31 de mai. de 2009

Dilma Rousseff dançou

Dilma Rousseff dançou
Dois Ministro foram escalados para dançar forró com a Ministra

Foto: Guga Matos/JC Imagens

Do camarote do Governo do Estado a Ministra observa a movimentação do do Patio do Forró sem entender bem o que está acontecendo.

Fontes: Blog do Jamildo, Blog do Jamildo

O Blog do Jamildo informa que a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, arriscou passos de dança na abertura do São João de Caruaru, conforme havia prometido. Ela dançou forró com os ministros José Múcio das Relações Institucionais e Carlos Lupi Ministro do Trabalho e Emprego.

Foto: Fernando Silva/Blog Diário de Pernambuco

Dilma tem comparecido a todos os eventos de Pernambuco, virou arroz de festa, pelo visto em breve teremos Dilma na Missa do Vaqueiro, na Buscada de São Gonçalo, no Pastoril do Sitio da Trindade, na festa do bordado de Passira e nas sextas dançantes do Clube das Pás.

A novidade é que desta vez deixaram o ex-prefeito do Recife João Paulo chegar perto da Ministra. Puxa saco inveterado foi logo dizendo que a Ministra vai ganhar a eleição para Presidente no primeiro turno, com ou sem o apoio do PMDB. Ela apenas sorriu enigmática.

Todo mundo está sabendo, que com ou sem câncer, o PMDB de Renan Calheiros e de José Sarney não apóiam a Ministra, para presidente, nem que a vaca tussa.


Big Ben: 150 anos marcando o tempo

Big Ben: 150 anos marcando o tempo
Desde 1859 que o Big Ben, marca as horas para os londrinos. As badaladas do seu sino são ouvidas em todo mundo, retransmitida pela rádio da BBC, desde 1924. Instalado no edifício do Parlamento britânico é um ícone de Londres e o mais imponentes e charmoso instrumento usado para medir o tempo em todo o mundo.

Foto: Gettty Images

O Big Ben enfrentando o gelado inverno londrino

Fontes: Expresso, El Pais, Estadão, Diário de Notícias

O Big Ben é o símbolo da Inglaterra vitoriana que estende a sua sombra - e os seus sons - sobre uma Londres plenamente no século XXI e que hoje assinala século e meio de existência de forma discreta: está prevista apenas a inauguração de uma exposição.

Esta é mesmo a única forma dos estrangeiros conhecerem o interior do relógio, já que não é permitida a visita a não britanicos ao seu interior. A obtenção de autorização para visitá-lo começa com um pedido por escrito ao deputado da respectiva circunscrição eleitoral, que é quem providencia a permissão.

Fotos: AP e Reuters

A guia Catherine Moss, já subiu o equivalente a três vezes a altura do Everest, só conduzindo os visitantes até a torre onde está instalado o mecanismo do relógio e o sino de 13,7 toneladas, visita só permitida cidadãos britânicos de nascimento.

As medidas de segurança são, naturalmente, outro obstáculo, atendendo ao especial estatuto do edifício em que se encontra, o do Parlamento Britânico.

Depois o visitante sobe 400 degraus, alcançando o 16 andar, e passará alguns minutos num espaço exíguo, olhando a distancia a engrenagem e a face interna de um dos gigantescos mostradores.

Inicialmente, os membros do Parlamento não ficaram entusiasmados com a inauguração do Big Ben, os sons dos sinos e do carrilhão sobrepunham-se às artes oratórias dos tribunos britânicos que até então falavam sem ajuda de microfones.

Hoje para os britânicos ouvir o seu sino é mais importante que as vozes dissoantes dos seus parlamentares envoltos em escândalos.

Foto:Arquivo

Em 1941 a silueta do Big Ben cercado de arame farpado durante a 2ª Guerra Mundial, e o primeiro ministro Winston Churchill, desolado constando a destruição causada pelo ataque aéreo alemão ao parlamento em Londres.

Um dos momentos mais simbólicos da história recente do Big Ben foi durante a 2ª Guerra Mundial, quando os alemães bombardearam o edificio do parlmanto britanico, na noite de 10 de maio de 1941.

O Palácio de Westminster, de que faz parte a torre do relógio, incendiando-se e as chamas chegaram até à altura do campanário, um dos ponteiros do mostrador do lado Sul ficou seriamente danificado, alguns vidros foram estilhaçados, mas o relógio continuou a marcar imperturbável o tempo.

Nem sempre foi assim. Várias vezes nos últimos 150 anos o Big Ben esteve parado por razões técnicas, ainda que o som dos seus sinos se tenha ouvido sempre, sendo transmitidos pela rádio da BBC rádio desde 1924.

Numa outra conjuntura especial foi necessário suspender o funcionamento do relógio: entre 1916 e 1918, já que se entendeu que os seus sinos poderiam servir para orientar os ataques dos Zeppelins da Alemanha ao edificio do Parlamento.

Foto: Getty Images

Nada pode ser mais britânico que o Big Ben

O grande relógio, construído numa torre das Casas do Parlamento desenhadas por Charles Barry para substituir as antigas destruídas por um incêndio em 1834, começou oficialmente a funcionar a 31 de Maio de 1859.

Um arquiteto, Charles Barry, e um advogado e relojoeiro, Edmund Becket Denison, foram os encarregados de erguer a torre e construir o relógio. Eles não se suportavam e se culpavam pelos atrasos e as despesas orçamentárias extras que representou a obra e falhas no projeto que surgirão posteriormente como a rachadura no grande sino, porque o badalo que batia para marcar as horas era grande demais.

Barry terminou com o título de Sir e Denison com o de Lorde, mas o papel de ambos foi praticamente esquecido quando assumiu o controle da reconstrução do Parlamento o engenheiro Benjamin Hall, cujo nome, segundo alguns historiadores, é a origem do termo Big Bem, um apelido que o enorme inglês era conhecido.

O sino que pesa 13,7 toneladas, tocou pela primeira vez em 11 de Julho de 1859, quase dois meses após a inauguração do relógio, e era ele a princípio que era chamado de Big Bem, nome depois transferido para todo o conjunto do projeto.

O relógio é o monumento favorito dos ingleses e um dos mais conhecidos no mundo e as horas que marca continuam a regular muitos acontecimentos.

Por exemplo, o som do Big Ben, captado ao vivo por microfones instalados no cimo da torre, é usado pela BBC para começar alguns dos seus noticiários.

No dia da Recordação, a 11 de Novembro, em honra das vítimas da I Guerra Mundial, é o sino que dá sinal aos canhões para dispararem salvas às 11:00 da manhã que marcam o início dos habituais dois minutos de silêncio.

Foto: Arquivo Parlamento Britânico

Em 1977 os serviços de manutenção e restauração pararam o relógio por meses/P>

E, na passagem de ano, os mecânicos têm de subir lá acima e confirmar que está certo porque milhões de pessoas esperam pelas suas badaladas para festejar.

Todas as segundas, quartas e sextas-feiras, o relojoeiro inglês Paul Roberson, de 50 anos, tem de subir ao cimo da torre, para assegurar dar corda no grande relógio.

"Usamos uma grande chave como as que se usavam nos carros antigos e temos de rodar durante cerca de uma hora", relatou à agência Lusa.

Nos mecanismos que fazem tocar os sinos foram instalados motores elétricos, embora o botão de arranque precise ser ativado manualmente.

Mas os ponteiros ainda funcionam à manivela e os três "mecânicos" do Big Ben têm de calcular os tempos certos em que devem fazê-lo.

À sexta-feira esperam pelos 12 badaladas do meio-dia para dar corda e assim não precisam de trabalhar ao fim-de-semana.

Foto: AP

O relojoeiro Paul Roberson dando corda na grande engrenagem do Big Ben

Mas na segunda-feira de manhã têm de regressar sem falta, senão o relógio pára, como quase aconteceu em fevereiro deste ano, caiu uma nevasca em Londres que chegou a paralisar os transportes públicos.

Calculando que os seus dois colegas iriam ter problemas em ir trabalhar, Paul Roberson, de 50 anos, andou duas horas a pé e ao frio para chegar a tempo de dar corda ao Big Ben.

"Na noite seguinte", revelou, "o palácio de Westminster arranjou-nos acomodações dentro do palácio porque tinham medo que a neve se acumulasse nos ponteiros".

Relojoeiro há mais de 30 anos, Paul Roberson gosta do seu trabalho, que conseguiu em 2005 depois de ver um anúncio num jornal especializado.

"Para a profissão é o ponto mais alto da carreira", congratula-se.

Para além do Big Ben, tem a função de cuidar dos cerca de dois mil relógios que existem no Parlamento britânico.

Mas o encargo também tem os seus inconvenientes, como a necessidade de ter de estar disponível 24 horas por dia, sete dias por semana, rotineiramente o chamam a qualquer hora, se o sino por exemplo não tocar.

