15 de jul. de 2009

Collor, o objeto do desejo

Collor, o objeto do desejo
Todo mundo quer o apoio do ex-presidente que aceita assédio de Lula e da oposição, sem se comprometer

Foto: Gazeta de Alagoas

Essa imagem seria possível de se imaginar há 15 anos atrás

Fontes: Estadão, Veja Abril, Folha Online, Tribuna do Sertão, Gazeta de Alagoas

Fernando Collor de Mello (PTB-AL) está em alta. A oposição precisa dele para encurtar a diferença do placar cruel da CPI da Petrobras, onde só tem três membros e Lula o mima para que ele não passe para o lado oposicionista.

O esperto Collor, que pediu para integrar a CPI exatamente para encontrar holofotes, curte o momento, sem se definir integralmente, a tendência é oscile, de acordo com a conveniência pessoal. Já disse que não faz parte da tropa de choque do governo, mas não parece assim tão alinhado a oposição.

Sem nada melhor para fazer o democrata José Agripino Maia (RN) e o tucano Arthur Virgílio (AM) tentaram na instalação da CPI articular a candidatura dele, Collor, para presidir a Comissão Parlamentar de Inquérito. Não conseguiram, mas Collor vai se mostrar agradecido.

Foto: Gazeta de Alagoas

Lula, porém, não fez por menos, levou o senador Collor com ele numa visita a Alagoas. Para atender o convite do presidente Lula, Fernando Collor faltou a primeira reunião da CPI, o que já é um ponto para Lula, no jogo de sedução.

No mais foi chegar em Maceió no aerolula, matando os adversários locais de inveja. Não ficou por aí, ainda na capital Lula agradeceu de público, o trabalho dos alagoanos Collor e Renan Calheiros no Senado, em defesa dos projetos do seu governo.

Em Palmeira dos Índios, região de influencia de Collor, onde o Jornal local: Tribuna do Sertão, circulava com uma edição cuja manchete principal dizia que Lula apoiava Collor para governador de Alagoas, o presidente se esvaiu em elogios ao antigo adversário chegando até a compará-lo ao presidente Juscelino Kubitschek (1956-1961), uma lenda entre as histórias presidenciais, que construiu Brasilia e quem Lula costuma se comparar.

Apesar das cenas de intimidade explícita, o presidente Lula, na prática não deu tanto espaço a Collor como deixou transparecer. O senador não pode falar nas cerimônias de inaugurações em alagoas, não há fotos de Lula ao lado de Collor, nem seu nome consta como integrante da comitiva presidencial, mesmo nos atos em Palmeira dos Índios.

Lula e Collor são dois sem vergonhas

Foto: Arquivo

O dia da posse de Collor, 15 de março de 1990 dois anos depois, em 29 de dezembro de 1992 foi cassado pelo Congresso



Conta a história que Collor chegou à Presidência, na primeira eleição pelo voto direto que o Brasil realizava desde 1960, após ter dito na campanha que seu opositor, o ex-líder sindical Lula, mergulharia o País num "banho de sangue", caso fosse eleito.

Às vésperas da eleição, ele veiculou imagens de Miriam Cordeiro, ex-namorada de Lula, dizendo que o petista havia pedidido para que ela abortasse a filha do casal.

Lula, por sua vez, identificava Collor com as oligarquias políticas mais atrasadas do País. E, dois anos após a eleição, o PT foi um dos líderes da campanha pelo impeachment de Collor, cujo governo naufragou em meio a uma interminável série de escândalos de corrupção.

Infindavelmente menores que os atuais.



2 comentários:

Laguardia disse...

Comemorando o 7 de Setembro

Me desculpem os leitores que já se manifestaram por repetir a mensagem.

Aproveitando a idéia da Passeata Virtual Fora Sarney, faço aqui a sugestão de que no dia 7 de Setembro de 2009, façamos outra passeata virtual, nos organizando desde já.

Esta passeata, como a Fora Sarney, começaria no seu computador e terminaria em vários pontos:

Na presidência da República, No Congresso Nacional, No Supremo Tribunal Federal, na Procuradoria Geral da União, na Assembléia Legislativa de seu estado, no Palácio do Governo do seu estado, na Câmara de Vereadores de sua cidade e na Prefeitura de sua cidade.

A idéia é enviar o maior número possível de emails de protesto contra a situação atual, da falta de ética, de moral, de honestidade de nossos governantes e parlamentares.

Denunciaremos o governo federal por agir a margem da lei com a campanha eleitoral antecipada, o que é ilegal, e exigindo, como cidadãos, que fossem tomadas as devidas providências.

Os e mails seriam mandados para os seguintes enderêços:

Senado Federal: Alô Senado http://www.senado.gov.br/sf/senado/centralderelacionamento/sepop/?page=alo_sugestoes&area=alosenado

Câmara Federal: Fale com o deputado: http://www2.camara.gov.br/canalinteracao/faledeputado

Supremo Tribunal Federal – Central do Cidadão - http://www.stf.jus.br/portal/centralCidadao/enviarDadoPessoal.asp

Procuradoria Geral da União - pfdc@pgr.mpf.gov.br

Presidência da República – Fale com o Presidente - https://sistema.planalto.gov.br/falepr2/index.php

Gostaria de ter a opinião dos leitores com relação a idéia.

otaviodimello disse...

Calma, Lula e Collor não são dois sem vergonhas.
O povo que é.
Collor o povo acha que tirou, mas foram os políticos.
Depois o povo elegeu de novo.
Lula o povo elegeu.
E de onde ele saiu?
Do Povo.