1 de abr. de 2009

Em cima do muro, lula passa vexame no Catar

Em cima do muro, lula passa vexame no Catar
Tudo deu errado para Lula e para a diplomacia brasileira, na cúpula dos sul americanos e árabes no Catar encerrada ontem

Foto: Ahmed Jadallah/Reuters

Lula falando na Cúpula no Catar, vexames e covardias

Fontes: Agência Estdo, O Globo, Estadão

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, não teve coragem de se posicionar claramente sobre a condenação do presidente do Sudão, Omar al-Bashir, pelo Tribunal Penal Internacional, que compareceu ao encontrava e acabou cobrado públicamente por Hugo Chávez e hostilizado de forma desrespeitosa pelo presidente da Líbia Muamar Kadafi.

Foto: Ahmed Jadallah/Reuters

O Brasil é membro do Tribunal Penal Internacional e tem entre os seus integrantes um representant oficial, o que se supõe que o país respeita e apoia as decisões dessa corte, que condenou presidente sudanês, Omar al-Bashir, (foto) por crimes de guerra e de lesa-humanidade no conflito armado de Darfur, tendo expedido uma ordem de detenção internacional.

O Tribunal não é reconhecido pela Liga Árabe que participava da cúpula e que na véspera, noutra reunião internacional, só com países árabes, aprovou uma rejeição contra a condenação do presidente do Sudão, um dos membros da liga, manifestando-lhe apoio e respaldo integral e de quebra ainda condenaram a "brutal agressão" israelense contra a Faixa de Gaza.

Ingenuamente a delegação brasileira, imaginava que no dia seguinte, o assunto não seria tratado, apenas por que se estabeleceu um acordo de deixar o tema fora da pauta, apesar da presença vexatória do criminoso de guerra, Omar al-Bashir e seus aliados arabes entre os participantes.

Foto: Ahmed Jadallah/Reuters

De nada adiantou está atrelado a dubiedade, mesmo assim o Brasil ganhou inimigos importantes e agressivos, a ponto do presidente da Líbia, Muamar Kadafi, e sua comitiva, ter se retirado da sala, de forma ruidosa e ostensivamente agressiva, no instante em que o nosso presidente começou a falar.

Mais tarde o Minitro da Relações Exteriores, Celso Tamborim, aconselhou o presidente Lula abandonar o almoço oficial da cúpula, diante de mais de 30 líderes mundiais, ao se constatar o brasileiro havia sido colocado, na mesa, ao lado do criminoso sudanes Al Bashir.

A sorte é que o presidente do Sudão atrasou-se e quando Lula comia a entrada descobriu-se que a cadeira vaga ao lado do brasileiro seria ocupada pelo sudanes que acabara de entrar no recinto e o nosso presidente para não se comprometer saiu as pressas foragido como se fosse ele o criminoso

Foto: Ahmed Jadallah/Reuters

Mas quem tem amigos como o presidente venezuelano Hugo Chávez, não precisa de inimigos, no momento da sua fala, o hermano, fez ressaltar a atitude brasileira, e intrometendo-se nos nossos assuntos internos e externos aconselhou o Brasil a acobertar os crimes de guerra do sudanes Omar Al Bashir, a quem convidou a visitar Caracas.

"Dou meu apoio pleno a Al Bashir. Bush é o verdadeiro genocida, que invadiu o Iraque e matou crianças. Por isso que digo que o TPI é um resquício do imperialismo. Se Al Bashir cometeu um crime, seria sua justiça que deveria julgá-lo. Não pode haver um poder supranacional. Presidentes tem imunidade", disse.

O Itamaraty garantiu que Lula não trocou uma palavra sequer com o líder sudanês. Oficialmente, o Palácio alega que Lula queria descansar para poder enfrentar as reuniões da parte da tarde.

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, também deixou o almoço, mas já perto de seu final. A Argentina está julgando ex-generais que cometeram crimes durante a Ditadura. Jorge Taiana, chanceler argentino, explicou que o país "respeitava o sistema internacional", insinuando um apoio ao Tribunal Penal Internacional.

Enquanto Lula evitou inclusive falar com a imprensa para não ter de responder perguntas sobre Al Bashir. Michelle Bachelet, presidente do Chile, muito mais homem que LULA, e que teve seu pai morto pela Ditadura, foi explícita em sua posição e deixou claro que não compartilhava da posição de Chávez ou dos árabes.

"O Chile foi um dos países que impulsionaram o TPI. Pela nossa própria experiência, há momentos que a soberania de um país não basta. Há valores que são universais, que são o dos direitos humanos", disse Bachelet, que também foi presa pelo regime de Augusto Pinochet. Francisco Santos, vice-presidente da Colômbia, confessou ao Estado que não aceitaria entrar na foto oficial do evento se Al Bashir estivesse nela. Sem explicações, o sudanês não apareceu para a sessão de fotos.

Além da companhia de Al Bashir, Lula ainda perdeu um almoço com carneiro, regado á feijão francês e o “importante” pronunciamento do indio boliviano Evo Morales que também acusou os israelenses de genocídio e usou o evento para defender folha de coca. "Isso não é cocaína", completou enquanto muito doidão mastigava as folhas, completando o circo.


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