Foto: Reuters

01 de janeiro de 2009

Nas noites de réveillon ele está sempre sozinho no alto da torre garantindo o funcionamento do Big Bem, diz que tem uma vista privilegiada dos fogos, mas a família sempre reclama.

Já tem acontecido ser chamado fora de horas porque o sino não tocou.

E nem sempre é um privilégio passar a meia-noite de ano novo no famoso Big Ben.

Paul Roberson reconheceu que manter em andamento o relógio tem hoje em dia um valor mais simbólico que de utilidade.

"Antes as pessoas comprovavam se seus relógios estavam certos olhando para o Big Ben. Agora comprovam se o Big Ben está certo olhando para seus relógios".


Promotor assedia a perigosa Suzane Richthofen

Promotor assedia a perigosa Suzane Richthofen
Olhando fixamente a cruel parricida, o romântico membro do Ministério Publico confessou estar perdidamente apaixonado, ao fundo, Julio Iglesias cantava Crazy

Foto: Reprodução TV Globo

Fontes: Jornal do Brasil, Correio da Bahia, O Dia, Portal Terra

O pessoal que está produzindo o filme sobre o crime cometido por Suzane von Richthofen, condenada pelo assassinato da mãe e do pai, em 2002, tem que acrescentar essa cena e dar vida ao personagem do promotor apaixonado que tentou seduzir a assassina no seu gabinete ao som de uma trilha sonora romântica.

Na vida real, Suzane von Richthofen no depoimento que prestou à juíza da Vara de Execuções da Comarca de Taubaté, acusou o promotor das execuções criminais Eliseu José Berardo Gonçalves de ter lhe assediado enquanto ela esteve presa na Penitenciária de Ribeirão Preto.

O promotor esteve na cela onde ela convivia com as outras presas fotografando sob a alegação de que apurava possíveis privilégios que Suzane estaria desfrutando.

Numa segunda ocasião, dias depois, foi conduzida ao gabinete do promotor, em local fora da prisão, e permaneceu a sós com ele por várias horas. A conversa em nada lembrou um questionamento do ministério público a uma prisioneira, foi mais um papo sobre a vida pessoal de Suzane, em tom carinhosamente coloquial.

Dez dias depois, num terceiro contato, Suzane foi conduzida de ambulância e sem algemas, outra vez ao gabinete do promotor. Ao som de CDs românticos, com voz embargada o membro do MP Eliseu José Berardo Gonçalves teria dito estar apaixonado por uma moça, para quem tinha escrito inúmeras poesias e sonhava em beijá-la e abraçá-la.

Como Suzane se fez de desentendida, ele teria confessado que essa moça era ela.

Até agora o promotor nega o assédio, mas admitiu ter ido à cela de Suzane e tirado fotos, pois, segundo ele, havia denúncia de supostos privilégios às presas e que ela foi ouvida duas vezes no seu gabinete sobre as supostas regalias. Nada disse sobre os CDs de Julio Iglesia.

O estranho é que esses fatos aconteceram há dois anos, e só agora Suzane os tenha trazido ao conhecimento do poder judiciário, exatamente no momento em que está sendo decido a possibilidade dela ter o direito à progressão da pena, ou seja, ter o direito de ficar fora do presídio durante o dia.

Outro promotor, o da Vara de Execuções Criminais de Taubaté, Paulo José de Palm, já deu parecer e foi contrário à concessão do beneficio de regime semiaberto à Suzane:

“Não há indicativo e tão pouco provas de que ela não é perigosa. Pelo que tenho nos autos ela é perigosa”.

Diante disso, provavelmente a Juíza de Taubaté que decidirá sobre o benefício, pediu ao romântico promotor de Justiça Eliseu José Berardo Gonçalves, um parecer sobre Suzane, do tempo em que ela esteve presa na Penitenciária de Ribeirão Preto.

A defesa achou por bem desqualificar o parecer do promotor, que deve ter se comportado fora dos padrões, acusando-o do assédio. De uma forma ou de outra a juíza, quer acredite ou não no assédio, não vai poder tomar sua decisão com base no parecer do Promotor de Ribeirão Preto, por suspeição de estar impregnado de romantismo ou de ressentimentos de amor rejeitado.

Como somos perdidamente romanticos e sensíveis as paixões descontroladas e impossíveis, dedicamos ao promotor Eliseu e a assassina Suzane a canção que se segue:
Crazy - Julio Iglesias


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Chávez exige autoridades agindo contra a imprensa

Chávez exige autoridades agindo contra a imprensa

Foto: Getty Images

Fontes: Ultimo Segundo, G1

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, exigiu e ameaçou, as autoridades de diferentes poderes do Estado, inclusive um ministro do Governo, que ou renunciem ou atuem contra os veículos da imprensa que "envenenam" o país.

Imagina-se que estas autoridades estão reagindo a tomar medidas extremas contra alguns desses órgãos, destacando-se a Globovision, fazendo Chávez, ao trazer a público suas exigência nesse tom ameaçador.

Após frisar que o objetivo destes meios de comunicação é "incitar" um magnicídio, (a morte do presidente)

"Faça o que tiver que fazer", declarou Chávez ao ministro venezuelano das Infraestruturas, Diosdado Cabello, que também dirige a Conatel, o órgão encarregado das telecomunicações.

O presidente também pediu à procuradora geral, Luisa Ortega, e à presidente do Supremo Tribunal, Luisa Estella Morales, que "cumpram com suas obrigações para com o povo"

Chávez ordenou que o ministro de Habitação e Obras Públicas, Diosdado Cabello, e os chefes da Procuradoria, do Supremo Tribunal e do Conatel, órgão que regula a imprensa, "cumpram sua obrigação perante o povo, já que foram nomeados para isso".

Caso contrário, "renunciem, deixem os cargos e (sejam substituídos por) pessoas com coragem", afirmou o governante no programa de rádio e televisão "Alô, presidente!"

"Este problema é de todos, de toda a sociedade. Vou esperar que cumpram o que têm de cumprir", mas, "se não acontecer o que tem de acontecer, eu mesmo terei de atuar", acrescentou.

O chefe de Estado disse ainda que, no ano passado, devido a "ineficácias e vazios" ainda existentes, teve de atuar pessoalmente com sanções.

Caso o Estado não atue contra a imprensa que "envenena o povo, declarou o governante, "seremos corresponsáveis, cúmplices e culpados de não exercer a autoridade".

Durante o programa, o presidente não citou o nome de nenhum veículo de comunicação, nem afirmou que espera o fechamento definitivo de algum deles .

No entanto, disse que o empresário Guillermo Zuloaga, presidente da rede de TV "Globovisión", "é um mafioso".


30 de mai. de 2009

Sonia Sotomayor, uma latina na Suprema Corte

Sonia Sotomayor, uma latina na Suprema Corte
Oriunda de família pobre de porto-riquenhos, órfã de pai aos nove anos, conseguiu brilhar nas melhores universidades americanas e se destacar como uma das mais competentes e experientes juízas dos tribunais dos EUA, a ponto de merecer a indicação do presidente Obama

Foto: Getty Images

Conhecida como ‘juíza sem medo’, Sonia Sotomayor decidiu processos difíceis e rumorosos. Está confiante de que o Senado, que já a aprovou em 1998 como juíza federal por 67 contra 29, dará nova maioria absoluta à sua nova nomeação

Fontes: Correio da Manhã, The New York Times, BBC – Lucas Mendes, AFP

O presidente Barack Obama nomeou a juíza de Nova York Sonia Sotomayor para a Suprema Corte dos Estados Unidos. Caso seja confirmada no posto, Sonia, cujos pais são porto-riquenhos, será a primeira hispânica a ocupar uma cadeira no tribunal de mais alta instância do país e a terceira mulher a ter ingressado no tribunal.

Sonia Sotomayor, que poderá se tornar a primeira juíza hispânica na Suprema Corte dos Estados Unidos, traz para a experiência de confirmação o tipo de história pessoal rica que sempre foi profundamente gratificante para os americanos, a jornada de uma origem humilde a uma posição respeitada de grande influência.

Foto: Getty Images

A sua nomeação mereceu cerimônia na Casa Branca. Sotomayor levou com ela a mãe, o padrasto, o irmão, a cunhada e três sobrinhos. Foi o momento mais alto da história da família, disse ela.

A juíza Sotomayor, de 54 anos, cresceu em Bronxdale Houses, filha de país que se mudaram de Porto Rico para Nova York durante a 2ª Guerra Mundial. Seu pai, que trabalhava como soldador, morreu quando ela tinha 9 anos, deixando sua mãe para criar ela e um irmão.

