7 de mai. de 2009

A corrupção ao alcance de todos

MUSEU DA CORRUPÇÃO: a Corrupção ao alcance de todos

museu da corrupção

A inauguração do Museu da Corrupção on-line, no site do Diário do Comércio, é um marco multimídia, uma exposição a céu aberto das víceras dos nossos políticos e de nossa política, um espaço de reflexão para pensarmos até onde temos responsabilidade nisso tudo.
(Para consultar o museu basta clicar na foto)


Fontes: Entre Nós, Museu da Corrupção


Soubemos pelo Blog “Entre Nós, da minha amiga, Ana Maria Cordovil, que o Diário do Comércio, de São Paulo, inaugurou o Museu da Corrupção on-line, no dia do descobrimento do Brasil, foi uma idéia piramidal, vamos apoiar e abastecer o Museu com entusiasmo.

Editorial do jornal Diário do Comércio
Luiz Octavio de Lima

No dia em que se comemoram os 509 anos do descobrimento do Brasil e em que a farra das passagens aéreas no Congresso ganha as manchetes do noticiário, o Diário do Comércio inaugura o seu Museu da Corrupção on-line, um espaço de exibição e reflexão sobre os escândalos que marcaram a história do País. Num primeiro momento, o site vai tratar do período entre a década de 1970 e os dias atuais. A proposta, porém, é recuar década a década, século a século, até os tempos coloniais. Afinal, não seria exagero afirmar que a corrupção nasceu quase em seguida ao descobrimento.

Em meados do século XVI, na Bahia do primeiro governador-geral, Tomé de Souza, já se roubava muito, conforme atestam os relatos da época. O próprio Padre Antônio Vieira escreveu um sermão intitulado 'Sermão do Toma", no qual atacava as autoridades locais que desviavam verbas dos cofres públicos e "tomavam" propinas. No tempo de D. João VI, o tesoureiro Targini tinha fama de desonesto e de ter enriquecido no cargo. Dele disse o fundador do jornalismo brasileiro, Hipólito da Costa (1774-1823), que, "sem outros bens mais que o seu minguado salário, tornara-se tesoureiro-mor do Erário, fora elevado a Barão de São Lourenço, em 1811, e era agora um homem riquíssimo, enquanto o erário se achava pobre". E completou: "Se a habilidade de um indivíduo em aumentar suas riquezas fosse por si só bastante para qualificar alguém a ser administrador das finanças de um reino, sem dúvida Targini devia reputar-se um excelente financista". Temos, portanto, longa tradição neste ramo, e dedicar um "espaço cultural" ao vasto acervo existente sobre o tema é uma iniciativa que já chega com atraso.

Pensado como um trabalho em permanente construção, o Museu da Corrupção on-line, cuja pesquisa inicial é da jornalista Kássia Caldeira, dará destaque, em sua versão inaugural, aos 15 episódios mais rumorosos dos últimos anos no País. Entre eles, a Operação Satiagraha, a Máfia das Sanguessugas, o Escândalo do Mensalão, o caso do TRT de São Paulo (do juiz Nicolau "Lalau" dos Santos Neto), a Operação Anaconda e o incidente dos dólares na cueca. A cada um será destinada uma "sala" com um relato, imagens e uma lista de reportagens que mostram a repercussão na grande imprensa.

O usuário do site do DC poderá encontrar na área a relação completa dos escândalos ocorridos desde o início da década de 1970 e de grande parte das operações realizadas pela Polícia Federal no período.

Haverá uma seção com sugestões de links sobre o tema da corrupção e outra com publicações recomendadas sobre o assunto. Nos próximos meses, serão agregadas uma "sala" de charges, uma linha do tempo ilustrada e destaque para o escândalo do momento.

O tour pelo Museu termina na lojinha da "instituição", onde o visitante encontrará lembranças como camisetas, algemas, aparelhos de escuta, malas pretas e até propinas virtuais.

Está em estudo a criação de um Wiki por meio do qual os leitores poderão enviar informações e contribuições. Desde já, no entanto, eles poderão comentar o conteúdo pelo endereço museu@dcomercio.com.br

O pessoal de criação e manutenção do projeto 

Projeto: Moisés Rabinovici
Pesquisa: Kassia Caldeira
Coordenação: José Guilherme Ferreira
Projeto arquitetônico: Rodrigo de Araújo Moreira
Transposição para a web: Luís Carlos da Silva (projeto gráfico e
design) e Luiz Octavio de Lima (edição)
Curadoria:
Regiane Bochichi
Manutenção web: Felix Ventura
Reportagem: Lúcia Helena de Camargo, Sérgio Kapustan, Valdir Sanches

Saiba mais sobre o projeto arquitetônico do arquiteto Rodrigo de Araújo Moreira



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