3 de jul. de 2009

Os civis dão o golpe e os militares pagam a conta

Os civis dão o golpe e os militares pagam a conta

Foto: Getty Images

Fonte: Militar Legal

O pessoal do Blog Militar Legal abordou alguns pontos interessantes na atual crise de Honduras, que está sendo chamada de Golpe Militar, embora as Forças Armadas do país nada tenha com isso.

Criou-se um preconceito contra os Militares na América latina que “fala mais alto do que a razão, pois as FFAA de Honduras nada mais fizeram do que defender a Constituição de seu país, em comum acordo com a Justiça, o Congresso.”

Era o presidente civil, Manuel Zelaya que estava indo de encontro à Constituição e a obediência as normas emanadas dos outros poderes, e foram os civis que resolveram destituir o presidente, por não ter cumprido os preceitos constitucionais.

O Chefe do Estado Maior das Forças Armadas de Honduras, general Romeo Vásquez, é a única figura militar de destaque nessa crise, assim mesmo destacou-se, porque foi destituído do cargo, pelo então presidente Zelaya, por se negar a descumprir ordens da Suprema Corte.

A demissão do general foi declarada ilegal pela justiça, para onde o militar recorreu, por se considerar injustiçado, como faria qualquer cidadão cônscio dos seus direitos.

Depois disso a Suprema Corte determinou que as forças armadas fossem a casa do presidente na manhã do domingo, para impedir a realização do plebiscito ilegal, negociando sua prisão, ou sua renúncia, obrigando-o a deixar o país.

Não foi o General Romeo quem executou essa determinação judicial, foi o seu superior hierárquico o comandante do Exército.

Zelaya para não ser preso assinou uma carta de renuncia, e foi posto na Costa Rica de pijamas.

Quem assumiu o poder depois disso, foram civis: o presidente do Congresso, Roberto Micheletti, depois que os parlamentares aprovaram a destituição de Manuel Zelaya e a sua posse no cargo, até o fim do mandato do então presidente, que termina em 15 de janeiro.

Desde então as forças armadas de Honduras, tem tentado a todo custo, sem violência, manter a paz no país, enfrentando baderneiros que ao invés de demonstração satisfação de forma pacifica, o faz atacando a tropa, que tem se comportado de forma muito mais comedida, que muitas forças de países ditos civilizados e democráticos por aí.

No momento não há nenhum militar em qualquer cargo que não seja referente a sua função nas forças armadas e nenhum militar é candidato a presidente da republica.

Se golpe aconteceu em Honduras, foi um golpe civil, causado por civis, gerenciado por civis, e aproveitados por civis.

A bem da verdade, os militares cumpriram a ordem da Suprema Corte dentro dos padrões da caserna, rápido e ao pé da letra: aceitar uma renúncia por escrito, naquelas condições, foi uma ingenuidade, e não permitir que o homem trocasse de roupa e fosse para o exílio de pijamas, (foto) também não pegou bem.

No mais, os militares não tem nada com isso.

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