Em discursos a grupos latinos ao longo dos anos, a juíza Sotomayor falou de como sua mãe trabalhava seis dias por semana como enfermeira para enviar os filhos à igreja católica, comprou a única enciclopédia do bairro e mantinha uma panela com arroz e feijão aquecida no fogão todos os dias para seus amigos.

A jovem Sonia adorava os romances policiais de Nancy Drew, ela recordou um dia, e sonhava em ser uma investigadora policial. Mas um médico que diagnosticou sua diabetes na infância sugeriu que isso seria difícil.

Sotomayor contou que converteu então sua adoração pela literatura de Nancy numa lealdade à série Perry Mason da televisão e decidiu se tornar advogada. Ela descreveu sua ida à Universidade de Princeton, onde se formou com máximo louvor em 1976, como uma experiência transformadora. Quando chegou ao campus vinda do Bronx, ela disse que se sentiu como "uma visitante pousando num país estrangeiro". Ela nunca levantou a mão em seu primeiro ano ali. "Eu me sentia muito envergonhada e intimidada para fazer perguntas", disse certa vez a juíza Sotomayor.

Foto: Arquivo pessoal

ALBUM DE FAMÍLIA Sonia Sotomayor, com um ano de idade, sua mãe Celina e o pai Juan. Na foto ao lado aos sete anos

"Passei meus anos desde Princeton numa faculdade de direito e em meus vários empregos profissionais sem me sentir por completo uma parte do mundo que habito", disse ela, acrescentando que, a despeito de suas realizações, "eu estava sempre olhando por cima do ombro me perguntando se estaria à altura."

Sotomayor foi para a Faculdade de Direito de Harvard, trabalhou no escritório do procurador distrital em Manhattan e dedicou algum tempo a um escritório de advocacia privado antes de ser nomeada para a magistratura. No Tribunal de Circuito, ela esteve envolvida em algumas questões polêmicas como o aborto.

Foto: AP

EMOÇÃO: Dona de um modesto apartamento de US$ 300 mil no Village, com menos de R$ 200 mil na poupança, Sonia Sotomayor não tem o charme, o brilho, nem a inspiração de Obama diante das câmeras, mas a biografia, o currículo jurídico, a inteligência e a presença dela despertam emoções semelhantes às do presidente

Algumas de suas decisões mais notáveis vieram em casos de custódia de crianças e comerciais complexos. Seu caso de maior ressonância envolveu a decisão em New Haven para anular testes usados para avaliar candidatos à promoção no Corpo de Bombeiros porque não havia candidatos de minorias no topo da lista.

A juíza participou de um conselho que rejeitou a objeção trazida por bombeiros brancos que tiveram pontuação alta, mas foram preteridos na promoção. O caso produziu uma polêmica acalorada no Tribunal de Circuito, e seu antigo mentor, o juiz Jose Cabranes, criticou fortemente o ponto de vista de Sotomayor. O caso tramita atualmente na Suprema Corte e poderá perfeitamente ser um alvo de críticos republicanos durante o processo de confirmação.

Sotomayor casou-se antes de se formar na faculdade e se divorciou alguns anos depois. Sua diabetes, que a obriga a tomar insulina diariamente, não tem sido um problema, mas alguns especularam se a sua doença poderia ou deveria ser uma questão em termos de sua longevidade projetada no tribunal, por causa do potencial de complicações. Alguns advogados descreveram seus modos em tribunal como bruscos, mas muitos outros disseram em entrevistas que isso se deve apenas a seu estilo direto de nova-iorquina.

Foto: AP

O PECADO: "Eu acho que uma sábia mulher latina, com a riqueza das suas experiências de vida, pode chegar a conclusões melhores com mais frequência do que um branco". Essa frase racista vai lhe custar uns votos.

O juiz Martin Glenn, um veterano advogado de apelações que compareceu muitas vezes diante dela, disse que ela amplamente considerada como uma excelente juíza. Ele acrescentou que os advogados geralmente a veem como uma representante do que chamam de "magistratura quente", significando com isso que as perguntas chegam rápidas e veementes, e os advogados devem estar perfeitamente preparados para elas.

Obama pede pressa na confirmação da juiza latina
A sabatina com a juiza no senado, vai ser um dia glorioso para todos os hispânicos americanos

Foto: Reuters

O presidente americano, Barack Obama, pediu hoje aos senadores para confirmar "sem demoras" a nomeação da juíza de origem porto-riquenha Sonia Sotomayor como membro da Suprema Corte dos Estados Unidos, designada por ele desde terça feira

"Após revisar muitos excelentes candidatos, tenho certeza de que é a decisão correta. Com efeito, não houve um candidato em várias gerações com a profundidade de experiência judicial para este cargo que ela oferece", assegurou Obama.

"Espero que o processo de confirmação comece sem demoras", defendeu o presidente.

"Certamente, há alguns em Washington que estão tentando delimitar as linhas de batalha e fazer os costumeiros jogos políticos, tirando alguns comentários de contexto para pintar um quadro distorcido dos antecedentes da juíza Sotomayor", assegurou.

Apesar disso, afirmou confiar em que esses esforços fracassarão, porque seus antecedentes "falam mais alto que qualquer ataque; seus antecedentes deixam claro que é justa, imparcial e dedicada ao império da lei", ressaltou.



Vargas Llosa: ”Venezuela poderá ser segunda Cuba!”

Vargas Llosa: ”Venezuela poderá ser segunda Cuba!”
Segundo o escritor peruano, ontem em Caracas: “Não há nenhuma dúvida que o país se aproxima de uma ditadura comunista". "Se este caminho não for interrompido, a Venezuela se converterá numa segunda Cuba da América Latina.

Foto: Reuters

Vargas Llosa veio a Caracas participar de um seminário organizado pelo CEDICE, Centro de Divulgación del Conocimiento Económico para la Libertad, entidade que lidera um movimento em defesa da Propriedade Privada, logo ao chegar ficou retido hora e meia no aeroporto e ameaçado gentilmente de expulsão se falasse de política venezuelana

Fontes: La Verdad, AFP, La Nacion, Agencia Estado

O escritor peruano Mario Vargas Llosa, 73 anos, alertou hoje a Venezuela caminha em direção a uma ditadura sob a liderança do presidente Hugo Chávez e que o país poderá se parecer cada vez mais com uma autocracia comunista no modelo cubano.

O aclamado escritor, que veio para participar de um fórum sobre Liberdade e Propriedade Privada teve o passaporte retido por 90 minutos, na área de migração e chegou a ser advertido por um funcionário que “por ser estrangeiro, “não tinha direito de fazer declarações políticas” na Venezuela.

”- Foi dito com amabilidade, disse Vargas, e eu o respondi que na terra de Bolíva, (...) não deveria haver obstaculos ao livre pensamento”.

Disse também que sua bagagem foi submetida a “uma revista minunciosa” e acrescentou em tom irônico, não foi localizado “nada de contrabando, nem material subversivo, nem explosivo”, encontraram apenas livros de poesias.

Ao ser perguntado pelos jornalistas se podia criticar a um governo livremente eleito em outras partes do mundo, respondeu que “absolutamente podia, o que não se pode é insultar.”

Mario Vargas Llosa, mostrando que não se intimidou, abriu o fórum pró-democracia dizendo que o governo Chávez "está se movendo para bem longe de uma democracia nos moldes liberais".

"Ainda existe espaço para críticas", disse Vargas Llosa no fórum em Caracas. Mas "a ameaça de um blecaute na área dos direitos, liberdade de expressão e liberdade de imprensa cresceu significativamente" - disse e acrescentou- “Não há nenhuma dúvida que o país se aproxima de uma ditadura comunista".

Vargas: " A Venezuela se afasta pouco a pouco da democracia!”
"Se este caminho não for interrompido, a Venezuela se converterá numa segunda Cuba da América Latina. Não devemos permitir. É por isso que estamos aqui", afirmou o escritor, ele próprio, no começo, um admirador da "revolução" cubana, da qual tornou-se, depois, um feroz oponente.

"Ainda há espaços de liberdade no país e é preciso aproveitá-los se não quisermos que a Venezuela deixe de ser uma sociedade democrática e se converta em ditadura comunista", insistiu o escritor.

Segundo Vargas Llosa, há uma recente "radicalização do regime" venezuelano, um "temor crescente a toda a espécie de crítica" que provoca uma redução das "liberdades públicas".

"Os espaços são cada vez menores. A ameaça de um apagão no campo das liberdades de imprensa e expressão cresceu muitíssimo", insistiu, admitindo, no entanto, que sua presença em Caracas era "prova" de que ainda é possível expressar-se livremente na Venezuela.

O escritor peruano, fez referência também "à perseguição e às ameaças por parte do governo à rede de televisão privada Globovisión" e à redução das atribuições dos "prefeitos e governadores eleitos em pleitos legítimos", fazendo com que alguns "recorram ao exílio", referindo-se a figura do governador de Maracaibo, Manuel Rosales, exilado no Peru, temendo ser arbitrariamente preso.

