20 de mai. de 2009

Michael Martin renunciou já Michel Temer...

Michael Martin renunciou já Michel Temer...
Presidente do Parlamento britânico diz que vai renunciar por causa dos escândalos, sente-se responsável pelos desmandos dos deputados, embora nenhuma acusação pese sobre ele, Michel Temer não sente nada, porque estava também na parada

Fotos: José Cruz/ABr e Getty Images

Michel Temer e Michael Martim iguais mp varejo mais diferentes no atacado.

Fonte: BBC Brasil

O presidente da Câmara dos Comuns (Câmara baixa) do Parlamento britânico, Michael Martin, comunicou que deve renunciar ao cargo em junho próximo, depois de ser duramente criticado pelo seu comportamento durante o escândalo do reembolso de despesas de parlamentares.

Martin disse a colegas que deixaria o cargo no dia 21 de junho, para manter "a unidade" da Casa. Será a primeira vez em 300 anos que o presidente da Câmara dos Comuns é forçado a deixar o cargo.

Para muitos parlamentares e setores da opinião pública, Martin se empenhou mais em evitar que revelações sobre gastos pessoais de deputados viessem a público do que em reconhecer erros de conduta na Casa e mostrar disposição para introduzir reformas no sistema vigente.

Foto: Arquivo

Edificios do Parlamento Britânico em Londres, onde está instalada a Camara dos Comuns, motivo da polêmica

No Brasil, os nossos parlamentares mantêm um nível de corrupção tão elevado, que não tem ninguém que possa protestar, devido ao envolvimento coletivo, assim ninguém é punido todos são felizes e o Presidente do Parlamento, nosso Michel Temer, não precisa se preocupar.

Um grupo de 23 deputados ingleses chegou a submeter uma moção de desconfiança contra o presidente da Câmara, um gesto raro na história parlamentar britânica.

Por aqui quem fazia isso era Gabeira, agora não pode mais...

O parlamentar do oposicionista Partido Conservador Douglas Carswell, (foto) que apresentou a moção, disse que o sistema parlamentar passou a sofrer com má reputação, com muitos deputados sendo vistos como "parasitas" por causa do escândalo.

No Brasil o pessoal é mais específico: são sanguessugas mesmo.

Mas Carswell disse à BBC que "a saída de Michael Martin não é o fim, é o começo - o novo presidente tem que ser reformista, precisa ser progressista".

Nick Clegg, (foto direita) líder do partido Liberal Democrata, também de oposição, disse à BBC ser favorável à renúncia de Martin, que vinha agindo, segundo Clegg, como um "defensor teimoso do status quo".

Por aqui, não houve reação pelo fato de Michel Temer, em defender o “status quo” dos deputados e deixar o do povo, sem proteção.

Gordon Brown, o primeiro ministro inglês e o líder do Partido Conservador David Cameron não quiseram se posicionar sobre o presidente da Câmara dos Comuns, dizendo que este é um assunto para o Parlamento, e não para o governo ou para a oposição.

Esse Brown, branco de olhos azuis, não aprende mesmo, depois das lições de Lula devia se intrometer sim, para enfraquecer o parlamento e reduzir o preço dos deputados.

Foto: Gatty Images

Presidente da Câmara dos Comuns Michael Martin caminha para o plenário na solenidade de abertura do Parlamento, em Londres.

Michael Martin, de 63 anos, é deputado do Partido Trabalhista por Glasgow há 30 anos e preside o Parlamento desde o ano 2000.

O cargo que ainda ocupa é um dos mais importantes da política britânica. O presidente, ou "speaker" da Câmara dos Comuns, representa a Casa junto à família real e na Câmara dos Lordes (Câmara alta do Parlamento) e dirige os trabalhos do Parlamento.

Ele dirige, também, o escritório que supervisiona e autoriza as despesas e verbas de gabinete dos deputados.

Foram dados vazados por este escritório que permitiram que a imprensa britânica passasse a revelar pedidos de ressarcimento de gastos pessoais feitos por deputados.

Pedidos como reembolso de gastos com estrume para uso em jardins, manutenção de piscinas e pagamento de salários para governantas escandalizaram a opinião pública.

Essa opinião pública britânica está precisando ser lixada, quem já se viu se escandalizar com bobagens com essas.

A diferença entre Michael e Michel, é de apenas uma letra, mas na verdade eles agiram mais ou menos da mesma maneira, a diferença dos resultados, é que a opinião pública inglesa é levada a sério e ainda tem capacidade de se indignar.

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