21 de ago. de 2009

Mercadantezinho renunciou da renúncia outra vez

Mercadantezinho renunciou da renúncia outra vez
Não dá nem para dizer que ele vai acabar liderando a sai mesmo, porque a si mesmo já deu provas que não lidera

Fotomontagem Toinho de Passira

Mini-Mercadante falando na tribuna do senado, hoje à tarde

Fontes: Agência Brasil, O Globo

Ninguém pode negar que o senador Aloizio Mercadante é o líder certo do Partido dos Trabalhadores, neste momento e neste senado da república.

Qual presidente, além de Lula, iria querer um líder como ele: desmoralizado, desolado e isolado.

Nada mais, falta acontecer com o líder Mercadante, que além de ver os seus liderados votarem de forma contrária a sua posição pública, também assistiu alguns outros, em bandos, abandonando seu partido e a sua liderança.

Para justificar seu ato pequenino o senador Aloizio Mercadante (PT), leu uma carta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, escrita por Franklin Martins pedindo para que continuasse no cargo, o senador disse que “não tinha como dizer não” ao pedido de Lula.

O senador disse que depois da reunião do Conselho de Ética, se reuniu com a bancada e ouviu dos senadores, que havia acabado de votar contra a sua orientação, que não saísse da liderança.

Diz ter recebido telefonema de apelos de permanência do Presidente do Partido Ricardo Berzoini, que o desautorizou no mesmo episódio enviando uma carta, sugerindo e sendo atendido, que os senadores, não seguissem a orientação de Mercadante e votassem pelo arquivamento das investigações dos atos secretos de Sarney.

Por fim registrou o apelo do chefe da sofisticada quadrilha petista José Dirceu, “com quem não falava há muito tempo”, que vetou o seu nome para um Ministério no primeiro governo, quando ainda era o homem forte de Lula.

Disse também, quase ingenuamente, que atendeu pedidos dos integrantes da oposição, o presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE) e o líder tucano, Arthur Virgílio (AM), que preferem conviver com um líder do partido do governo, fraco e vacilante que outro cheio de veneno.

Na verdade apesar de sempre se posicionar favorável à investigação dos atos secretos do Presidente Sarney, não o fazia por convicção, mas por imaginar, que pelo menos uma investigação, daria um alento à manutenção das antigas posições éticas do PT e isso ajudaria sua combalida futura candidatura ao senado nas próximas eleições.

Os atos secretos era a acusação mais fácil de Sarney se safar, uma vez que aconteceu durante a presidência de vários senadores, inclusive na do falecido democrata Antônio Carlos Magalhães e não seria fácil responsabilizar o maranhense a ponto dele sofrer qualquer sanção.

A tropa de choque mesmo sabendo disso, temia que a investigação de uma única reclamação, tomasse rumos maiores e se transformasse num enorme julgamento de Nuremberg contra o Presidente Sarney.

Como o “acórdão” da oposição e a turma de Renan, todo mundo fez seu papel no teatro do conselho de ética, e de uma forma ou de outra, saíram-se bem na foto, só Mercadante, sem texto e sem direção, acabou pagando um pato. Agora desesperado assiste os seus eleitores, tais quais os seus liderados, migrando para outras plagas. Bem feito!


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