"O fato de haver eleições livres de nenhuma maneira garante que o resultado delas seja positivo. Alguns dos piores ditadores conhecidos pela humanidade chegaram ao poder através de eleições, como Hitler".

"Não há como se enganar, há ditadores que são muito populares. Há povos inteiros que sucumbem e se deixam castrar do ponto de vista moral e político. Vimos na América Latina. Hoje (essa tendência) foi reduzida à mínima expressão mas está aí", explicou.

Em relação ao referendo de 15 de fevereiro na Venezuela, no qual foi aprovada a reeleição presidencial contínua, Vargas Llosa considerou que foi "uma decisão equivocada", como acontece com qualquer outra votação que permita a um governante "eternizar-se no poder".

Sobre as últimas decisões de Chávez no setor de política econômica, Vargas Llosa considerou que a "propriedade social" em lugar de propriedade privada é de deixar os cabelos em pé e "satanizar o empresário privado é política suicida" porque vai contra a prosperidade das nações.

O encontro internacional do qual participou reuniu outras 50 personalidades venezuelanas e estrangeiras como o ex-presidente boliviano Jorge Quiroga ou o ex-chanceler mexicano Jorge Castañeda.

Sem citar o escritor peruano, Chávez disse que intelectuais em visita à Venezuela vieram ao país para ofendê-lo.

Veja os vídeos de 30 segundo, de inserção televisiva, produzidos pelo Centro de Divulgación del Conocimiento Económico para la Libertad, conscientizando o povo a defender o direto de propriedade:




Sarney ainda mente e rapina como um jovem político

Sarney ainda mente e rapina como um jovem político
O maranhense é um exemplo de energia insaciável de continuar sugando todas as tetas públicas, legais ou não, há mais de cinqüenta anos de vida pública voltadas para o próprio interesse

Fotomontagem Toinho de Passira

José Sarney de Araújo Costa, talvez descendente direto do nobre pretor romano
Lucius Antonius Rufus Appius?

Fontes: Blog do Josias de Souza, O Globo

O presidente José Sarney diz só ter tomado conhecimento pela imprensa que estavam depositando na sua conta salário, dinheiro indevido, uma “merreca” ilegal de R$ 3.800,00, todos os meses, há anos, sob a desculpa de “auxílio moradia”, uma gratificação destinada a indenizar despesas com habitação com parlamentares que não possuem residência em Brasília.

Não era o caso doe senador maranhense do Amapá Sarney receber, pois, no momento, possui duas residências na capital federal, uma mansão de sua propriedade, e outra que o que o senado lhe põe à disposição, por ser presidente da casa.

Sarney um intelectual da corrupção política, foi rápido e didático, flagrado não titubeou em mentir e depois se desculpar pela mentira, para que a mentira e a desculpa terminassem mais importante na mídia, que a própria mão boba no cofre público.

É ou não é genial?

O fato é que o senador Sarney não evoluiu depois de tantos anos de vida pública. Não era para ele está se envolvendo nessas pequenas gatunagens de políticos larápios iniciantes. Sua biografia merece grandes propinas, negociatas arrasam quarteirões, trambiques de alta monta. Tem que aprender a resistir a esses pequenos deslizes de iniciantes.

Para piorar as coisas e manchar a sua carreira de mafioso, além da não continuar ganhando está sendo ameaçado de devolver o dinheiro que já está na sua conta bancária. É bem verdade que será descontado apenas 10% do seu salário básico, até que a conta seja paga, o que na melhor das hipóteses levaria o dobro do tempo que recebeu, para pagar.

O valor recebido de forma indevida, pelas últimas contas, soma R$ 79.800,00.

Feitos cálculos “legais” chega-se a conclusão de que o senador Sarney terá 50 meses para pagar o dinheiro, pois um desconto maior poderia desequilibrar suas combalidas finanças.

Corre-se o risco, se aparecer mais alguma coisa, se o desconto não for imediatamente implantado, que o mandato atual do senador, não dê tempo para que ele pague todo o devido e Sarney seja forçado a se candidatar de novo, pelo Amapá, para não ficar devendo a tesouraria do Senado.

Adiantamos que no caso de morte, o senador será perdoado.

Charge de WALDEZ – Amazônia Jornal (AM) Foto:

A imprensa não deveria nem considerar notícia esse pequeno deslize do político maranhense de bigodes tingidos. O que esperavam que o senador Sarney fizesse? Sua obsessão em sempre se candidatar, nunca está distante dos cofres públicos, incluí exatamente esse objetivo de se apoderar de tantas quantas forem às verbas que passarem diante de si.

Diz que nem requereu, o dinheiro sozinho, por mãos cúmplices de diretores que ele sabiamente nomeou, tomou o destino do seu bolso.

Todas as vantagens legais e ilegais, que podem ter um senador, povoam o salário de Sarney. Como por encanto essas granas migram para a sua conta bancária atraídas pelo ambiente favorável, da impunidade do privilegiado e inatacável presidente honorário da bancada de Renan Calheiros.

Nenhuma voz insinuou que ele mereceria uma punição por ter sido flagrado desonrando o cargo de senador e de Presidente do Senado, aboletado em verbas que não lhe pertenciam e por ter mentido descaradamente para a imprensa.

Será que ele é inimputável nos casos de falta de decoro parlamentar?

A mensagem final é que deveríamos estar agradecidos com as desculpas e mentiras do grande José Sarney.

Afinal o senador maranhense pelo Amapá, poderia estar gozando merecida aposentadoria, nas mansões e castelos que construiu ao longo da costa do Maranhão, mas prefere continuar na vida pública a defender todos os seus interesses pessoais, como a mesma energia do jovem político larápio no início da carreira, há mais de trinta anos, no túnel do tempo.

Qual a diferença entre ladrão e larápio?
Talvez ao ser suprimido você não sinta a diferença, mas o ladrão e o larápio são etimologicamente duas coisas diferentes, embora que no fundo, no fundo...


Pretor Lucius Antonius Rufus Appius
Em grego, látron era uma palavra derivada do verbo latréo, cujo significado era servir. O látron era o salário devido aos servos mercenários e empregados domésticos.

Em Roma, latrónou latro passou a denominar o servo mercenário, o soldado em geral, todo aquele que servia a troco de salário ou remuneração fixa ou variável, quer fosse livre, quer fosse escravo.

Até aqui, tudo bem - os servos trabalhavam e no final de um período de tempo, recebiam o seu latro.

À medida que o império romano foi entrando em decadência, os senhores e amos, passaram a retardar ou a não pagar o devido o latroaos latróns seus soldados e servos.

O fato é que o pessoal, sindicalizado ou não, resolveu tomar o que achava devido, surrupiando dos seus amos e patrões, objetos e bens, como forma indenizatória.

A coisa saiu do controle e os antigos fiéis latróns mal orientados por um líder sindical com pretensões políticas, partiram para a ignorância e transformaram a justa cobrança do justo latrón numa atividade ilegal, sem a prestação de serviço.

A palavra latrón com o passar do tempo, ao invés de designar o fieis soldados e servos do império, adquiriu um novo significado, de definir aqueles que se dedicavam ao infame esporte de surrupiar os bens dos pobres cidadãos.

Uma corruptela a mais e latrón virou ladrão.

A palavra larápio é inspirada na figura de um pretor, um tipo de juiz da antiga Roma, Lucius Antonius Rufus Appius. O tal magistrado romano tinha o hábito de sentenciar favoravelmente aqueles que melhor lhe corrompesse, coisa dos tempos do império romano.

Assinava sempre de forma abreviada suas decisões, L.A.R. Appíus, que passou a ser uma marca registrada de corrupção, originando o neologismo larápio, tão nosso conhecido.

Voltando à questão original, percebe-se que ladrão e larápio, a rigor não podem ser usados como sinônimos.

Enquanto o termo ladrão faz referência a um indivíduo ou bando, que se apossa de um bem alheio, de forma violenta ou não, o termo larápio aponta para o “surrupiador” mais papo cabeça, sutil, por exemplo, que age sob o disfarce de presidente de uma estatal, de um cargo no executivo ou no legislativo, ou sentado em algum tribunal.

Em resumo, num país de oportunidades como o Brasil, um ladrão pode evoluir, ganhar status de intelectual, tornar-se um ilustre larápio e entrar na Academia Brasileira de Letras.
Texto adaptado do Blog português, Levando Lero


29 de mai. de 2009

Kim Jong-il o indecifrável ditador

Kim Jong-il o indecifrável ditador
O coreano do norte faz coisas destrambelhadas e irresponsáveis, prejudica a faminta população do país, põe o mundo em alerta e em pânico, ninguém sabem bem por que?



