11 de mai. de 2009

Colombia: emboscada guerrilheira mata 7 militares

Colombia: emboscada guerrilheira mata 7 militares
Os guerrilheiros da FARC utilizaram uma explosivo ativado por controle remoto, explodiu literalmente a patrulha, na fronteira com o Perú, no dia das mães

Foto: Reuters

Um helicóptero do exercito colombiano recolhe os corpos dos companheiros mortos na emboscada da FARC

Fontes: BBC Brasil, El Tiempo, O Globo

O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, disse neste domingo que sete militares colombianos foram mortos e quatro ficaram feridos em um ataque dos guerrilheiros da Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

Segundo Uribe, os soldados foram vítimas de uma emboscada perto do município de Samaniego, no departamento de Nariño, no sudoeste do país, adiantou que os feridos não correm mais perigo de morte.

No sábado, outro ataque na mesma região, também realizado por membros das Farc, já havia deixado dois soldados mortos.


Longe de ser unanimidade Uribe recebe forte oposição dos sindicatos, principalmente
A FARC depois de sofrer várias derrotas militares, de perder algumas lideranças importantes presas e mortas pelo exército colombiano, de perder o seu líder principal que teve morte natural, ficou algum tempo fazendo política de relações pública, libertando prisioneiros visíveis, sem contrapartida, visando ganhar a simpatia popular.

Por outro lado Alvaro Uribe não anda tão bem assim nas pesquisas de popularidades, pela redução econômica e política dos Estados Unidos ao seu governo, que era total, automática e absoluto na era Bush e de ter cometido erros na política interna.

A Farc aproveita esse vácuo, para lançar investidas militares como essas, reduzindo a sensação de segurança da população, e dando demonstrações de poderio militar, ao mesmo tempo, que faz uma proposta de troca de prisioneiros, comprometedora para Uribe, pois sugere libertar 22 militares e policiais seqüestrados, por 500 guerrilheiros presos.

Sabem que o presidente não pode e não quer atender esse tipo de negociação, pois há entre os guerrilheiros presos, condenados por terrorismo e dezenas de mortes.

Um caso, em especial, incomoda Uribe, é a promessa da guerrilha em libertar o cabo do exército Pablo Emilio, sem contrapartida, mas exige que a entrega seja feita a senador Piedad Córdoba (foto), a porta voz política da guerrilha.

O governo colombiano diz que só aceita a entrega de prisioneiros, ou ao próprio exército do país, ou a órgãos internacionais como a Cruz Vermelha, como aconteceu recentemente com a ajuda do exército brasileiro, autorizado por Alvaro Uribe.

Para que haja entrega de prisioneiros na selva o governo tem que suspender patrulhas e ataques a guerrilha em vastas áreas da selva, pré-determinadas. Sem autorização do governo esses resgates não podem acontecer sem riscos de um ataque do exercito colombiano.

Uribe não quer autorizar a entrega a senadora, pois com propriedade compreende que os guerrilheiros querem fortalecer politicamente a sua principal adversária, utilizando-se de seqüestrados.

A FARC sabe disso tudo, mas suas pretensões são exatamente estas, deixar inquietos e insatisfeitos os militares e policiais que os combatem, pois vem que se aprisionados, não terão apoio do governo em negociações com a guerrilha e o povo sentir-se inseguro.

Alvaro Uribe denunciou também que nesse momento, 60 pessoas estão seqüestradas, pela guerrilha, que como uma quadrilha do crime organizado exigem resgates milionários para libertá-las, um dos rendosos negócios, da Farc, além do usual tráfico de drogas.

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