder do PSDB, senador Artur Virgílio (AM), mais "consistente" do que as ações protocoladas no colegiado contra o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP).

O pedido do PMDB para investigar os atos de Virgílio foi recebido na noite desta quarta-feira, 5, no Conselho de Ética. Duque disse que o prazo para decidir se arquiva ou não essa ação vai até a próxima quarta-feira, 12.

Ou seja, se o PSDB não baixar o fogo, até aquela data, vão por Artur Virgilio para assar em forno brando, já que a representação é muito consistente, pois começa com uma confissão do acusado, descoberto com um assessor ganhando pelo senado e morando no exterior. 


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