Kim Jong-il e sua cópia Doctor Evil

Fontes: O Globo, Caio Blinder

Hoje pela manhã a Coréia do Norte lançou o seu sétimo míssil, de curta distância, depois que fez o teste nuclear na segunda-feira e voltou a ameaçar todo mundo, informando que tomará medidas de autodefesa se o Conselho de Segurança das Nações Unidas punir Pyongyang (capital da Coréia do Norte) por seu teste nuclear de segunda-feira.

Comparar o baixinho Kim Jong-il, 66 anos, amante de sapatos plataformas, óculos escuros gigantescos, tido com playboy na juventude, pela constante companhia de belas mulheres, um apreciador de filmes de faroestes, a Doctor Evil, o arquiinimigo de Austin Power, não chega nem a ser original, há uma grande possibilidade de um inspirar o outro.

A distância entre eles é que o Dr. Evil é um trapalhão engraçado, seus foguetes não funcionam, e ele acaba fugindo de cena, para dar possibilidade de uma continuidade da série.

Kim Jong-il, apesar de aparentemente ridículo, merece ser levado a sério, pelo menos temido: já detém tecnologia da bomba atômica, suficiente incômoda para tirar o sossego imediato do seu vizinho, a Coréia do Norte, e a série de mísseis que anda lançando, com aparente sucesso, demonstra que ele está apenas afinando a pontaria.

"Se o Conselho de Segurança da ONU nos provocar, serão inevitáveis novas medidas de legítima defesa", afirma o ministério norte-coreano das Relações Exteriores, num comunicado pela televisão.

"Qualquer ação hostil do Conselho de Segurança da ONU significará a anulação do Acordo de Armistício", acrescentou o porta-voz se referindo ao fim da trégua no fim da Guerra Coreana de 1950-53, pela segunda vez nesta semana.

Os comentaristas políticos do mundo batem cabeça tentando compreender as razões e as pretensões do ditador.

O jornalista Caio Blinder chega a dizer:

“Vamos ser sinceros e admitir que sabemos pouco sobre o que acontece nos porões da ditadura comunista norte-coreana de Kim Jong-il.

Palpites dizem que ele quer endurecer e fechar mais o país, para assegurar a passagem do poder para o seu filho caçula, sem reações internas. Outros que ele é portador de uma doença terminal e está pondo fogo no planeta por pura diversão satânica.

Há também o mistério do porque a China ajuda o regime norte coreano sobreviver, fornecendo comida, apoio diplomático, peitando as grandes potências e segurando o “êxodo em massa dos refugiados”.

O palpite mais evidente é que se o regime ditatorial da Coréia do Norte desabar, o mais provável é que as duas Coréias se reunifiquem, com a supremacia da rica Coréia do Sul.

Foto: AP

O desconfortável clima de guerra na fronteira entre as duas Coréias

Como os sul coreanos são aliados fidagais dos norte americanos os chineses preferem pagar o preço e correr o risco a fortalecer mais ainda os coreanos aliados dos ianques.

O noticiário diz porem, que até a China está achando que o ditador Kim foi longe demais e está disposta a colaborar com o arrocho que está sendo aprontado contra ele.

A única voz em favor deles ainda é a Rússia, que nunca assumiu a proteção paternalista típica dos chineses, mas pede paciência a comunidade internacional.

O mais perturbador disso tudo é que a ONU enquanto prepara sanções diplomáticas e econômicas contra a Coréia do Norte, tem que ter o extremo cuidado para não piorar ainda mais a situação de fome e penúria em que vive a grande maioria da população norte coreana, enquanto os seus dirigentes torram milhões com explosões de bombas atômicas e mísseis balísticos.

O sucessor de Kim Jong-il
Todos os seus filhos homens podem ser seu sucessor, mas como tudo do país coreano, o nome preferido do ditador é só especulação

No mês passado, Kim Jong-un, o filho mais jovem dos três do comandante supremo, passou a fazer parte da Comissão Nacional de Defesa como instrutor de baixo nível, segundo publicaram os meios de comunicação sul-coreanos e japoneses.

Daí, segundo a agência de notícias sul-coreana Yonhap, está destinado a escalar progressivamente cargos mais altos no órgão que supervisiona o poderoso exército norte-coreano, integrado por 1,2 milhão de soldados.

Com um objetivo final: o trono comunista.

Kim Jong-un, de 26 anos, estudou sob identidade falsa em uma escola internacional em Berna (Suíça), fala inglês, gosta de basquete e de música ocidental. Diz-se que ele tem capacidade de liderança e se parece e age como seu pai. A foto ao lado é uma concepção da provável aparência do jovem.


Kim Jong-nam, gosta da Disnelandia e Kim Jong-chol fama de efeminado (essa imagem não se tem certeza pertencer ao filho de Kim)

O excêntrico dirigente asiático tem outros dois filhos. O mais velho, Kim Jong-nam, 38 anos, foi considerado durante muito tempo seu favorito, até que foi detido no Japão em 2001 usando um passaporte falso da República Dominicana para tentar visitar o parque de atrações Disneylandia em Tóquio.

O segundo, Kim Jong-chol, 29, aparentemente não goza das preferências de seu pai. Um antigo cozinheiro do dirigente norte-coreano conta em suas memórias publicadas em 2003 que este considera seu segundo filho "afeminado".

Mas o jornal sul-coreano "Dong-a Ilbo" publicou há alguns dias, que Kim Jong-chol está sendo preparado para governar algum dia, para o que lhe foi atribuído um cargo secreto de alto nível no Partido dos Trabalhadores, e presta contas diretamente a seu pai.


Ninguém merece: Chávez ficará quarto dias na TV

Ninguém merece: Chávez ficará quarto dias na TV
Nas comemorações do aniversário de 10 anos do “Alô Presidente”, o presidente venezuelano promete quatro dias de transmissões em capítulos, como uma telenovela, uma auto promoção de deixar Lula babando

Foto: Getty Images

DELÍRIOS DE UM DIDATOR: "Alô presidente número 331. Estamos no décimo aniversário. Não tem programa como este em todo este imenso espaço", disse Chávez na periferia de Maracaibo (capital de Zulia), feudo da oposição, onde apresentou "o primeiro capítulo" de "quatro dias da série".

Fontes: AFP, G1, Estadão

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, comemorando os dez anos do programa "Alô Presidente", iniciou uma edição especial de quatro dias de transmissão do programa, que irá de hoje até domingo.

No começo do programa de hoje, ressaltou o "empenho pedagógico" de seu programa e fez referência às palavras do líder cubano Fidel Castro, que comemorou hoje em artigo os dez anos do "Alô Presidente", transmitido por rádio e televisão.

"O caso de Hugo Chávez é excepcional na história da política. Outros alcançaram fama e celebridade por meio da imprensa escrita, radiofônica ou televisiva, mas nunca uma ideia revolucionária fez uso de um meio de comunicação com tanta eficácia", assegurou o ex-governante cubano.

Foto: Getty Images

O "Alô, Presidente!", com transmissões feitas inclusive no exterior, não tem tempo mínimo nem máximo de duração, algumas vezes, chegou a se estender por mais de oito horas contínuas.

O presidente venezuelano, passou 1.536 horas falando durante no programa, o equivalente a 64 dias. Chávez disse que a transmissão de hoje, é o "primeiro capítulo" dos quatro dias "de uma aula".

"Será um programa como nunca visto antes", disse Chávez com sua habitual modéstia.


28 de mai. de 2009

Thomaz Bastos diz que "mensalão" nunca existiu

Thomaz Bastos diz que "mensalão" nunca existiu
O ex Ministro está mentindo, para tentar defender o chefe da quadrilha petista José Dirceu. Bastos nunca teve dificuldades em mentir, afinal ele é um advogado criminialista

Foto: Elza FiúzaAbr

O ex-ministro da Justiça, Thomaz Bastos, como bom criminalista está sempre treinando em falsear a verdade. Seu oficio é mentir. É um dos mais bem sucedidos mentirosos do país, ficou milionário, de tanto entortar a verdade nos processos judiciais que defendeu.
Seu ídolo é Lula

Fontes: Folha Online, Portal Febril, Folha de São Paulo , EFE, Veja

O ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos foi ao Fórum Criminal Federal de São Paulo, depor como testemunha de defesa do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, e afirmou ter convicção de que o "mensalão" não existiu.

Dirceu é apontado como chefe de um esquema de pagamento de propina a parlamentares para influenciar votações no Congresso a favor do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Como vai negar a existência do crime, o advogado de defesa de José Dirceu optou por apresentar testemunhas, como Márcio Thomaz Bastos, ex-ministro da Justiça, que não falarão do fato em si, assumindo o papel de uma "testemunha da imagem". "Ele (Dirceu) é um sujeito disciplinado e preparado. Nunca o vi trabalhar menos de 12 horas na Casa Civil", comentou a testemunha nada acrescentando ao processo.

