14 de jul. de 2009

Zelaya ameaça com Guerra Civil para voltar ao poder

Zelaya ameaça com Guerra Civil para voltar ao poder

Foto: Reuters

O ex-presidente Zelaya dá uma entrevista na embaixada de Honduras em Managua, ao lado da ex-chanceler hondurenha Patricia Rodas

Fontes: El Heraldo, BBC Brasil, G1, Reuters

Jose Manuel Zelaya, presidente deposto de Honduras, deu um ultimato: se as negociações não o levarem de volta ao poder, na próxima rodada de negociações que está marcada para sábado, na Costa Rica vai considerar “outros meios” para retornar à presidência.

Foto: Getty Images

A declaração de Zelaya foi feita em Manágua, capital da Nicarágua. O líder deposto não esclareceu que meios ele poderia usar para reverter a situação em Honduras. Embora o novo governo tenha grande aprovação popular, segundo pesquisas de opinião, seguidores de Zelaya continuam realizando protestos - principalmente o fechamento de estradas.

Zelaya exigiu "que os determinações explícitas das organizações internacionais sejam executadas", em referência às resoluções aprovadas pela Organização dos Estados Americanos (OEA) e pela Organização das Nações Unidas (ONU), que pedem o seu pronto retorno à presidência.

Foto: AP

Após a suspensão do toque de recolher , 13 dias depois de implantado, os personagens da noite, invadiram as áreas boêmias de Tegucigalpa

Desde a deposição em 28 de junho, o ex-presidente Zelaya e Roberto Micheletti, o novo presidente Honduras, vêm se mantendo firmes, ambos afirmando que o processo democrático os respalda.

Na semana passada, os dois chegaram a conversar separadamente com o mediador do conflito, Oscar Arias, presidente da Costa Rica e Nobel da Paz, mas não houve avanços.

Foto:

Mapa de Honduras

Ao que parece o ex-presidente deposto pretende entrar no país via terrestre através da Nicaragua, mas para confundir citou que poderia entrar pelas províncias de Colon, Olancho, Atlántida, Santa Bárbara, Francisco Morazán, Cortes. Interlacando localidades do lado nicaragüense e do lado guatemalteco, sem deixar de citar locais litorâneos e do centro, para fazer supor que possa chegar também via aérea ou marítima.

Foto: Reuters

Alugns preferem Zelaya de ponta cabeça

A entrada de Manuel Zelaya em Honduras, pode criar um grande impasse. Caso ele conte com alguma facção leal das Forças Armadas, pode se abrir em alguma construção militar e tentar de lá comandar o país, fazendo com que os seus partidários civis façam manifestações nas ruas, provocando um caos no país.

A outra circunstância é que ele ao atravessar as fronteiras hondurenhas, possa ser preso por alguma autoridade leal ao atual governo, já que existe ordens de prisão contra ele, enquadrado em 17 crimes, inclusive “tentativa de golpe”.

O governo hondurenho ia ficar com um preso incomodo em suas mãos, com a comunidade internacional toda pedindo a sua soltura, o considerando um preso político.

Zelaya corre também o risco de levar um tiro e morrer no meio de combates na hora de entrada. Vai virar um herói nacional.


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