Thomaz Bastos é um dos grandes advogados criminalistas do Brasil, enquanto Ministro da Justiça, tirou o governo de algumas encrencas federais, pediu para sair do ministério, pois viu que estava perdendo dinheiro em continuar Ministro, fazendo expediente duplo, durante o dia era Ministro da Justiça e de noite, nos bastidores era advogado de defesa dando coberturas e arranjando saídas para as “cagadas” do governo.

Charge de Laílson – Diário de Pernambuco (PE)

Foi ele que acalmou Lula e o tirou de uma grande vexame quando o presidente, todo poderoso, no inicío do mandanto queria expulsar o jornalista americano, Larry Rohter, do The New York Times, que fez uma matéria dizendo que "Hábito de bebericar do presidente vira preocupação nacional". (Veja a matéria original traduzida)

O então ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, estava na Suíça Lula foi assessorado por Luiz Gushiken e José Dirceu, e o próprio Lula aloprou ao extremo no momento em que "alguém disse que me expulsar era inconstitucional porque minha mulher é brasileira, diz Rohter no seu livro, Lula replicou batendo na mesa e berrando, exaltado, ‘Que se foda a Constituição! Quero que ele vá embora!’".

Rohter permaneceu no país, graças a um pedido de habeas corpus impetrado pelo então senador Sérgio Cabral e aceito pelo juiz Francisco Peçanha Martins, do Superior Tribunal de Justiça.

O governo recuou, buscando um acordo com o New York Times – que Márcio Thomaz Bastos vendeu como um pedido de desculpas do jornal.

O próprio mensalão seria um escandalo sem precedentes na história do país, muito mais do que acabou sendo, se não fora a pronta intervenção do Ministro Thomaz Bastos, ou melhor do advogado criminalista.

Quando as viceras do mensalão ficaram expostas, parecia o fim do mundo. Milhões inexplicaveis circulavam pela presidência do Partido dos Trabalhadores, o “inatacável” José Genoíno não tinha explicações para o empréstimos milionários em nome do partido, com sua assinatura, no banco rural; o empresário careca mineiro Marcos Valerio, dono e sócio de dezenas de empresas, fornecia milhões e mais milhões ao Partido dos Trabalhadores e a outros partido da base aliada e a miúde distribuia grana ala a um “bando” de deputados da base aliada do governo Lula.

Charge de Laílson – Diário de Pernambuco (PE)

O estranho tesoureiro do PT Delúbio Soares, dopado, vai depor na CPI dos Bingos, a chamada CPI do fim do mundo, onde a oposição estava mandando e desmandando, e instruido por Thomaz Bastos, com uma curta frase, deu novo rumo a questão, e pos todo mundo a salvo, e impune até hoje:

“-Esse dinheiro não era corrupção, era “verba não contabilizada” que estava sendo usada em campanhas políticas.

Delúbio assumiu solitariamente que fazia sem comunicar a ninguém um baita “Caixa 2” de campanha, e como crime eleitoral não tem punições que levem condenados a cadeia, e como ele não tinha mandato eletivo, todo mundo acabou escapando.

Charge de Laílson – Diário de Pernambuco (PE)

Ainda existe esse processo rolando aí no STF, como os quarenta indiciados, já reduzidos a 38 e que vai acabar não dando em nada.

Bastos também, transformou o escândalo da Mansão dos lobistas de Ribeirão Preto, instalada as margens do lago Paranoá, em Brasília, que era um consorcio criminoso entre o então Ministro da Fazenda, Antônio Palocci e antigos colaboradores dos tempos da corrupção do lixo da prefeitura da cidade do interior paulista, na insípida quebra de sigilo bancário do caseiro.

Charge de Laílson– Diário de Pernambuco (PE)

Aconselhou Antônio Palocci a sair de cena, para que as outras investigações acusações perdessem o interesse imediato. É muito mais fácil defender um ex-ministro que perdeu o ministério, que já parece um castigo mais que suficiente, por uma “suposta acusação de ter mandado quebrar um sigilo bancário” que alguém acusado de formação de quadrilha e corrupção usando o Ministério da Fazenda.

Com a renúncia de Palocci do Ministério não se levou mais a fundo as investigações sobre as outras acusações. Como é muito difícil provar que o Ministro mandou quebrar o sigilo do caseiro, Antônio Palocci está em vias de ser absolvido pelo Supremo Tribunal Federal, um tribunal que, diga-se de passagem, jamais condenou um político.

milagroso Thomaz Bastos tirou o petista de Ribeirão Preto, de uma encrenca devastadora, transformando-o em um inocente cidadão, com atestado fornecido pelo Supremo Tribunal Federal, as vésperas de um ano eleitoral.

Charge de Laílson – Diário de Pernambuco (PE)

O presidente Lula vai precisar muito de Thomaz Bastos, quando um dia deixar o governo, para explicar como ficou bilionário enquanto presidia o Brasil.


Ilustramos com Charge do pernambucano Laílson, um dos mais geniais artistas do humor político brasileiro, publicadas no Diário de Pernambuco. Ao que sabemos Laílson dedica-se hoje a outro ramo de atividade, mas seus traços faz muita falta, ao humor crítico do país.

Larry Rohter, o jornalista que Lula quase expulsou

Larry Rohter, o jornalista que Lula quase expulsou

Querendo expular Rohter do Brasil pois o havia chamado de alcoolatra, disseram a Lula que não era possível pois a Contituição não permitia a expulsão de um estrangeiros que tivesse filhos brasileiros. Revelando o seu caráter fascista lula esmurrou a mesa e gritou:

”- Foda-se a Constituição...”


O Estadão perguntou ao correspondente americano o que ele gostaria de perguntar a Lula.

Rohter disse que perguntaria sobre o mensalão: "Presidente, o que o senhor sabia e quando soube?"

O correspondente do Larry Rohter tirou uma licença do The New York Times em agosto de 2007 e só então falou dos dias em que quase foi expulso do Brasil, pelo presidente Lula, numa estrevsita no Estadão que pouco repercutiu. Voltamos a transcrevemos alguns trechos, como já o fizemos no passado, recordar esses momentos históricos no põe mais alerta com a atualidade, se quiser pode ler a entrevistas completa no Estadão.

William Lawrence Rohter, 57 anos, é casado com um brasileira e pai de dois filhos, brasileiros, nasceu em Chicago. É filho de mãe imigrante da Escócia e pai descendente de russos. Na juventude, trabalhou como carteiro e operário de uma fábrica de lâmpadas.

"Operava na linha de produção com imigrantes latinos e caribenhos. Ali aprendi o espanhol", relembra. Já o português foi no Brasil, deliciando-se com a fala sonora dos nordestinos, "algo adorável". Entre os cinco idiomas que domina está o mandarim.

Explica-se: além de estudar história da China, na Columbia University, teve uma passagem como correspondente em Pequim, entre a primeira e a segunda estadas no Brasil. Quando finalizar o livro de revelações e mais um outro, seu romance de estréia, a licença que tirou do NYT deve expirar e o "polêmico Larry", como foi chamado, voltará à reportagem. Provavelmente na China, avisa a quem estiver interessado.

Larry foi o primeiro jornalista que registrou a existência do lider sindical Lula, no exterior, nas páginas do jornal americano Washington Post, em 1978. Foi preso no Chile de Pinochet, acusado de ser espião argentino. Foi expulso de Cuba de Fidel:

"Bateram à porta: "Seu visto acaba de expirar. O senhor volta no próximo vôo?"

Diz que a paixão pelo beisebol facilitou sua relação com Hugo Chávez. “Ele adora o esporte. Sabe tudo.”

Também tive momentos prazerosos no Brasil. Como ouvir um nordestino falando. Adoro o sotaque! O português é o sotaque que mais aprecio dentre as várias línguas que falo (inglês, espanhol, português, mandarim e russo). Mas o nordestino é campeão na criação de frases e expressões. Isso explica a coleção que tenho de cordel. Tenho mais de 2 mil livrinhos, colecionados em 35 anos de viagens.

Na verdade, descobri o cordel no Rio, na Feira de São Cristóvão. Fui me aproximando desses artistas nordestinos, especialmente dos pernambucanos. J.Borges, cordelista e famoso pelas xilografias, virou amigo.

Dila, poeta popular de Caruaru, é um gênio, sobretudo em temas relacionados a Lampião e Maria Bonita. Dila até me retratou na capa de um cordel. Gosto da música brasileira de A a Z literalmente, de Arnaldo Antunes a Nação Zumbi.

Gilberto Gil é sensacional. Como instrumentista, poeta, ministro. Tem aquele traço que reconheço nos brasileiros: generosidade de espírito. E pensar que ele, ao sair da prisão, no DOI-Codi da rua Barão de Mesquita, embarcou num avião e compôs Aquele Abraço... Isso demonstra a pessoa extraordinária que é.

Dizem que o português falado por Larry Rohter é muito superior a de muitos políticos brasileiros.

Como se sente ao terminar seu período como correspondente no Brasil?

A decisão de fechar o ciclo foi mais minha do que do jornal. Por razões pessoais pedi para sair. Hoje eu me sinto assim: durante oito anos e meio fiquei (faz o gesto de quem fecha um zíper) com o bico calado neste País. Porque o New York Times tem uma norma que todos os correspondentes devem acatar: não fazer nenhum comentário pessoal sobre assuntos internos do país onde atuam. Então, fiquei quieto. Só que setores inescrupulosos da imprensa brasileira se aproveitaram do meu silêncio e passaram a me atacar.

Isso começou quando?

No início desse período de oito anos não tive problemas, até porque não havia curiosidade sobre a minha pessoa. Dificuldades começaram a partir da reportagem que fiz sobre hábitos do presidente Lula, hábitos comentados no País. Como eu não podia me defender das reações à matéria, certos jornalistas daqui me trataram como se eu fosse a Geni da música do Chico Buarque: vamos jogar pedra porque ele não pode reagir.

Acha mesmo que o presidente queria ir às últimas conseqüências?

O que eu acho é que, desde o início do caso, o presidente foi mal assessorado. Difícil saber o que de fato aconteceu no Palácio do Planalto naqueles dias, mas tudo indica que as coisas ficaram muito ruins pro meu lado. Só mudaram de curso quando o então senador Sérgio Cabral entrou com um habeas-corpus a meu favor. Ali, e só ali, senti que, num eventual julgamento da questão, o Supremo, inteiro ou em boa parte, ficaria contra o governo. O ministro Márcio Thomaz Bastos (da Justiça) não tinha outra opção a não ser costurar um acordo.

Além da reação do Planalto, sua matéria causou uma longa e estridente questão na imprensa brasileira. Jornalistas sustentam que você afirmou coisas graves sobre o presidente, sem apresentar provas.

Mas provar o quê? Eu não sou tira nem médico para provar... Havia um tremendo zunzunzum no meio político. Brizola teve a coragem de afirmar publicamente o que se comentava. E, claro, Brizola não foi minha única fonte. Escrevi refletindo o ambiente: o presidente brasileiro tinha um hábito que o estaria prejudicando no exercício do poder. Isso eu não inventei! Mas setores da imprensa, liderados pelo jornal O Globo, ou melhor, pelas Organizações Globo, resolveram me atacar. Acho que há uma obsessão com o que sai no NYT. Matérias que fiz foram mal interpretadas, mal traduzidas, publicaram-se coisas que nunca disse, fico indignado. Por exemplo, escrever que eu disse que a Garota de Ipanema hoje é gorda? Que absurdo! Que absurdo! Era um janeiro em que nada acontecia no Rio, então o jornal criou uma polêmica xenofóbica, baseada em mentiras.

Charge de Laílson – Diário de Pernambuco (PE)

Zunzunzum vale como notícia?

Naquela situação, sim. Comecei a apuração e procurei o Planalto. Queria falar com o presidente. Não fui recebido, mal consegui tratar com a assessoria dele. O secretário de imprensa, Ricardo Kotscho, não me recebeu. Falei com o número 2, Fábio Kerche. Apresentei minhas questões. Aguardei uma manifestação por dez dias e nada. Até que aconteceu um fato, que vou revelar no livro, e voltei a fazer contato com o assessor. Disse-lhe: "A coisa vai sair. Se vocês quiserem se manifestar é agora". Ainda coloquei uma declaração transmitida pelo assessor na minha matéria. Mas jamais me receberam, jamais quiseram saber o que eu sabia.

Como era a sua relação com o governo antes da matéria?

A relação com o PT sempre foi difícil para qualquer correspondente estrangeiro. Com o PFL, o PSDB, o PMDB não há a mesma veemência ao reagir às reportagens que saem no exterior. Mas, quando se trata do PT, a chiadeira é quase infantil. Fiz uma matéria sobre a relevância política do divórcio de Marta e Eduardo Suplicy, figuras de destaque na política nacional. Cumpri uma pauta que esteve presente em todos os veículos de comunicação do País. Quando saiu a reportagem, o Genoino, então presidente do partido, escreveu uma carta de quatro páginas, reclamando que o tema não era legítimo, que era sensacionalismo. Em outra oportunidade, lá veio carta do Bernardo Kucinski alegando que o PT não tem facções, nem grupo xiita. Ora, o Brasil sabe que o PT tem. Havia dificuldades de comunicação com os ministérios, salvo algumas exceções. Como o José Viegas. Quando ele esteve na Defesa, soube lidar muito bem com os correspondentes.

Charge de Laílson – Diário de Pernambuco (PE)

Você sofreu algum tipo de repreensão da parte do New York Times?

Eu, nunca. Houve cartas ao jornal e o então embaixador brasileiro em Washington, Roberto Abdenur, por quem tenho grande respeito, cumpriu o papel que lhe cabia. Falou com a direção do NYT, mas o jornal ficou firme. Isso não ficou claro na imprensa brasileira. Houve muita distorção. Falou-se que eu teria me refugiado no escritório do meu jornal em Buenos Aires. Ao contrário, eu estava lá e voltei quando vi a confusão armada! Vi toda a crise aqui no Rio, assistindo do meu apartamento à cobertura e consultando ao mesmo tempo meus advogados. Não saí do País, o ombudsman do NYT não se manifestou, não houve pedido de desculpa do jornal, não houve carta ao governo, nada. Apenas um recurso para revogar a ordem de expulsão, medida legal, preparada por advogados brasileiros.

O zunzunzum que você refletiu na matéria era exagerado? Ou melhor: hoje vê alguém argumentando que Lula tem problemas em governar porque beberia?

Não, não. Hoje ele enfrenta dificuldades de outra ordem. Até o Luiz Furlan, quando ainda era ministro, falou que o problema não existe mais. Comentou isso logo no início da segunda campanha. Disse que o presidente havia perdido peso, que estava com a maior disposição, que deixou de beber.

Charge de Laílson – Diário de Pernambuco (PE)

Sua matéria, por caminhos tortuosos, teria contribuído para isso?

Prefiro deixar a resposta para o livro. Mas tenho amigos no PT que têm feito comentários nesse sentido.

Quantas vezes você esteve com Lula, dentro ou fora da presidência?

Ele diz que nunca tomou um guaraná comigo. Não é bem assim. Como correspondente da revista Newsweek, passei quase uma semana acompanhando Lula em 1978, na greve do ABC. Eu o segui em andanças pela América Latina e possivelmente assinei a primeira matéria sobre ele na imprensa americana. E era favorável ao líder metalúrgico que despontava.

O fato de ser casado com brasileira e ter filhos brasileiros ajudou a pacificar as coisas?

Sim. Tive uma família para me apoiar, parentes de minha mulher foram importantes naquele momento. A execração pública dói. Não é fácil ver seu nome citado na TV, nos jornais. Minha mulher foi fazer compras e quando apresentou o cartão de crédito a pessoa do caixa disse: "Ah, então você é mulher dele". Isso aconteceu. Para ela foi mais difícil, para mim era parte do jogo. Como dizia Harry Truman, se você não agüenta o calor, melhor sair da cozinha.

Hoje, se você estivesse com Lula numa entrevista, perguntaria o quê?

Na comissão que investigou o escândalo Watergate, o senador Howard Baker repetia sempre a mesma pergunta em relação a Nixon: "What did the president know and when did he know it?" É a questão fundamental. Pois eu perguntaria a Lula a mesma coisa em relação ao mensalão: "Presidente, o que o senhor sabia e quando soube?"


Recentemente ele lançou um livro: “Deu no The New York Times" , que conta entre outras coisa o inusitado episódio.

27 de mai. de 2009

Suzane Richthofen no regime semi-aberto

Suzane Richthofen no regime semi-aberto
Mesmo depois de ter assassinado pai e mãe a jovem estudante de direito, já pode gozar de liberdade parcial, por ter cumprido um sexto da pena. Um escândalo legal

Foto:Revista Veja

Fontes: O Globo, O Dia, Estadão

Está para gozar de progressão da pena e ganhar a moleza de prisão semi aberta, a virulenta, Suzane von Richthofen, que com 19 anos, estudante de direito, cometeu na noite de 31 de outubro de 2002, um crime bárbaro: planejou e participou da execução do assassinato de forma cruel, dos seu pais, o engenheiro, Manfred, 49 anos e a psiquiatra Marisia Von Richthofen, 50 anos, liquidados a pauladas no quarto onde dormiam.

Confessou o crime, não houve dúvidas quanto a sua autoria e participação, foi legalmente processada, levada a júri, em 2006 e teve uma sentença exemplar, foi condenada a 39 anos e seis meses de prisão em regime fechado.

Mas recentemente, como havia sido mantida presa antes do julgamento, feito as contas judiciais, constatou-se que Suzane já cumpriu um sexto da pena a que foi condenada e seu advogado pediu a progressão da pena, para o regime semi-aberto.

Para tanto foram contados mais 334 dias remidos, a se somar com os seis anos que ficou presa. Para cada três dias trabalhados dentro da penitenciária, o condenado tem direito a um dia remido. Até dezembro, a ré tinha 334 dias remidos.

Suzane von Richthofen, dentro de pouco mais de um mês, cumprida algumas formalidades, desfrutará de toda liberdade diurna, indo apenas dormir num presídio que disponha de possibilidade de cumprimento desse tipo de pena.

Poderá trabalhar, estudar, divertir-se, namorar comunicando a justiça os endereços onde se encontra e desfrutar a parte da fortuna que lhe coube como herança deixada por seus pais, cerca de dois milhões de reais, em função de sua morte, essa última parte ainda seja motivo de ação judicial, por parte do irmão que quer deserdá-la devido ao crime.

Segundo a tese da promotoria aceita pelo júri, que motivou a pena foi Suzane von Richthofen quem convenceu os executores, os irmãos Daniel Cravinho, 21 anos, seu namorado, e Cristian Cravinho, 20 anos, seu cunhado, ambos sem emprego fixo, a perpetrar o crime, planejado e premeditado por ela, com sua participação direta.

Foto:Rogério Cassimiro/Folha Imagem

A apresentação do trio criminoso a imprensa, logo depois de esclarecido o crime. Cristian Cravinho, Daniel Cravinho e , Suzane von Richthofen

Fez, inclusive, com os Cravinhos, dias antes do crime, um teste de barulho causado pelos disparos de uma arma de fogo e com isso descartaram a idéia de utilizar uma.

No dia fatídico, Suzane desligou as câmeras de segurança e o alarme da residência, abriu as portas para os assassinos, informou que seus pais estavam acordados, para que eles não dessem tempo deles reagirem e ficou esperando que o crime acontecesse.

O primeiro a ser atingido foi Manfred, que morreu quase imediatamente por trauma crânio-encefálico, segundo dados da perícia. Marísia sofreu mais: foi golpeada impiedosamente na cabeça por Christian, sofreu vazamento de massa encefálica, todavia, não morreu na hora. Para apressar a morte da mãe de Suzane, Christian a estrangulou. A casa foi mais tarde revirada e alguns dólares e euros foram levados, para forjar latrocínio (roubo seguido de morte).

Os dólares e euros foram repassados para Christian, o cunhado, como recompensa pela sua participação. Após o brutal assassinato, Cristian foi deixado perto do apartamento onde mora com a avó e o casal de namorados tratou de forjar o álibi para aquela noite.

Entraram no Motel Colonial, na Zona Sul da capital, e escolheram a melhor suíte. Suzane fez questão de guardar a nota fiscal. Pagaram R$ 380 pelo conforto do quarto e por um lanche. Saíram do motel às 2h56 da madrugada e foram ao encontro de Andreas o irmão dela, que os aguardava, sem nada saber, no Cyber Café.

Passado dois dias do crime, as suspeitas para com Suzane e o namorado adquiriram consistência mais forte, quando investigadores da Delegacia de Homícidio, apareceram para uma vistoria e surpreenderam Suzane, Daniel, Andreas e um casal de amigos celebrando alegremente à beira da piscina, ao som de música alta.

A festa continuou no dia seguinte, um domingo, o casal de namorados foi até o sítio da família no interior de São Paulo, onde comemoraram o aniversário de 19 anos de Suzane. Os colegas de faculdade da garota contam que lhes chamou atenção o comportamento de Suzane.

Mesmo dispensada de assistir às aulas, ela não chegou a faltar um único dia. Chegou a apresentar um seminário na quinta-feira - horas antes de confessar o crime. Suzane era abordada por colegas querendo confortá-la, mas sempre respondia de forma lacônica.

Foto: Flávio Grieger/Folha Imagem

No enterro, observada pela imprensa, a encenação da órfã inconsolável.
Na foto com o irmão Andreas, mais atrás de gravata o assassino Daniel Cravinho

Evidente que há algo errado no nosso Codigo Penal. Se alguém que mata o pai e mãe, de forma tão cruel, seis anos depois já está desfruntando de liberdade legal, com direito de usurfruir da herança, caso a justiça entenda que o crime não foi motivado pelo interesse economico. (Nas alegações de defesa são postas que Suzane planejou o crime por que os pais não permitiam o seu namoro com o potencial e depois efetivo assassino Daniel Cravinho.)

Suzane von Richthofen hoje está mais para celebridade, deverá ser entrevistada por alguns programas de televisão e até vai virar personagem de um cinema, a produtora Ana Paula Sant’Anna prepara um filme, já em fase de pré-produção que contará a história da jovem milionária parricida.

No Brasil mesmo quando os crimes são desvendados e os réus condenados, acabam passando uma sensação estranha de impunidade.

Faz-nos lembrar a frase atribuída a Millor Fernandes:

“Nesse país, quem como ferro fere, como ferro fere e fica por isso mesmo...”

Coréia do Norte: assusta com mais um teste nuclear

Coréia do Norte: assusta com mais um teste nuclear
O governo coreano do norte realizou um teste nuclear subterrâneo "bem sucedido", de acordo com a agência de notícias oficial KCNA.

Foto: KNS/AFP — Getty Images

Esta foto, não datado, divulgado pela agência de notícias oficial norte-coreano em 23 de maio, de mostra líder da Coréia do Norte, Kim Jong-il, inspecionando uma unidade da Força Aérea

Fontes: BBC Brasil, The New York Times, CNN, ONU, Le Monde

Um comunicado oficial lido na rádio estatal norte-coreana disse que mais um teste foi "conduzido com sucesso (...) como parte de medidas para aperfeiçoar a dissuasão nuclear defensiva da República".

O teste "vai contribuir para salvaguardar a soberania do país, da nação e do socialismo".

Segundo a KCNA, o artefato usado foi mais potente do que o usado para um teste anterior, em outubro de 2006.

Poucas horas depois do teste, a agência de notícias sul-coreana Yonhap disse que a Coréia do Norte aparentemente realizou outro teste, desta vez com um míssil de curto alcance.

Foto: Reuters

Lideres de todo o mundo protestaram. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que a ação norte-coreana é uma ameaça à paz internacional.

O mercado de ações da Coréia do Sul registrou uma queda de 4%, refletindo temores de um aumento de tensões na região.

A Coréia do Norte não deu detalhes da localização do teste nuclear.

Mas representantes da Coréia do Sul disseram que o abalo sísmico foi detectado na região nordeste, perto da cidade de Kilju, onde os norte-coreanos realizaram o primeiro teste nuclear.

No mês passado, Pyongyang retirou-se da conversação multilateral (envolvendo Estados Unidos, China, Japão, Rússia e as duas Coréias) sobre seu programa nuclear, em protesto contra a condenação internacional do lançamento de um foguete no dia 5 de abril.

Foto: Yuriko Naka/Reuters

Agência Meteorológica do Japão mostra o gráfico do tremor de terra ocorrido na hora exata da explosão do teste atômico da Coréia do Norte

O governo norte-coreano disse que o foguete transportava um satélite, mas vários países acreditam que se tratou de um acobertamento para o teste de um míssil.

As conversações multilaterais emperraram porque a Coréia do Norte não confirmou o fechamento da usina nuclear de Yongbyon. A Coréia do Norte havia concordado em desmantelar a usina como parte de um acordo que previa a concessão de ajuda internacional e, em resposta, os Estados Unidos retiraram a Coréia do Norte de sua lista de terrorismo.

Segundo o analista da BBC David Loyn, a comunidade internacional terá uma tarefa difícil ao confrontar o regime imprevisível da Coreia do Norte.

A Coreia do Norte teve sua pior colheita da década e a ONU acredita que um quarto da população precise de ajuda alimentícia.

Loyn afirma que o governo norte-coreano suspendeu abruptamente as negociações sobre ajuda e, para desviar a atenção, iniciou testes de mísseis de longa distância e o teste subterrâneo desta segunda-feira.

Ele sugere que a mudança de atitude reflita uma disputa interna de poder, com partidários da ala mais linha-dura procurando formas de provocação internacional para justificar a repressão interna.

Foto: Evan Schneider/ONU

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) condenou, de modo unânime, o teste nuclear feito pelo governo da Coreia do Norte na manhã desta segunda-feira, inclusive a China e a Rússia, tradicionais aliados da Coreia do Norte no CS, se juntaram aos outros membros do órgão na condenação.